sábado, 29 de setembro de 2018

A PIONEIRA EM TERRAS DE CAMBRA

“ A PIONEIRA EM TERRAS DE CAMBRA “ 

Foi a Gráfica Cambrense, de Fernando Tavares de Almeida Bastos, que na Rua Doutor Domingos de Almeida Gomes, propriedade de seus pais, os Barões da Casa de Areias, aqui iniciou com elementos vindos das Missões do Couto de Cucujães e Carreço Viana do Castelo, elementos qualificados nesta arte e a eles, se juntaram muitos da nossa terra como primeiro emprego, tornando-se mais tarde como funcionários de perfeição e mesmo alguns depois de aprenderem esta arte seguiram as instruções recebidas deste que foi durante muitos anos o seu braço direito desta famosa “ Tipografia o senhor Arlindo Ribeiro “, que era o seu fiel encarregado geral, nesta que foi a primeira “ Tipografia em Vale de Cambra. 



Aqui nesta rua, se manteve longos anos ao serviço do nosso Concelho e outros circunvizinhos, com a visita do seu encarregado e outros com uma motorizada, que fazia parte da firma, andavam de Concelho em Concelho, à procura de serviço, para cerca de uma dúzia de elementos que constituíam a saudosa “ Gráfica Cambrense “, nesses tempos. O trabalho que era distribuído à Empresa, na sua maioria era pela amizade e altos conhecimentos do seu dono e da qualidade que se apresentava pelo seu encarregado em todos os conhecimentos profundos, ligados às Artes Gráficas. 

O Senhor Arlindo Ribeiro, era pessoa competentíssima e que esteve connosco largos anos, onde morou no lugar do “ Vale “, com a sua família, facilmente criou amizade no nosso ambiente e se tornou um funcionário de elevada competência e muito querido na nossa Terra. 


Com o passar dos anos e aumento do setor, foram obrigados a mudar para a Rua da Fábrica, ao lado dos atuais CTT e depois de mais alguns anos chegou o seu finamento nesta Arte. 

Mas da competência do seu encarregado no ensino a alguns Cambrenses, ainda temos hoje um dos elementos, que aprendeu a arte, sempre ao lado deste senhor Arlindo, desde a sua tenra idade, se organizou e fez uma montagem de uma colossal Tipografia em Entre-Pontes São Pedro de Castelões, que é a “ Gráfica Valedecambrense, cujo o seu proprietário é o Senhor António Martins da Silva e Família “. 


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

FEIRA DOS OVOS

“FEIRA DOS OVOS“

Assim o pronunciávamos e utilizávamos todo o seu acesso, assim como nos dias de feiras 9 e 23, se comercializava varias novidades, galinhas, coelhos, ovos e todo o tipo de carnes de porco, mais tarde a comercialização de porcos alentejanos, vindos de Loureiro – Oliveira de Azemeis, pelos “ Oliveiras das Peles, que os pesavam em bruto e assim os vendiam para abate e consumo da nossa população e outras circunvizinhas, que vinham às feiras, já preparados, com as notitas dentro das sacas de retalhos, para comprarem o porco para o seu governo durante todo o ano. 


Na compra e vende de ovos, tínhamos a Tia Venância e sua vizinha Maria das Figueiras, em Lordelo a Tia Leonor Pereira e suas filhas e que não compravam só nas feiras e mercados, também andavam de porta em porta a comprar às dúzias e na quadra da “ Pascoa Folar “, passavam pelas residências dos Padres, com enormes cestos de verga, contava quantidades de dúzias de ovos e depois carregavam nas Camionetas Amarelas e Azuis, para o Mercado da Cidade do Porto, para as Pastelarias e Restaurantes, escoavam todo o seu volume de ovos que se movimentavam em Vale de Cambra. Eram clientes na sua maioria já habituais e sempre certos no seu consumo, que deu motivo a que este negocio, que ainda hoje funciona com familiares da saudosa Leonor Pereira “ Saraiva “. 

Ovos que se transportavam cuidadosamente em cestos e gigas, para toda a parte, passando mais tarde a serem movimentados em caixas de madeira, depois em cartão, hoje na sua maioria é em plásticos próprios. 

FEIRA DOS OVOS: que deixou todo este movimento, que esteve ao serviço do passado, passando a movimentar roupas, barracas de comida e durante muito tempo esteve sempre patente e ao publico esta “ Barraca do senhor António Valente, como Pavilhão Oliveirense “, mas que entre nós era mais conhecido pelo senhor Valente das Panelinhas, que habitava no Moradal, com sua família. 


