sábado, 31 de dezembro de 2016

Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão


A RUA DR. DOMINGOS A. BRANDÃO

Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, descrevê-la como o era nesse passado. “ O TALHO DO TOMAZ GOMES “, nos anos vinte no prédio da Casa de Areias e que a sua renda era paga à dona Marianinha por cento e cinquenta escudos mensais.



E foi aqui além do Matadouro, que aprendi a arte que pelo “ Catedrático meu pai “, me foi incutida após o meu concluir da quarta classe, no ano de 1951 e que exigentemente até à minha ida para o serviço Militar no ano de 1960, tantas vezes me era dito: “ não estou a pedir mas sim a mandar “.

Depois de ter cumprido o meu dever como militar, nas Caldas da Rainha e na província do Ultramar “ Angola” casei e em Janeiro de 1964, por acordo mútua com o meu pai e com a promessa de quinhentos escudos mensais, para ele, tomei conta deste que era o seu Talho.

E que arduamente e juntamente com a minha esposa, meus irmãos, Tomaz, Maria, Lucília e a empregada Maria do Pintalhão, movimentava-mos no Matadouro todo o gado que eu, já necessitava para o consumo do Talho.



E juntamente com o meu irmão Tomaz e o experiente jovem António Monteiro, que passados alguns meses me disse que não gostava do serviço em causa, foi continuando e ao mesmo tempo alterando o seu visual, com um aspeto mais moderno, para corresponder ao seu momento e fazer face ao futuro que se adivinhava pela frente.

Chegou aos anos setenta e pensei na mudança para um espaço mais amplo e com todas as condições para satisfação da elevada clientela que já tínhamos e então fixei-me no prédio do “ Tio da minha esposa, o Joaquim do Ferrador, na Avenida Camilo Tavares de Matos, numa renda mensal de “ mil escudos”, mandei montar ali, a Camara Frigorífica maior do Concelho, para condicionar higienicamente todo o gado que abatia.



Dando-lhe o símbolo de “ TALHO MODERNO “, permanecendo aqui durante trinta e nove anos, com o Talho, Mini-Mercado, que deu origem no ano de 1978, à segunda paixão da minha vida que foi as garrafas e que fiz a montagem da “ Garrafeira Vinivale “, na rua Gabriel Pinho da Cruz (filho), como a “ PIONEIRA “.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Café Avenida


O CAFÉ AVENIDA

O seu fundador, ANTÓNIO DE ALMEIDA “Pranta”,passados anos, ficou seu filho Delmiro Henriques d'Almeida. Administrando com elevados conhecimentos adquiridos ao nível da poderosa Industria de Latas e Madeiras que foi o “ALMEIDA & FREITAS Lda. que nessa época era conceituada a nível Nacional como uma das mais completas e de enorme eficácia do País.

Ordenava o seu movimento,com primoroso serviço e elementos com elevados conhecimentos no ramo,como o eram: A dona Luciana e o Senhor João Gomes. Tendo no ano de mil novecentos e quarenta e cinco o Senhor Leonel Henriques de Almeida,na companhia de mais dois sócios,Alberto Henriques (Padaria) e Benjamim Freitas. Seguiram hábitos e costumes, pois continuaram a usar os fundos da casa do senhor “Almeida Pranta”, para a recolha e armazenamento dos vinhos vindos de vários pontos do Concelho, assim como o famoso branco de Conlela, (hoje essa adega é os CTT).

Estes vinhos vindos dessas terras de Conlela, Bispeira, Quintas e Casal Velide: Eram na maioria dos casos transportados pelas furgonetas dos senhores: Saúl Lima,Carlos da Irene e Agostinho Leite Martins de Lordelo.

Para quem antes de mim, se serviu deste maravilhoso espaço e serviço especializado em todo o seu sector, incluíndo a “maceira bilhar”,ás três tabelas,as mesas em palha e os tampos em vidro redondo,que nos proporcionava umas bebidas em garrafa de litro e com rolha de tarracha de cor verde ou castanha,daquele celebre e saudoso vinho de “conlela”, que também algumas vezes nos levava a saboreá-lo na cave depois de termos descido a escadinha feita em “caracól”.


Resumindo se hoje: conseguirem com a ajuda de seus óculos ou ouvir através desta leitura pelos vossos filhos ou netos, ou bisnetos,ficam deveras surpreendidos a recordar este passado de tantos anos que neste estabelecimento que sempre nos ofereceu belíssimas condições de trato de simpatia de suas filhas e filho Orlando,que acompanharam sempre com variadíssimos empregados qualificados que ainda hoje são memoráveis.


E hoje, ao falar deste que foi meu e vosso café, nos momentos mais belos de nossa mocidade. Cumpre-me focar alguns aspectos mais vividos,após o fecho do meu talho e que o fiz muitas vezes,deixava ao Orlando, pai ou empregado Álvaro, uma porção de bifes,costeletas,rins ou figado de vitela,dessas épocas que nos delirava com o seu sabor e o esmerado arranjo,por qualquer um destes artistas, que já sabiam que era sempre às sextas-feiras após o fecho do café. E em muitas dessas vezes,apareciam alguns amigos que se faziam convidados,no reservado ou na esplanada,que por vezes se prolongava noite dentro com o decorrer do ambiente ali criado.

