sábado, 30 de setembro de 2017

Carros de Bois



OS CARROS DE BOIS

Estes da foto, assim como outros que usavam taipais feito em madeira, para o seu uso necessário no seu dia a dia no Concelho.

Estes carros, assim como os bois e vacas, quase se encontram extintos de todos os serviços que eles, executavam antes do aparecimento do tratores e que diariamente o faziam para qualquer lado ou sítio. Estes veículos, estavam sempre estacionados muito junto dos seus intervenientes, “ bois e vacas”, assim como sempre prontos a serem ensogados e movimentados pelos seus donos ou caseiros, sem horários e a enfrentar todo o tipo de tempo “ sol ou chuva”, e muitas das vezes os seus donos carregavam umas faixas de canas de milho secas, para a alimentação dos animais, isto quando as suas viagens eram mais demoradas, longas nos transportes das madeiras extraídas dos matos para as camionetas que em locais apropriados e combinados, recebiam as mesmas para as nossas serrações da época.


Estes carros os bois e as vacas, além das madeiras faziam de todo o tipo de serviço, aos seus donos, nos campos deixavam uma lavoura condigna invejada, pelos entendidos e muito mais pelos seus senhorios, que aguardavam a sua colheita para receberem a maquia combinada entre eles e os caseiros. E estes mesmos carros, também no passado, foram imensamente úteis para o transporte de doentes, que se localizavam em lugares mais distantes da sede do Concelho e vinho neles para o médico que nessa época eram muito poucos a prestarem assistência à saúde.

Mas também estes mesmos carros, foram utilizados e eficazes com o seu cabeçalho, para a quadra da matança dos porcos ( suínos), no abate final.

Hoje, são muito poucos estes carros, e dos poucos existentes ao serviço da comunidade, alguns se encontram nos jardins e ao serviço de mesas para refeições e em vários locais escolhidos pelos seus proprietários para o efeito e mais para lembrar esse que foi o “ Passado “.

Quanto aos bois e vacas, que faziam estes carreamentos também sofreram as mesmas consequências, do modernismo atualizado, que diga-se é mais rápido que a força humana, mas nada é igual ao passado, que se vivia embora com mais esforço físico humano e animal, mas tudo era muito mais saboroso, mais alimentício e muito mais saudável.

“ Carros bois e vacas que tudo transportavam,
Dos Campos e Matos, não olhavam as locais ou caminhos;
Como foram e estão quase extintos,
Abandonados e esquecidos, nos cantos Sozinhos “

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Os bois de cobrição


Os Bois de Cobrição …

Foram coisas do passado que a mãe natureza nos deixou, ao movimento da liberdade em campos e matos, tudo se movimentava pela ação “ geotropismo “, de todo o ser vivo.

Falar e recordar estes bois que foram de cobrição, sem local próprio e mais tarde com troncos apropriados para tal efeito a aguardar a chegada das vacas, para serem cobridas uma ou mais vezes para a possível gestação de um macho ou fêmea.



Tivemos muitos destes “ Troncos espalhados por toda a parte do nosso Concelho, e de várias raças”.

Mas no que diz respeito a este meu apontamento memorável do saudoso e bom amigo o senhor Manuel Batista, do lugar de Gestoso-Castelões, que sempre foi vaidoso em todo o seu funcionamento neste serviço de bois e vacas da raça Arouquesa, que sempre teve o cuidado da escolha das melhores e cuidadosamente os preparava com o carinho e charme igualado à sua maneira de o ser e o conhecimento desta raça Arouquesa.

Os seus bois e suas vacas, entravam em qualquer concurso sempre prontas a ganhar. O seu esmerado trato na alimentação e no preparo dos seus chifres ( cornos), assim como todo o seu pelo da pele eram passados a escova e com uma tesoura própria e com uma navalha devidamente afiada preparava os cornos desses mesmos animais que leva aos concursos deixando-os mais encantadores, em todos os locais que para tal, este senhor “ Batista”, se deslocava com a sua família, que não os abandonava, estavam sempre presentes com os animais. E este senhor, que sempre foi figura muito conceituada em Vale de Cambra e outros Concelhos circunvizinhos, dado à sua simpatia e vaidade que sempre teve com o seu nome e o seu vestuário e os anéis de ouro puro e vistosos que tanto gostava de apresentar em público.

Era pessoa, muito vaidosa no seu todo, mas deixou muito patente o seu bom nome, como criador e mentor deste tipo de gado que tanto adorava e sentiu sempre em si, todo esse “ Charme “, no gado e na sua maneira de o ser. Ao memora-lo hoje, é um gesto de muita gratidão, pela amizade que sempre nos foi fraterna e pela sempre sua dedicação para com os forasteiros, que vindos de vários pontos do País, à Nossa Senhora da Saúde ele, estava sempre pronto a corresponder simpaticamente com a sua ajuda em tudo que fosse necessário.