Para quem não lembra e desconhece a existência de um fontanário publico ao canto direito da Estrada Nacional, que a todas servia e que também se tornou muito útil aos famosos jogadores desses tempos que ali faziam a suas peladinhas e se lavavam e refrescavam nesse saudoso Fontanário Publico que tantos anos ali permaneceu e que deixou imensas saudades, principalmente todo aquele que se serviu dele. 

Hoje, é o largo João de Deus, depois da sua inauguração em julho de 1970, como Parque Infantil e repouso para qualquer idade, como o prova a foto embora que nos seus laterais ainda se mantenha nas paredes e em profundidade, gravado na massa o símbolo “ FEIRA DOS OVOS “, que não deverá ficar esquecida pelos nossos presentes e futuros governantes, porque são coisas do “ PASSADO “, e que se deveriam memorizar para sempre em honra daqueles que foram os seus padrinhos, com muitas dificuldades, pouca agua benta, “ mas com palavra dada, palavra honrada “, e assim o deveria ser, para que alguns dos seus familiares ainda existentes entre todos nós e que sentissem orgulho dos seus antepassados, lembrando o bem que eles, ofereceram às suas terras, deixando estes símbolos e locais como Memória. 



sábado, 22 de setembro de 2018

SENHOR ARLINDO

“SENHOR ARLINDO“

Arlindo Soares de Pinho, que de simples e humilde operário, na Empresa Almeida & Freitas Ldª, Fabrica de Latas, Serração de Madeiras e Caixotaria, que teve a sua fundada em 09 de Fevereiro de 1922, instalada na Gandra, sendo aqui o seu primeiro emprego. E que muito rapidamente se tornou num exemplar torneiro, que ordenava e fazia os cunhos e seus cortantes para o fazer das latas para o azeite, azeitonas, tintas e bolachas juntamente com outros colegas do mesmo ofício que na mesma Firma todos eram operários. Mais tarde pensou em estabelecer-se na sua garagem e nos fundos da sua casa de habitação, na Rua de Santo António, escolheu parte dos seus colegas que tinham mais conhecimento, nesta área, como foi o caso do Manuel de Almeida e Manuel Verdísco e outros, que foram os pioneiros, na sua primeira empresa e mesmo sem a sua companhia, começaram por administrarem os seus primeiros contactos com o publico, com as ferramentas, nas bancadas, forjas, que ali, tinham sido colocadas pelo seu novo patrão o “ SENHOR ARLINDO “ … 



Quando terminou o seu acordo vocal, que na época existia com os seus Patrões, se juntou a estes que por si tinham sido escolhidos e que passariam a ser os seus primeiros empregados, na sua primeira aventura da vida, como Empresário, em Vale de Cambra.

Atendendo ao seu dinamismo e qualidades no ramo da Metalurgia, lentamente se movimentou por todo o País, em visitas de arranjos principalmente nas áreas dos Lacticínios, começando por inventar e colocar nas mesmas as suas novas máquinas em fundição e peças inoxidáveis, criadas pela sua experiencia e sabedoria, não possuía qualquer curso, mas tinha-o adquirido na sua adolescência, “ como um curso de vida difícil “ e já, com família constituída por cinco homens, Álvaro, Armando, Armindo, Ilídio e António Jorge, deixou os fundos de sua casa e foi para o seu primeiro pavilhão, com melhores condições de trabalho e acumulou, uma estação de serviço, bombas de combustíveis e mais tarde venda de acessórios e carros novos. 


A Industria sempre bem ordenada, foi crescendo drasticamente neste sector, de tanques isotérmicos e de refrigeração, cubas, bombas e tuneis de refrigeração, assim como todo o tipo de acessórios em industrias diversas, por todo o País. Cresceu imenso o seu principal sector da Metalomecânica em poucos anos, mas também tudo se deve aos seus belos serviços prestados às empresas e publico em geral, assim como se deve ao seu fino trato, compromisso assumido, que não falhava e muito também pelos seus operários que correspondiam na sua integra com muita classe, em tudo que ele ou o seu encarregado geral, que durante trinta e três anos, esteve ao seu serviço e que foi o primeiro a tomar conta da sua primeira porta nos fundos da sua casa. “ Foi o Manuel de Almeida “

O movimento continuou em crescimento e houve necessidade de alterar o seu Pacto-Social . “ ARSOPI, INDUSTRIAS METALURGICAS ARLINDO S.PINHO LDª “. 