De todos os empregados do café Avenida,que eu, tive o prazer de conviver: Tenho que salientar este saudoso e sempre amigo, “Álvaro do café”, que era para nós assim o seu trato, elemento de elevada simpatia,dedicação,amigo do seu amigo, honestidade, trabalhador, competência invejável e em momentos de confusão,sempre nos dedicava aquele seu sorriso simpático, brincalhão mesmo com este gatinho que alimentava como muito observador e equilibrista,pois ele adorava imenso este gatinho,que no seu todo era mesmo muito especial,a sua personalidade ligada ao serviço esmerado e com toque de profundas credenciais que a entidade patronal lhe confiava ao longo de muitas décadas. “Lembra-lo hoje é o trazer à nossa memória o passado,testemunhando os momentos bons e maus, mas no fundo é saudável transmitir principalmente a todos aqueles que não tiveram a ocasião e o prazer de o conhecer,assim como ao melhor café que Cambra tinha nesses tempos.O seu movimento era mesmo forte em tudo que o cliente tivesse vontade de saborear e mesmo em sessões de negócios e após o almoço as mesas se tornavam poucas, para fazer face aos enormes jogos de dominó,que após o tomar do seu cafezinho acompanhado do seu cheirinho de bagaço caseiro,se reunião várias mesas com os seus elementos já escolhidos ao seu belo prazer e de jogadas já por eles delineadas, que quando não corriam ao seu modo e a assistência comentava as jogadas malfeitas os elementos que estavam a jogar discutiam largamente que levava muitas das vezes a pedir calma aos praticantes para que não partissem as mesas que eram de vidro.

Descrever estas verdades,acontecimentos do passado é para mim salutar: mas nunca com a intenção de ferir quem quer que seja, mas sim o desejo de homenagear,os que partiram e os que estão connosco, familiares que sabem que tudo que eles fizeram na terra foi somente para o bem deles e de seus familiares.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Sapateiros Tamanqueiros e Engraxadores

SAPATEIROS TAMANQUEIROS
E  ENGRAXADORES …

Longos vão os anos, que em oficinas de sapateiros, tamanqueiros e nas esquinas dos cafés e mesmo à saída das missas, engraxadores com sua caixas de madeira feitas a propósito para tal efeito, com tinta anelina de duas cores assim como a pomada, escovas para a cor de cada sapato e o pano para o brilho dos mesmos, que em mãos haveis os faziam cantar ao sabor de musicas românticas das épocas.
Sapateiros: eram muitos na nossa terra, que prismavam a cortar as peles e as solas ao gosto do cliente, feitio, que recebia as suas formas de madeira, após ter sido gaspeado, pregado e cosido todo à mão, com fio feito a prepósito depois de ter passado varias vezes pela sua perna, direita ou esquerda do artista e no final lhe passar a cera especial, para ser devidamente cosido com a sovela e apertado com elevada força pelos braços do ser humano até que as suas mãos, deixassem marcas e calos por longos anos a fazer esse serviço a coser as solas.


Tamanqueiros: não eram muitos, mas existiam alguns e muito bons, que pregavam nos paus de varias qualidades, socos e chancas e na sua sola pregavam taxas ou pneu de avião para não escorregar e também para que os paus tivessem mais tempo de duração.
Engraxadores: também tivemos muitos, com tinta e pomada outros sem tinta e sem pomada, que pelos dez tostões em cada par de sapato ou bota, de esquina em esquina ou de café em café, vibravam para ver qual deles era o melhor. (hoje somente temos um ), que continua no Café Arcádia, quanto aos sapateiros e tamanqueiros, são minoria, os que mantem a tradição e que hoje ninguém compreende. É um lista tão infindável como o mundo que não termina já.
Esse é o nosso prenúncio de felicidade. “ Porque depois do dobrar, os setenta, cada dia é um pedido de empréstimo ao destino e pergunto-me o que restará depois de tudo desaparecer “.
Histórias que passam e outras que ficam em memória.
Memória coletiva e que mesmo assim, valem sempre a pena lembrar.
Foram e são essas histórias que guardei assim como alguns retratos, do século passado, acompanhados pela minha vivência e o ensinamento que colhi ao longo destas épocas, pelo meu pai  e amigos que ele e eu, sempre os consideramos...
E hoje tentarei se o nosso Deus, me permitir deixar aos meus como Memória.
2016

Arlindo Gomes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Rio Caima e as suas cheias

RIO CAIMA E SUAS CHEIAS

Rio que nestas épocas toda a sua água era límpida e que foram muitas as vezes que a mesma se usava para nos matar a sede, em momentos quando tomávamos banho, ou na apanha dos peixes que se escondiam debaixo das pedras e que as mesmas nós os avistavamos  com claridade e que mergulhávamos sempre com a intenção de os apanhar, mas tornava-se sempre mais fácil, então optávamos em  fazê-lo com a estaca dos feijões, um fio de norte e o anzol e assim se apanhavam belas vogas, barbos e trutas deste feiticeiro RIO CAIMA.