A sua habitação, foi longos anos em Gestoso- Junto do Arraial da nossa senhora da Saúde da Serra, e quando nas quadras festivas ele, dava guarida a imensos forasteiros, nos seus acolhimentos, era mesmo um ser humano formado de elevados conhecimentos e dos quais eram dedicados com muita amizade e simpatia

“ Todos nós o conhecíamos como Batista de Gestoso,

Assim era o seu trato; homem muito comunicativo,

E sempre se apresentava em publico com bonitos Fatos”.



Ao lembrar este homem do passado,

É para mim uma grande virtude;

Porque sempre fomos bons amigos,

E é uma homenagem muito digna,



Para ti, Batista da Senhora da Saúde “ …

sábado, 23 de setembro de 2017

ANO 1921


ANO 1921

LUIS BERNARDO DE ALMEIDA, natural do lugar de Paredes, Freguesia de Macieira de Cambra, ( hoje comentado por comendador), e segundo elementos existentes do passado, que informavam que ele, mandou abrir neste local, uma rua no então lugar da Gândra, com a sua bondade e desejo da sua intenção, para de seguida, mandar construir este enorme prédio, destinado a habitação e cujo os seus fundos se destinaram a um autentico “ Centro Comercial desses tempos”, que ali, operavam quase de tudo, como Restauração, produtos agrícolas, tabacos, fotógrafos, talhos e muitas coisas mais, que muito contribuíram para o crescimento do nosso Concelho.



Consta-se também, que além destas ruas, estradas, pontes, casas, pensões, que por si, foram mandadas construir também o ordenou para os nossos Paços do Concelho, como seu tributo, prestado a toda a população da sua TERRA …

Além deste prédio em causa, de forma “ L “,com o seu frontal que se avista pelas árvores e com dose janelas, também se verifica, que do mesmo formato, tipo “ L “, a antiga e atual Pensão Residencial Bastos”, que também foi obra da sua vontade, porque vindo dos Estados Unidos da América, depois de longos anos nesses solos a trabalhar, alcançou um enorme património e chegado à sua terra o movimentou e quando adolescente, sempre ouvia dizer que ele, tinha emprestado um montante de dinheiro ao nosso Estado, para a construção da Estrada Nacional, nº. 227 com a ligação de Vale de Cambra a S. Pedro do Sul.

Segundo comentários por mim, ouvidos das palavras dos mais idosos que após os meus onze anos de idade, que comecei por percorrer toda a “ Gândra”, ( hoje a Cidade de Vale de Cambra), comentavam que este senhor Luis Bernardo de Almeida, além da sua riqueza adquirida em solos Estrangeiros, também se juntava a ele e às suas esposas a bondade, a ajuda e a determinação por eles prestada aos povos mais necessitados de nosso Concelho, moraram longos anos, na Quinta do Progresso, até ao seu finamento, com todo o requinto mandado construir por eles (hoje é a Estalagem Progresso).

ANOS OITENTA: esta foi até hoje, a ultima alteração naquela, que ainda hoje se intitula como a “ Feirados Ovos “, que no passado serviu muitos e variadíssimos eventos, ligados ao bem estar do nosso Concelho, “ Como o foi além da Feira de Aves e ovos, a venda de porcos alentejanos, que vindos dos lados de Loureiro, eram comercializados a publico a peso bruto, com destino para abate e governo anual, das casas mais férteis da nossa terra, e os circos, que longos anos, ali trabalhavam mostrando o seu saber e querer, para o seu ganha pão no seu dia a dia. Assim como o aconteceu com o saudoso senhor “ Valente das panelinhas”, que estacionou com a sua barraca e sua família, aqui bastante tempo…


“ Homem muito rico, mas com a humildade,

De rica pessoa; não contava o seu dinheiro,

Mas distribuía muita malga de caldo e Broa “


“ Mas como tudo o tempo leva,

Todas estas coisas do passado;

Lentamente as vou recordando,

Como se trata-se de um lindo Fado”…

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

“Futebol sempre foi entusiasmo e Paixão”

Nem só os oficializados, têm direitos na comunicação social ou televisão.


Acontece muitas vezes e que já foi no passado, que estas equipas, assim como outras e de Freguesia a Freguesia e de lugar em lugar, se organizavam e sem escolha de recinto para a prática do futebol, lá estavam eles, a contribuir com todo o seu entusiasmo e muita valentia, a mostrar ao público o seu saber e as suas qualidades para o presente e muitos seguiram o seu futuro.