E foi destas Empresas e da doutrina dos seus mestres, que muitos dos seus empregados, depois de bem esclarecidos na arte e do saber deste “ SENHOR ARLINDO “, alguns deles o deixaram e partiram para novas e modernas Empresas, nas mesmas áreas, dando motivo a que o nosso Vale de Cambra, seja neste momento considerado a nível de Europa dos melhores . Foco dos primeiros: “ METALURGICA PROGRESSO “, Fernando Barbosa, Arlindo do Celeste e Mecito do Moinho, depois os Irmãos Valentes, Fernando e Nel e outras tantas que se espalham pelo nosso Concelho e que são na sua maioria o fruto do contacto e reconhecimento das Firmas do Senhor Arlindo Soares de Pinho .

SENHOR, titulo, respeito, sabedor, compreensivo, que o tornou num dos maiores beneméritos do nosso Concelho, além de outras, a ele se deve o atual “ Santuário “, pelo seu grande empenho nesta obra, que juntamente com outros validos elementos, que o acompanharam sempre de perto, mas este “ SENHOR ARLINDO “, foi sempre o primeiro em todas as situações, a que se deve “ LOUVAR , e deixar como memória estes tão poucos momentos lembrados da sua vida a que ele, prestou a todos os seus e à Comunidade da terra que o viu nascer, que foi o lugar de Lordelo- Vila Chã.

Passados cinquenta e cinco anos, lembrar esta ilustre figura é gratificante e justo merecedor da mesma. Quando me juntei à família do Senhor Manuel de Almeida, meu sogro e o mais fiel empregado, que tinha nas suas fileiras, além de compadre era um grande amigo, cujo o seu trato entre ambos “ era tio Arlindo e o Nel “., fui lentamente acompanhando em momentos de convívio entre patrão e empregado, que não precisei de muito mais tempo para verificar na realidade a amizade e o carinho, que existia entre ambas as partes, era mesmo de “ INOXIDÁVEL 316 SK …

QUE MAIS ARLINDOS COMO ESTE SE MOVIMENTE NA NOSSA TERRA …







quarta-feira, 19 de setembro de 2018

NO PASSADO ASSIM ERAM AS FAMILIAS

“ NO PASSADO ASSIM ERAM AS FAMÍLIAS “ 

Assim o era no passado, se reuniam em família, em amizade em casamentos, batizados, aniversários, convívios e em convites para festas e romarias, se muniam dos seus farnéis e merendeiros e a pé de bicicleta, motorizadas, carros e camionetas, lá estavam sempre estas famílias reunidas e com boa disposição junto das mesas, ou solos por elas escolhidas , com boa sombra e verduras, lá estendiam as mantas e toalhas levadas já a prepósito para tais eventos. 


Comiam e bebiam, cantavam e dançavam numa alegria constante e sempre com uma amizade pura e repleta de imensa fé em Deus e no seus convívios, sem egoísmos, falsidades e nunca a falta de palavra, nas coisas combinadas e tratadas, porque o “ SIM “, era sempre respeitado e honrado, depois de brotar dos nossos corações. 

Famílias e amigos, que se juntavam nas suas casas e em passeios combinados, num conjunto de várias pessoas com os seus carros devidamente completos e que nunca esquecia as cestas dos farnéis, para quando chegada a hora de comer, ali se distribuíam em volta das mantas e algumas mesas que tinham sido feitas a propósito para estes convívios familiares e amigos, que se realizaram durando muitos anos nesta fraterna amizade. E sempre se distribuía de uns para com outros os farnéis levados, como era encantador e belo, estas famílias que se entendiam sempre com elevada harmonia entre todos e todas, gerando uma amizade invejada por todo aquele, que não tinham maneira de os igualar. 


Em certas casas, o ambiente também sempre foi consolador, as portas sempre estavam abertas, as mesas repletas de boas comidas e bebidas, a satisfação dos seus donos era maravilhosa, as mesas sempre prontas e á disposição, de todo aquele ou aquela, que chegavam e faziam parte da mesma como família ou mesmo sem o serem, a sua surpresa era sempre bem vinda e completava como familiares e amigos e que muitos destes amigos apareciam mesmo de surpresa e se juntavam, onde sempre aparecia algo para o seu bom conforto, ao sentarem-se connosco e sociar de tudo aquilo que tínhamos no momento e outras que imediatamente apareciam, com o calor a vontade e da pronta amizade que sempre existiu nessas casas por muitos e longos anos, sempre assim o aconteceu. 