Depois com o aproximar das suas desovas, começávamos por construir as “ chamadas cascalheiras”, feitas em pedras com uma abertura ao cimo e outro no fundo que recebia um saco de serapilheira, com a boca aberta e um pouco de estaca na sua abertura, para receber a entrada em quantidades, depois de termos chicoteado com um vime aquele cardume que se preparava para a suas desovas.
“ Eram somente vogas “, que preparadas pelos nossos pais e fritas em molho de banha de grandes porcos caseiros eram uma autêntica delicia .
E as águas deste maravilhoso rio, que sempre foram imensas assim como os seus caudais largos, mas que foram muitas vezes como o prova a foto, até à levada da Ilha da Casa de Areias, galgando tudo o que lhe aparecia pela frente, medas de palha, cabaças porqueiras e atulhava totalmente os moinhos de Coronados que eram Administrados pelo senhor José Moleiro e toda a sua família.
Deixavam os caseiros, da dona Marianinha e outros sem a palha e as cabaças que estavam destinadas para os seus gados.
PONTE DE CORONADOS
Que deixavas passar por baixo as águas limpas, dando acesso ao movimento destes lindos barcos de recreio, do senhor Zuca Martins, Bernardo da Tia Aurora e Bernardo do Inocêncio, ( este construía-os pelas suas próprias mãos, era um conceituado carpinteiro da Firma Martins & Rebelo, foi longos anos.
E por tudo isto que de ti rio, descrevo hoje te vou dedicar estas minhas quadras agradecendo-te …
                              Rio Caima, que nasceste na Mizarela;
                              Deslizas aos trambolhões por Cambra abaixo,
                              E eu, em minha juventude todos os dias,
                              Te avistava da minha janela.
                    
                              Tuas águas corredias e límpidas,
                              Se cruzavam com outras perdidas,
                              Pelos vales e caminhos;
                              Depois de todas juntas faziam mover muitos Moinhos.

                              E isto são coisas do passado,
                              Que as recordo de elevado encanto;
                              Também para lembrar às novas gerações,
                              Como tu, água nos dedicavas no BANCO.

                              Banco que a mãe natureza nos ofereceu,
                              De gerações a gerações, tuas águas os lavaram;
                              E é de lembrar hoje a todos como eu,
                              Que neste banco se Sentaram.

                              Banco do Rio Caima, que te situas,
                              Em Entre-Pontes e hoje estás muito sozinho;
                              Entraste em decadência com toda a tua clientela,
                              Assim também o aconteceu com o Alambique do Pinho.

                              E após tantas décadas que se passaram,
                              Sem que alguém de ti fala-se BANCO,
                              Mas eu. Enquanto vivo o farei;
                             Porque existe comigo e em minha memória,

                             A vida de alguém que nestas águas SALVEI …

sábado, 10 de dezembro de 2016

Matadouro Municipal - a minha universidade

MATADOURO  MUNICIPAL

Já antes da minha inscrição de matricula  neste Estabelecimento de ensino, transportava de vários lados, mas muito mais do meu habitar em Areias,  Vitelas, Carneiros e Cabritos, com os meus irmãos mais velhos, até este local para o seu abate.
Então após o meu exame da 4ª classe, meu pai indicou-me este caminho, semanal e em dia de matança, para junto com os meus irmãos, concluir os estudos na Universidade, dos quais ele, eram o principal catedrático. CAMBRA, consumia legalmente nos talhos, mais vitelas, muito poucos CARNEIROS e menos Cabritos, mas como a procura destas deliciosas carnes, de vitela e cuja na sua maioria eram compradas e abatidas pelos Talhantes, do Concelho, que nesta época eram dezasseis e que mais para tarde apareceram mais alguns principiantes neste ramo, nos diversos lugares de: Vila-Chã, Fuste, Rogê, Vilarinho, Lombela, Martír, Macinhata, Dairas, Granja, Relva e Campo de Arca.


E todo aquele talhante, que não sabia amanhar o seu gado, “entregava-o à Tia Quitas de Ramilos e sua nora Carminda”, que por apenas o fato (intestino), mais vinte e cinco tostões em cada cabeça, o seu serviço era perfeito e pronto a entrar nos cestos da vindima, ou dentro de sacas para a Camioneta da CP, até Arões. Junqueira e Cepelos.
            Todas as vitelas : eram de tamanho muito reduzido e com o máximo de dois meses de idade e sempre alimentadas pelo leite materno de suas mães, na sua maioria eram de raça Arouquesa e as restantes turinas e cruzadas estas eram mais corpulentas e se abatia apenas com quinze dias de nascença mas chegavam facilmente aos trinta e quarenta quilos de carcaça.
Quanto às Arouquesas na sua média não atingiam os trinta quilos, mas existiam muitas na Freguesia de Junqueira , mas não em todos os lugares, que  os seus donos mais vaidosos e as pastagens a ajudarem escolhia melhor gado e produziam vitelas com mais de dois meses e com carcaças superior aos quarenta quilos, mas estes lavradores não gostavam de as vender a olho vivo, preferiam virem ao Matadouro e ao peso da balança Romana, assim como dos seus fiscais que sempre estavam atentos a verificarem a sua pesagem, que depois do desconto do seu enxugo, era pago na hora ao seu dono.
O restante gado para abate no dia seguinte, eram recolhidas no curral ao lado do Matadouro, mas como o abate lentamente foi crescendo o volume também se fez sentir e foram muitas as vezes, que chegamos para o abate e as vitelas andavam todas à solta, pelos matos (atual Adega e Escola Tecnológica), então todos os talhantes e fornecedores de gado, munidos de paus e as pancas que nos eram uteis para pendurar as carcaças, lá íamos ao seu encontro e por vezes sem resultado desejado, porque  algumas apareciam mais tarde outras não voltaram mais aos seus donos, outras foram apanhadas desta forma e por vezes com umas pancadas na cabeça, mas quando lhe fazíamos estas pegas de caras ou no rabo, tínhamos de imediato a ajuda de outro colega. Décadas passadas, vitelas como estas que hoje foco são minoria por todo o nosso Concelho, e nos Matadouros atuais, só é permitido o abate com o peso ou superior aos sessenta quilos de carcaça.