Tivemos em Cambra, várias organizações futebolísticas que se espalhavam pelo seu todo, em que algumas dessas apresento as fotos e outras também seguiram essa paixão. Lembro as equipes do lugar de Algeriz, Arbar, Inter-Caima, Burgães e tantas mais que se mostravam nos Campos de Futebol, sempre de elevado entusiasmo e paixão, sem vencimentos e muitas delas sem organização direta mesmo assim mostravam sempre o seu melhor dentro do retângulo de jogos e fora dos mesmos sempre estavam unidos, para qualquer situação que se depara-se e se por ventura fosse necessário angariar donativos, lá estavam eles a baterem de porta em porta a pediram ajuda, para os seus equipamentos e seus a fins.

O entusiasmo, sempre foi crescendo de clube para clube, sem rivalidades, tentando sempre um e outro fazerem o seu melhor, alguns acabaram mesmo por abrir uns bares, à disposição dos seus atletas e público em geral e fazendo deles e na sua maioria sócios dos mesmos clubes.


Foram na verdade, momentos vividos, a partir dos anos setenta e que deixaram imensas memórias entre todos os apaixonantes pela modalidade e publico em geral.

“ Futebol cria emoções, é saudável!"

sábado, 16 de setembro de 2017

CENTRO DE VALE DE CAMBRA

Vila nos anos de vinte e seis, mas algumas destas fotos, refere-se aos anos de 1940, mesmo no Centro da atual Cidade com os paços do Concelho, ao fundo a Capelinha de Santo António o nosso “ Padroeiro”, várias ruas das quais hoje são a Avenida Infante D. Henrique, Engenheiro Duarte Pacheco e Avenida Camilo Tavares de Matos, assim com outras artérias transversais, que se juntam. E outras se remontam aos anos de oitenta.

NOS ANOS 1940: Se movimentavam estes Cafés Avenida, Moderno e Arcádia.


Moderno, que já nesses tempos, prismava altamente pela sua qualidade em várias diversões de jogos competitivos, que se prolongavam pelo noite dentro e na imensa distração nestes bilhares às três tabelas que chegavam a concursos diários com intervenientes vindos de outras localidades vizinhas, na disputa de indicar qual dos melhores, porque existiam em Vale de Cambra, além de apreciadores muito bons executantes com os tacos a tocar nas brancas e vermelha.



O Arcádia, além das meses e esmerados clientes, se jogava bastante o dominó e as cartas, mas tinha mais fama e muita clientela, motivado pelo seu Ringue de Patinagem, que em muitos dos casos foi palco de concurso de dança e pares qualificados, que deliravam o público presente.

O Avenida, na altura o mais movimentado da Vila, pelo atendimento simpático dos seus donos, pais e filhos, assim como um leque de empregados de categoria elevada e sempre prontos para o arranjar de uns aperitivos, rápidos e muito bem confeccionados, que acompanhavam aquele maravilhoso e famoso, “ Vinho de Conlela, branco, que o senhor Leonel, sempre fazia questão de escolher o melhor”. E o colocar nas garrafas de litro e de rolha com tarraxa, que encantava, mesmo aquele não apreciador de vinho.

ANOS 1980: Construção do Jardim Público, com várias componentes para “ Gansos e Patos de várias raças e qualidades e mão deixando de apresentar uma melhor visualidade e assim como aqui se continuou a comercializar as Feiras, 9 e 23 de cada mês,.


“ E falar hoje do passado, é motivo de imensa alegria;
Aqui as feiras do Concelho, deixaram de serem feitas,
E passou de mês a mês a serem feitas a das Velharia “ …

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O GATO VOADOR

Que foi criado e domado, pelo saudoso senhor Álvaro do Café, que foi um digno empregado durante longos anos no mesmo no Mercado Municipal.
 


Como expectante ao acontecido é o senhor Camilo do Claudino, que além de cliente assíduo ao estabelecimento entre ambos existia uma grande amizade. Esta gato deixou memórias já em livros, como o “ Equilibrista “,por tudo o que ele, fazia a mando do seu dono-domador. Sempre que o senhor Álvaro se deslocava para a Adega, apanhar vinho para o Café, este animal dócil o acompanhava, a Adega era nesses tempos nos fundos da casa do senhor Almeida Pranta (hoje os C.T.T.). Como equilibrista deve-se ao seu dono, que o obrigava a ir apanhar a comida na sua própria mão e depois de a saborear, ficava hospedado no frigorífico e atento a todo o movimento do café e do seu tratador, que quando em horas vagas o chamava e este gato inteligente, se lançava de imediato para o seu arregaçar, mostrando ao seu domável tratador, que gostava imenso dele e assim o testemunhou por vários anos.

Este saudoso senhor Álvaro do Café, hoje é muito digno deste meu memorando, pela sua sempre pronta amizade e o seu saber para com todos os clientes, mas muito mais para com todos nós que diariamente estávamos com ele, na cozinha, nos reservados na esplanada e mesmo muitas vezes na Cave.