A amizade constrói-se cativa-se e quando pura não tem limites, não tem certificado, não tem hipocrisia ou fingimento da mesma. 

Amizade deveria ser como a matéria “ Aço Inoxidável “, que nunca enferruja e dura o seu infinito. 









sábado, 15 de setembro de 2018

O MEL

"O MEL"

Quando biológico e configurado com o seu local, onde estes primitivos “ Cortiços, construídos só com pedaços de cortiça, já com forma cilíndrica e que por mãos hábeis, são colocados ao sabor das suas abelhas e os aromas colhidos por elas, o torna mais saboroso na sua verdadeira qualidade é totalmente diferente das novas tecnologias. 



“ AS ABELHAS ENSINAM “, e que lições não dão aos homens, que são ou deveriam ser, guiados pela razão, essas abelhas movidas e dirigidas pelo instinto. Exemplo de vida e atividade social, em que cada uma tem a sua tarefa a cumprir e a cumpre com exatidão e com todo o cuidado. 

Depois de carregada do pólen , sem giros caprichosos, nem atrasos indolentes, rápida como uma seta e com um voo de precisão, ela entra na colmeia, onde prossegue o intenso trabalho da produção da cera e do mel. 

Ai! se os homens soubessem e quisessem dar ouvidos às lições das abelhas; se cada um soubesse cumprir, dentro da ordem e do amor, no lugar fixado pela Providência, o seu trabalho quotidiano !. Se os homens aprendessem a realizar por força da inteligência e da sabedoria o que as abelhas fazem por instinto, como melhor seria o Mundo!. 



Bem diferente é a borboleta que volteia de flor em flor, por puro capricho, da vespa e do zangão atrevido e agressores, que parecem não querer outra coisa senão o mal, a abelha penetra até ao fundo do cálice da flor, diligente, ativa e delicada. 

Descrever este trabalho com estas palavras: … Tudo trabalha, e o MEL ODORÍFERO , “ Cheira a Tomilhos “. 

Trabalhar com abelhas, na ordem e na Paz, os homens aprenderiam a saborear e fazer saborear os frutos das suas fadigas, o mel e a cera, a doçura e à luz da Vida cá na Terra. 

MEL, que em Vale de Cambra, iniciou à décadas com estes “ Cortiços amarrados com arames e colocados em locais mais protegidos e com muitas facilidades de escolha nos sabores dos “ Pólen “… 

Por vários homens, que escolhiam os seus melhores terrenos e outros, que pediam a pessoas amigas, para os colocar graciosamente, destes iniciais cortiços, que foram a causa da produção deste maravilhoso mel, que se começou a produzir em Terras de Cambra. 

E atendendo ao seu procurado produto, começaram por aparecer, no mercado mais Apicultores e com as chamadas “ Novas Tecnologias “, embalado em vasilhas próprias, rotulo e certificado do seu proprietário. 

MAS OS PRIMEIROS FORAM: 

Professor Gonçalo, Justino Maurício, Manuel Alfaiate de Cartim, Manuel da Decide, João Lavrador e o Henrique Tavares de Cabrum – Arões. 

E seguiram-se novas gerações, novas tecnologias, com todo o aparato ligado à Comercialização deste milagroso e maravilhoso produto, que temos em Vale de Cambra, já bastantes “ Apicultores “, com marcas e registos do mel, que colhem das suas Colmeias e o Certificam. 



sábado, 8 de setembro de 2018

O PAU, CAJADO, AGUILHADA E MARMELEIRO

“ O PAU, CAJADO, AGUILHADA E MARMELEIRO “

Assim se dava o seu trato, após o movimento entre mãos, nas Festas e Romarias, junto dos bois ou vacas, nos Serões pela noite dentro e nas Feiras de Gado.


Paus estes, que no passado eram muito bem trabalhados, também em Festejos e danças continuas, ao som das suas pauladas, que deliravam e outras que davam para gritar deixando na confusão os adversários mal tratados e com necessidade de serem socorridos, muitas das vezes em péssimo estado e a serem tratados pelo saudoso Doutor Abel Augusto de Almeida e seus ajudantes Mário Brando, Serafim da Viuvíta e Manuel Fernandes, que sempre lhes prestavam todo o cuidado necessário após o cozer dos golpes desses paus, com os agraves em latão, que cuidadosamente eram aplicados com as suas dedicadas habilidades com a ajuda daquele inesquecível alicate. “ Em muitos desses momentos a que eu, tantas vezes assistia, o Doutor Abel, só dizia aos feridos, se dói aguenta, porque eu, não te mandei fazer esse serviço “.