E assim sendo estas carcaças na sua maioria não são alimentadas com o leite materno das suas mães, é muito usado o leite em pó acompanhado de farinhas diversas e composições Farmacêuticas para as tornarem mais corpulentas e vistosas.
Mas a aquela qualidade do passado, no seu sabor, tenra, que assada no forno a lenha, ou servidas umas costeletas fritas ou panadas, era sem qualquer sombra de dúvida uma autêntica delicia, que a procuravam de toda a parte inclusive a nossa CAPITAL.
Que era o ponto que mais consumia pediam telefonicamente ou por escrito, muitas quantidades que lhes eram enviadas, pelos carros de Transportes “ BASTOS & SILVA, ou pelas camionetas da Firma Martins & Rebelo e ficava no seus Escritórios e os clientes depois a procuravam.
Hoje atrevo-me a dizer: que as vitelas que se abatem legalmente nos Matadouros, já são “ NAMORADEIRAS “ e muitas até já tinham sido mães.

E foi uma UNIVERSIDADE, muito prolongada neste Edifício assim como no Talhos que os abandonei no ano de 2006.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Pensão Bastos, o Cinema e a Escola Primária

PENSÃO  BASTOS, O CINEMA E A  ESCOLA PRIMÁRIA .

Era no Largo da Gândra e Caminho das Regadas (hoje  rua do Hospital)                      
Tudo isto são coisas do passado, que hoje recordo com elevada emoção, porque foram momentos marcantes pela sua simplicidade, assim como pela forma que eramos todos examinados pelos professores, assim como atendidos na bilheteira e no balcão da mercearia e mesmo no da tasca, quando nos serviam as famosas “ Pataniscas de bacalhau, dentro de um pão pela módica importância de quinze tostões, que também podiam ser acompanhadas, pela cerveja, larangina C, ou Buçaco, que simpaticamente nos era servido pelo saudoso senhor Constantino Copa, filhos e filhas, antes da entrada, ao intervalo, ou saída do Cinema.

Pensão de esmerado serviço e excelente gastronomia e que muitas vezes aos Domingos, da parte da tarde nos era oferecido como convite umas balsas ou tangos, ao sabor de um gravador ou gira-discos, na sala de refeições.
A maioria dos dançarinos eram de terras de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, os de Cambra eram mesmo muito poucos e tinham que serem escolhidos.
 NO CINEMA ; sempre fui em cliente assíduo na plateia e na Fila H 11, às Quintas e sábados de noite e foram tantos os filmes que assisti e os mesmos sempre apresentados pelo técnico senhor Filoménio e seu filho. Este cinema teve o seu final e passou a ser a oficina do senhor Manuel Ferreira Guimarães (Bela e hoje é a Padaria Pastelaria Tulipa).

ESCOLA : foi aqui que no ano de 1951, preparado pelos professores Sebastião, Vélho Vide,  Amadeu da Chisca e João Melo, me trouxeram da Escola dos Dois para a do Largo da Gândra, (hoje rua do Hospital), para fazer o exame da 4ª classe com a classificação de Distinção.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Poste das quatro luzes

Poste das quatro luzes


(anos 30/40)

Que inicialmente era em ferro-forjado lindamente trabalho e com quatro lâmpadas normais.
Que centrava as Estrada Nacional nº. 224 ( hoje Av. Infante D. Henrique com a Av. Combatentes da Grande Guerra ( hoje Av. Camilo Tavares de Matos ), como indica a foto das feiras 9 e 23  e como já existiam nessas épocas carros de aluguer, junto ao Café Avenida e Notário Doutor Landureza , sendo na sua maior frota, do senhor “ Vista Alta “, com as arrastadeiras, foi também colocado pela então Camara, outro poste mas de duas lâmpadas e todo igual, defronte dos comércio do senhor Agostinho Cubal , Joaquim da Benvinda e Café Avenida, que o mesmo no seu tronco recebeu uma caixa feita em folha de flandres, com as cores de verde e preto, cujo os seus dizeres eram de “ TAXIS “, Ferreirinha ( Bispo) e que indicava o seu contacto para o serviço de carro de aluguer.
Tudo se passou nos anos de 50 a 60, porque esta foto do poste representa só os anos 80 e que representa ainda o seu passado, com a Câmara, o seu poste com indicação das localidades  a desejar e este ainda hoje está presente, mas com alterações no seu circulo mais espaçoso e com jardim e aqui conseguimos, verificar a casa da família senhor Neves e nos seus fundos aquela que sempre foi a mais conceituada barbearia de terras de CAMBRA “ A família MARTINS BARBEIRO “, ( hoje na mesma rua ainda trabalha um dos herdeiros, que é o senhor Silvério).

