A RUA DR. DOMINGOS A. BRANDÃO
Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, descrevê-la como o era nesse passado. “ O TALHO DO TOMAZ GOMES “, nos anos vinte no prédio da Casa de Areias e que a sua renda era paga à dona Marianinha por cento e cinquenta escudos mensais.
E foi aqui além do Matadouro, que aprendi a arte que pelo “ Catedrático meu pai “, me foi incutida após o meu concluir da quarta classe, no ano de 1951 e que exigentemente até à minha ida para o serviço Militar no ano de 1960, tantas vezes me era dito: “ não estou a pedir mas sim a mandar “.
Depois de ter cumprido o meu dever como militar, nas Caldas da Rainha e na província do Ultramar “ Angola” casei e em Janeiro de 1964, por acordo mútua com o meu pai e com a promessa de quinhentos escudos mensais, para ele, tomei conta deste que era o seu Talho.
E que arduamente e juntamente com a minha esposa, meus irmãos, Tomaz, Maria, Lucília e a empregada Maria do Pintalhão, movimentava-mos no Matadouro todo o gado que eu, já necessitava para o consumo do Talho.
E juntamente com o meu irmão Tomaz e o experiente jovem António Monteiro, que passados alguns meses me disse que não gostava do serviço em causa, foi continuando e ao mesmo tempo alterando o seu visual, com um aspeto mais moderno, para corresponder ao seu momento e fazer face ao futuro que se adivinhava pela frente.
Chegou aos anos setenta e pensei na mudança para um espaço mais amplo e com todas as condições para satisfação da elevada clientela que já tínhamos e então fixei-me no prédio do “ Tio da minha esposa, o Joaquim do Ferrador, na Avenida Camilo Tavares de Matos, numa renda mensal de “ mil escudos”, mandei montar ali, a Camara Frigorífica maior do Concelho, para condicionar higienicamente todo o gado que abatia.
Dando-lhe o símbolo de “ TALHO MODERNO “, permanecendo aqui durante trinta e nove anos, com o Talho, Mini-Mercado, que deu origem no ano de 1978, à segunda paixão da minha vida que foi as garrafas e que fiz a montagem da “ Garrafeira Vinivale “, na rua Gabriel Pinho da Cruz (filho), como a “ PIONEIRA “.
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