Grande profissional, que tivemos em nossa terra. Acompanhado sempre com rigor e saber, ensinou a muitos Cambrenses tudo o que estava ao seu alcance e durante o seu titulo de Membro da União Nacional, pelo nosso Distrito, assim como Delegado de Saúde, durante longos anos, este competente médico, sempre foi rigoroso e quando entendia, que as noticias não estavam corretas, “ Ele dizia este não falou “…

AGUILHADA: O pau, que depois de lhe ser colocado um prego ao seu centro e com o bico sempre bem afiado, dava lugar ao tocar na pele dos bois ou vacas, para os chamar ou endossa-los ao cabeçalho, para pegar no mesmo e seguirem os seus trabalhos, que estavam destinados pelos seus donos.

MARMELEIRO: Pau especial, devidamente preparado, depois de escolhido na mesma arvore, e que devido à sua flexibilidade, depois de utilizado deixava no corpo marcas duradouras , provocadas pela sua dureza e que não partia com facilidade.

PAU, CAJADO : que tudo segurava e foram tantas décadas que os usei, para pendurar os animais ( Carcaças ), que preparava no Matadouro Municipal e outros lados, com a sua preciosa ajuda, depois de devidamente escolhidos das qualidades das arvores que os produziam.

Estes paus, eram escolhidos e preparados por mãos hábeis e muitos deles eram depois vendidos em Feiras e Mercados, a preços simbólicos e à escolha do Pastor, Negociante de Gado Vivo e também muito usado por Barões e Viscondes da nossa Terra.

PAUS, que no passado também se usavam nas escolas e outros locais, para o uso da “ Bilharda e Pauta “, num jogo que delirava a juventude desses tempos e a Pauta também trabalhava.

“ Paus cuja a sua utilidade sempre se tornou útil,
Em tudo para que ele, era usado;
Tantos foram os anos que te usei PAU,
Até que, hoje por mim estas a ser LEMBRADO “ …, 
Abril 2018

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

DIVERSÕES DO PASSADO

"DIVERSÕES DO PASSADO"

Que remonta aos anos “ Cinquenta “, e que deixaram imensas saudades desses belos tempos, que pagávamos ( vinte e cinco tostões ), para as suas libertas entradas e para a satisfação de chamarmos entre braços e à escolha a rapariga, que mais nos interessava e que também melhor dançava, nestes salões de dança, que se encontravam abertos ao público em dias combinados, e existiam outros locais, que o faziam graciosamente, em todo o nosso Concelho. 

(Instalações Almeida & Freitas, década 20)

Recordá-los hoje é motivo de lembrar, a muitos desses dançarinos, que ainda se encontram entre nós e que também tiveram essa satisfação de mostrar em publico e às “ garotas desses tempos, como tão bem se dançava, no Ringue, no Almeida & Freitas, Casa do Povo de Macieira e no Castelo, assim como era frequente em Areias, na Maria Emília e no Adílio Amaral e noutros locais, que nos proporcionavam estes encantadores momentos tão felizes e vividos. 


Depois as desfolhadas, que na sua maioria eram de “ Borga, com convites das camadas jovens, filhas dos senhorios e dos caseiros, que as organizavam e após o milho transportado para o Alpendre ou Espigueiro, e o folhelho , de seguida também se retirava e depois das eiras totalmente libertas e devidamente varridas, com aquelas velhas vassouras feitas de giestas, luz da vela ou candeia, pétromaxe e de seguida apareciam os famosos acordeonistas, da zona que já tinham sido convidados para o convívio, que se ia seguir nessa dita e que eram muito habitual “ Estas desfolhadas de Borga“. 


Se divertia até altas horas da noite, com danças populares, tradicionais e com a vantagem de a qualquer altura da mesma dança, ter a liberdade de pedir licença ao par “ Homem “, dizendo isto é à Americana, o que muitas das vezes as coisas não corriam bem e provocava a confusão, no meio da dança e depois fora da mesma. 

Anos passados, apareceram ao Concelho varias casas de diversões e bares noturnos, que ficavam a funcionara até altas horas da madrugada, tivemos além desta Discoteca BILBLOS, a SEMNOME, e depois outras que também seguiram aos fins de semana com Bar e Salões de dança.



“ Desfolhadas que deixaram memórias, 
Pelas suas eiras, milho e folhelho, 
Que nos apresentava muita confiança; 
E que muitos foram os pares, que casaram após o seu par de Dança “.