Mas este Poste sempre foi e será indicado como o “ POSTE DAS QUATROS LUZES “

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A primeira tipografia de Cambra

E foi este também “ o pioneiro tipografo em nossa terra “, de nome senhor Arlindo Ribeiro, sendo mais tarde tratado e mais conhecido entre nós por “ Arlindo da Tipografia “, que veio de terras de Carrêço – Viana do Castelo, pela mão do saudoso e muito amigo, senhor Fernando Bastos da casa de Areias, para iniciar na Rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, a primeira Tipografia de Vale de Cambra, que se passou a ter o seu símbolo como “ Gráfica Cambrense”.


Este conceituado Tipógrafo, chegou com sua família e foram habitar no “ Vale, casa do senhor Domingos Serralheiro”, aqui permaneceram longos anos e rapidamente começou por adquirir amizades e a ensinar o seu saber a alguns Cambrenses, ainda jovens e desses alguns aproveitaram o seu ensinamento e hoje continuam na arte por ele ensinada.
Este senhor Arlindo, começou por frequentar clientes desde Arouca a Sever do Vouga, com pedaleira, motorizada e mais tarde carrinha, o seu patrão Fernando Bastos, confiava nele toda a sua totalidade, os empregados correspondiam cabalmente, tornando-se numa Oficina Gráfica de elevado prestígio.
Este passado: deixou memórias a muita gente de Cambra e não só, porque tanto o patrão como todos os empregados, eram comunicativos e trabalhavam para o engrandecimento do mesmo e nas horas vagas após o almoço nesta mesma rua, com uma bola nos juntávamos e jogávamos para a baliza, que era o portão do Mercado e o encarregado geral, sempre que saia da Oficina, nunca se esquecia do lápis atrás da sua orelha era um jeito habitual para o atender do cliente em qualquer momento e em qualquer local.

sábado, 26 de novembro de 2016

O alegre e divertido Amândio Cerieiro!

Este saudoso era natural da RABACEIRA – CASTELÕES, solteiro a sua profissão era um conceituado Entalhador-Carpinteiro.

Mais tarde emigrou para o Brasil, onde permaneceu longos anos e regressou às suas origens, mas com alguns problemas de saúde, que o impediu de continuar no serviço que ele, tanto gostava.
E em certas quadras do tempo ele, saia de sua casa e vinha até à Vila, nunca deixava de trazer com ele qualquer coisa para o entusiasmar, mas principalmente eram ramos ou flores . Parava na rua ou em qualquer estabelecimento e tinha sempre o cuidado e educação de oferecer a uma mulher ou menina e dizia: “ Este ou esta flor é para a menina mais bonita de terras de CAMBRA “ …

Foram muitas as vezes que ele, se dirigia ao Salão de Festas “ Almeida & Freitas, sempre bem vestido e convidava uma ou outra menina, para dançar e gentilmente ia ao bolso do seu palitó ( casaco)e retirava o lenço e colocava-o no ombro da madame para não sujar o seu vestuário.
Ausentava-se sempre num jeito de respeito e vénia, levava por vezes o seu joelho ao chão correspondia com um trato afável e nunca se aborrecia com quem quer que fosse porque era um ser humano alegre em demasia e deixou, em todos nós CAMBRENSES, muitas memórias … 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Momento alto do nosso Valecambrense (1962-63)


Foi no Campo das DAIRAS, que na final disputaram com A.D.VALONGUENSE, no dia 28 de Abril de 1963, empataram por 2-2 e tornaram-se Campeões da II Divisão Distrital de Aveiro.





A DIREÇÃO ERA CONSTITUÍDA :
Pelos dinâmicos e saudosos António de Almeida Ribeiro (Sobrinho), Alceu Ferreira e outros, mas estes foram os mais criativos, nas obras do campo e na aquisição de treinador e alguns jogadores, enquanto se aguardava as aquisições, necessárias para a constituição da equipe, tiveram a ajuda do competente desenhador, que tinha vindo dos lados do Porto, para a Firma Arlindo Soares de Pinho Ldª, que foi o saudoso e amigo, António Domingos Lage, que em suas horas vagas e com algum conhecimento, muito contribuiu no campo das Dairas, para que do “ Desporto- Rei “, levando-o a ressuscitar …

O treinador apareceu, foi o saudoso “ José Tavares, que tinha passado pelas fileiras durante longos anos na União Desportiva Oliveirense e trouxe consigo, também um prestigiado guarda-redes, “ o Bernardo “. O jogador “ Léo era estudante no Porto e com amizade que mantinha com colegas veio dar uma ajuda ao nosso clube os restantes jogadores eram fruto dos Torneios e de jogos particulares que anteriormente se realizavam, por vários campos e locais.

O Guarda de Campo e sapateiro, era o senhor Manuel Valquaresma.
O Roupeiro e assistência aos jogadores, era o saudoso “ Artur Fóle “,que nunca se esquecia de nos intervalos dos jogos, nos oferecer um copo de chá de casca de limão da conservadeira, que sempre o acompanhava no decorrer de todos os jogos.

O bar foi explorado muitos anos pelo saudoso e grande amigo o Àlvaro do Café, para mais tarde outros amigos que foram os irmãos “ Correias”, que deixaram o do campo para outro bar, no terreno do “ Nel Pirócas “ ficando por longos anos com essa exploração.

sábado, 19 de novembro de 2016

O interior do Mercado Municipal (anos 50)

Memorizar, passadas tantas décadas, aquele que foi o nosso Mercado Municipal, desde o ano de 1925, trabalhava aos sábados e Domingos, assim como em dias 9 e 23 de cada mês.
Aqui neste interior tinha todo o tipo de comercio geral, aos dias de feira e nos restantes dias, só trabalhava pela manhã.


Mais tarde se realizava ali todo o tipo de inventos, e sempre com a esplanada do café avenida, a funcionar diariamente em horários normais, apresentava sempre ao seu estimado público umas merendas, almoços e jantares sempre bem confeccionados pelo seu dono e filho orlando, acompanhado pelos empregados da época os saudosos senhor João gomes e Álvaro.
Nas horas vagas se entretinham a jogar umas cartas e dominó.
Estas foto, sou eu e o saudoso António do Alceu, no ano de 1958.

Passou-se uma linda Feira Popular, com representação das melhores empresas da época e comércios, enormes festas e cantares vindo de todos os lados do país e inclusive tivemos um ringue para combates de boxes, se porventura o tivéssemos mantido, hoje teríamos um dos mais bonitos e prático do país, pois nele se criaram muitos seres humanos e tínhamos no seu exterior, comércios úteis e produtivos ao desenvolvimento da terra.

Hoje temos: um parque de estacionamento S.A. cuja a sua luz de ocupação, está sempre com a cor verde. E com um montante de divida no orçamento da câmara de milhões e com muita dificuldade no seu entendimento no plano de aprovação.
Porque segundo informações o parceiro privado colocou os passos do concelho em tribunal…

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

CONSERVADORES DE OUTRORA


Num Mundo que se julga destinado a atravessar os umbrais da eternidade, fadado para grandes destinos, a morte é um tabu vergonhoso – eu represento um mundo cheio de mortos, de pessoas que amei e que foram desaparecendo até não restarem senão retratos e eu próprio como testemunha desses tempos.
São pessoas amáveis, mas desaparecidas; sou um sobrevivente da minha própria vida e sou um conservador que sempre vivi de acordo com a natureza e com o antepassado.
Falar hoje desta que foi a primeira Estalagem em Vale de Cambra, gerida nessa época, pelo dinâmico gerente, senhor Firmino Valente da Silva Matos, situada na então Avenida dos Combatentes da Grande Guerra (hoje é Avenida Camilo Tavares de Matos), anos passados esta mesma estalagem passou a ser dirigida pela família “ ZÉ GLÓRIA “, alterando o seu símbolo com um lindo galo em ferro forjado à entrada da sua porta principal, a anunciar a Pensão Vale do Caima, que passou a servir toda a clientela de imensa amizade e com gastronomia de excelente qualidade.
Mais anos se foram seguindo e tudo se foi alterando, passou a ser “ Agência Comercial de Cambra, com todo o tipo de motorizadas, bicicletas, artigos elétricos e a famosa aparelhagem acompanhado sempre pela motorizada e seu atrelado, pelo seu condutor e fiel empregado, “ Manuel Gato da Costa- Formiga, que tinha autorização do seu patrão Engenheiro Abel da casa de Areias, para todos os tipos de eventos que ele com elevado conhecimento produzia e colocava alegria em todos os lugares, que se tinha comprometido. 
Depois foi Adega, Restaurante e Café (Masócay), dos gerentes senhor Mário Santos e Fernando Soares, este senhor Fernando Soares, ainda hoje está no ativo e no mesmo local com a exploração desta vez “ Café- Restaurante Parlamento. Na parte de cima esteve por alguns anos instalada a “ Segurança Social “.
Hoje neste prédio que era pertença em sua totalidade do “ Solar de Areias a dona Marianinha, que comandado tudo e todos “. Temos o Banco Novo, o Parlamento, a Assembleia e nada mais.
Mas outrora: era Estalagem, Pensão, vivenda Dr. Abel Gomes de Almeida, depois a casa de Artigos de Pesca “ Soares & Oliveira, Farmácia Matos e redondo o Consultório do Doutor Abel (diga trinta e três), mais tarde o seu cunhado Dr. António de Areias.
Outrora estas Avenidas: Combatentes e Camilo Tavares de Matos, do lado esquerdo quando se subia, tínhamos a Lacto –Lusa, Lda., a propriedade do senhor Manuel Padeiro e família, assim como o Colégio, a casa do Regueifinha e sua família, seus cunhados Barbosa e Valente, depois a propriedade do senhor Agostinho Cubal (hoje Café Xénu e outros estabelecimentos), já que o restante eram terrenos de cultivo - hoje tudo isto são construções enormes incluindo o Cinema, que neste momento se encontra ao serviço dos “ Chinês “.

E na foto acima com os três jovens na Avenida Camilo Tavares de Matos, é bem visível a quinta e casa “ das Tamancas (hoje o nosso Santuário).

sábado, 12 de novembro de 2016

O INTELECTUAL

O INTELECTUAL
BARBEIRO DA AGUÁLVA


Na sua humildade, sempre acompanhada de respeito e sabedoria.
Sempre que ele, tinha necessidade de vir à sua sede de Concelho, tratar de assuntos ligados à sua vida profissional, eram dias de Festa.
Por vezes ficava por alguns dias, nos comeres e beberes, nas melhores casas de pasto, ou pensões, da nossa Vila.
Era pessoa comunicativa, dialogava lindamente, com esmerada educação, para com todo o seu semelhante, mas por vezes excedia um pouco na bebida, que o tornava castiço e com frases repletas de muita alegria em tudo o que se apresentava para dizer.
Partiu, mas deixou como memórias, histórias importantíssimas, como:
“ Esta de um dia aparecer junto das portas da sede do Concelho, e na devida altura o seu Presidente era o saudoso doutor “ Armindo de Matos, (Farmácia Matos), e ele proclamava, mas em voz alta “ , ESTE GOVERNO É UM LADRÃO “.
Chamou à atenção das autoridades locais, que levou a GNR, a comunicar o acontecido ao Senhor Presidente que de imediato apareceram às portas da “ CÂMARA “…
E o senhor Doutor, dize para ele: “ Ó homem você não pode falar assim: e ele responde, então matei um porco à oito dias e já não tenho carne nenhuma…
  
“ Calmamente e num tom de pessoa culta e educada diz ele :
“ Ó Senhor Doutor, então diga-me lá o Governo da minha casa é ou não é um ladrão: -Matei um porco à oito dias e já não tenho carne nenhuma “ …

sábado, 5 de novembro de 2016

Futebol nos anos 50/60

FUTEBOL NOS ANOS 50/ 60

Recordar é viver, para quem se lembra desta “Académica de Cambra“, que além destes craques existiam muitos mais, que honraram estas cores e a sua terra.

A Académica surgiu nos anos anteriores aos torneios organizados e já deixava nessas épocas a sua classe e forma de jogar, pois já era constituída por elementos de algum conhecimento no mundo do futebol, não tinham salários e a sua direção eram mesmo todos os atletas que envergavam estas cores de paixão de alguns estudantes que frequentavam a Universidade em Coimbra e daí as mesmas cores da briosa.
Foram fracassando lentamente, por falte de organização e dinheiros para suportar as despesas necessárias à sua continuação nos campos pelados, que eram os que mais se usavam  nessas épocas.
E seguiu-se o Despertar, apoiado dinamicamente pelo Armindo Ferreira Salvador, com equipamento totalmente branco e com alguns elementos de prestigio a acompanha-lo numa divisão que sua tia “ Zulmira da Pensão Cambrense lhe facilitou graciosamente na  mesma   mas os seus impulsos também fracassaram, até que chegaram vários torneios, na Raposeira – Macieira e nas Dairas, que na sua maioria eram organizados e que muito contribuíram para uma força desportiva apoiada por alguns elementos de elevada craveira financeira e apaixonados pelo desporto, pois alguns desses elementos, também em tempos idos, fizeram parte do grupos que Cambra teve…
Nos anos de 1954, surgiu o primeiro torneio de futebol em Macieira e no Campo da Raposeira, com a participação de vários lugares, freguesias, firmas e familiares que se organizaram para tal efeito.
Passados cinco anos ou seja no ano 58/59, no campo das Dairas se organiza o segundo torneio muito mais vibrante e com equipas  reforçadas com elementos vindos de outras origens do Distrito e não só, sendo por tal, possível no decorrer destes torneios, a escolha de vários elementos, jogadores e pessoas entusiasmadas pela coletividade, que deram motivo ao Ressurgimento da Associação Desportiva Valecambrense…

sábado, 22 de outubro de 2016

O  MERCADO  MUNICIPAL

Instalado no ano de 1925, numa vertente dos seguintes lados:
Rua Dr. Domingos de Almeida Brandão, com a Avenida dos Combatentes da Grande guerra (hoje Avenida Camilo Tavares de Matos), Estrada Nacional nº. 224 (Hoje Avenida Infante Dº. Henrique), a outra a travessa Ferreira Bogalho, Lopes e Comercio Zarra).
Nestas casas familiares e comerciais, passaram durante longos anos, no seu exterior e interior, variadíssimas famílias, que abriam as portas para os seus comércios e saiam para os seus trabalhos diários nas Empresas da nossa terra.


Neste primeiro lance passo a descrevê-lo, tal e qual como o era.
Ao fundo a casa do “ Ferreira Bogalho, que ainda hoje existe “, no seu fundo era a comissão reguladora, ao lado a eira que se intitulava com a “ Clementina da Eira “, alugada à sua família.
Subindo para a atual Avenida Camilo Tavares de Matos, a casa de habitação, assim como os estabelecimentos de moveis e carpintaria do senhor “ Horácio Martins e Familia “. A seguir o talho da “ Tia Quitas Calistra, marido e seus dois sobrinhos “ Diamantino e Milóta “, a casa da louça do senhor Marcelino, o senhor Gualdemiro e sua sapataria Sport, empregados e filhos, depois mais uma casa de louça de barro, da tia Rosa Padeira do Barbeito seu marido Serafim e filhos, na seguinte era a família “ Sebastião Bornes “, as últimas portas até ao portão, que dava acesso ao Mercado, eram usadas pelo então Tanoeiro João e família, originais de Maceda-Ovar”.
Depois de passarmos este portão, as primeiras três portas eram utilizadas pela “ Tia Rosa da Pinha e sua Familia”, com a primeira com Mercearia as outras com casa de pasto, aos sabores da terra e desses tempos, cuja sua proprietária cozinhava maravilhosamente e ali, também habitavam todos os seus familiares.
A porta a seguir era dos Fiscais da Camara, que servia de reuniões, assim como resguardo das alfaias e nas horas vagas faziam artesanalmente as vassouras de giestas, para varrerem as ruas. As últimas três portas eram usadas pela família “ Joaquim da Bemvinda, com os seus inesquecíveis estabelecimentos, nos ramos de comidas e bebidas, que passo a ser considerado como o melhor comerciante de venda de vinho ao copo do CONCELHO.
Começou por ir ao encontro desse maravilhoso vinho e tonante nas áreas de Conlela, Casal Velide , Quintas  e outros lugares que o produziam.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Futebol do passado, hoje a ser lembrado! (II)


Eram  Juntas de Freguesia, lugares, empresas, familiares e grupos de jovens dessas épocas que se juntavam nos cafés e tascas e muitas das vezes procuravam, reforços para as suas equipes, nos Concelhos circunvizinhos.
FUTEBOL, sempre foi paixão, nos grandes Estádios, campos relvados e pelados, com ou sem condições, para a prática do mesmo, que eram determinantes, nos dias e horas pelo acordo entre ambas as partes.

FALAR DESTE CASTELÕES :
Que nos anos 1958-1959, tanto no campo das Dairas, como em outros e de várias localidades, competíamos amigavelmente, mas já com uma direção na forja, e com coragem para avançar, com este “ DESPORTO- REI “,numa possível organização para que “ CAMBRA “, volta-se a Campeonatos Oficiais.

FORAM ESTES OS DIRETORES :
Augusto da Pinha ( Falante )
Augusto da Fábrica
Rodrigo da Manca
Emidio do Cerieiro
Jacinto da Rabaceira, todos eles contribuíram drasticamente e impulsionaram nestas datas e deixaram motivo, para que outros “ CAMBRENSES “, se organizassem fortemente e partiram para uma direção condigna, bem ordenada com um Presidente apaixonante e de elevado poder financeiro, levando o Clube a disputar a Promoção no Distrital de Aveiro, e acabaram como Campeões. “ Foi ele o saudoso Senhor ANTÓNIO RIBEIRO, da RIMARTE …

COMO  ÁRBITROS DESSES TEMPOS :
Senhor Armindo Lopes
     “ Manuel Nogueira
     “ Urgel Costa Leite
     “ Augusto da Pinha ( Falante)
     “ Reinaldo (Cobrador das Camionetas Amarelas
     “ Tio Luiz da Amélia e outros mais que manifestavam elevado interesse em contribuírem, para tal  efeito.
Para os que já partiram, para o Reino do Céu, que descansem em Paz

Para os que sempre deram o seu melhor em prol, desta modalidade e o bem da nossa TERRA, deixando memórias, o meu forte abraço.

sábado, 8 de outubro de 2016

Futebol do passado, hoje a ser lembrado! (I)

Futebol do passado, hoje a ser lembrado! (I)

1959 – Foi o ano de transformação no desporto e paixão, em terras de “ CAMBRA “, após a Académica e o Despertar, terem adormecido e começaram por aparecer no “ Campo das Dairas “, alguns maduros mas já com alguma experiência em competições amigáveis, neste Campo e outros do Distrito, juntando-se a eles, meia dúzia de jovens estudantes e outros empregados nas Empresas locais, assim como  alguns Empresários, que prestavam o seu contributo , nos campos e nos balneários, pagavam as chuteiras, equipamentos e em muitos dos casos ofereciam  as suas camionetas e furgonetas, para a deslocação da equipe em jogos que tinham que realizar.
E quando chegava ao final dos torneios ou jogos particulares que se disputavam, os seus lucros eram umas “ Comezanas “, nos finais desses acontecimentos.
Estas cores  do equipamento, não eram as da Freguesia,mas os atletas, na sua maioria pertenciam à mesma. Estas cores, tratava-se de uma homenagem à Académica de Coimbra, assim como à de Cambra, pelo seu futebol bonito, que nos apresentavam nos jogos, que para tal eram  intervenientes. Mas o amor pela terra e pela camisola, a que quase todos pertencíamos, dedicava-nos forte energia para alcançarmos as vitórias e dignificar o logótipo  que brilhava nas mesmas.
E assim com este “ Grupo Recreativo de Castelões e outros, que se juntaram, no Concelho, deu motivo, para o ajudar ao reviver no Desporto Oficial, na nossa terra, no Ano de 1962.