Após casado, pensou em se tornar proprietário e patrão, o que aconteceu, montando o seu primeiro Café no prédio da Pensão Cambrense, com “ Café Cambrense “,e na sua maioria todos nós seguimos com ele e começamos por serem contínuos clientes diários, dando prova da nossa amizade para com ele, de aquando ele era um fiel empregado do senhor Leonel do Café, no velho Mercado Municipal.


Ainda hoje sinto saudades daquelas malgas de salada de atum, cebola, azeitonas,rodelas de tomate e azeite que ele, tão bem as preparava e colocava, na nossa frente e encima daquelas mesas se vidro e palha, que se estacionavam debaixo das arvores junto das casas do senhor Manuel Cubal e senhor Manuel dos Panos. Todos comíamos da mesma malga e cada um com o seu garfo, acompanhado daquele maravilhoso vinho vindo dos lados de Conlela, CasalVelide, Quitas e outras localidades, que nas garrafas de litro e de rolha de tarraxa, eram largamente comercializada no Café Avenida. E depois de consumida este amizade fraterna entre todos nós, no final se colocava todas as moedas que tínhamos nos bolsos e assim se procedia ao pagamento final.

“ Memorar este senhor Álvaro, assim como o gato,
Do velho Café Avenida; são momentos inesquecíveis,
Que todos nós nesses tempos ,cruzamos em nossa VIDA “ !!!

sábado, 9 de setembro de 2017

“AMIGOS DO PASSADO“

Assim o era, a amizade do passado, faziam reuniões frequentemente em vários locais combinados para essas “ tainadas”, cujo na maioria das mesmas, o seu cozinheiro sempre o foi o “ Tomas Gomes”.

Que se veio a tornar famoso, na nossa terra e não só pela sua exemplar gastronomia que ele, sempre apresentava aos convidados, nas casas de pasto, pensões e restaurantes e que a sua culinária sempre o foi sem qualquer duvida da melhor, mas o cozinheiro também era bastante esquisito nos seus condimentos, a sua preferência era tudo do melhor e quando tocava a ele, a organizar esses inesquecíveis convívios, para saborearem a famosa “ Sopa à Tomas Gomes “, os amigos também eram selecionados e muitos deles até traziam das suas casas ou dos seus pais, uns garrafões de cinco litros de vinho, da região e escolhidos no tonel da suas adegas.

Que após passado para os jarros de barro ou vidro, era servido a cada um dos convidados em malgas, ou canecas de pó de pedra.

Aguardavam ansiosamente pela chegada da celebre sopa, na malga, que depois de bem apreciada deixava todo o utente da mesma a transpirar pelo seu elevado conteúdo de carnes das melhores qualidades que pelo cozinheiro eram sempre escolhidas, no seus talhos, ou então pedia a um ou outro convidado, que trouxesse de suas casas. “ Bom Presunto, umas boas chouriças, galador do melhor que existia na capoeira, o resto era confecionado com muito amor e saber”…

AMIZADE: nunca se manifesta pelas suas comezanas, mas sim pela transmissão da palavra, honestidade e na prontidão com que se depara nos maus e nos bons momentos das nossas vidas. Amizade quando verdadeira nunca por nunca esquece, assim como não se deve argumentar, essa que se regista em qualquer um de nós, somente deveremos testemunhar sempre que possível essa mesma amizade sem qualquer interesse pessoal, monetário ou bens …

“ Amizade, do passado, presente ou futuro,
Deve sempre corresponder na verdade;
Conserva-la enquanto vivos,
E a estes amigos do passado, que já partiram,
É de lembra-los com imensa SAUDADE “ !!!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Doutor António Henriques Tavares de Almeida “ Solar de Areias “

Médico da humildade, que desde o após seu doutoramento em Medicina, consultava e receitava no seu habitar em Areias de Castelões, a todo aquele doente que necessitava da sua ajuda e que a mesma o era graciosa e muitas das vezes acompanhava medicamentos entregues da mesma forma.
 

Durante o seu viver, sempre demonstrou um coração benévolo, que sempre fez um serviço primoroso e é de lembrar por tudo isso. Além disso foi durante alguns anos o nosso Presidente do Concelho e era um amigo que todos nós preservamos. “ Um homem que tudo deu, que muito serviu e muito honrou a nossa terra. Falar hoje, deste médico, Presidente e amigo de todos nós Cambrenses é dizer e “ Homenagear ao mesmo tempo, um homem de convicções fortes e que sempre foi capaz de estabelecer consensos, enquanto esteve connosco.

SOLAR DE AREIAS: obra que ostenta “Brazão”, foi residência do Fidalgo Barão das Areias de Cambra, Leite Ferraz de Albergaria, depois passou para a Viscondessa Castro silva, que depois de sua morte foi pertença do Capitalista e Benemérito “ Joaquim Henriques Tavares de Bastos”, Solar este que recebeu grandes melhoramentos tornando-o na melhor vivenda do Concelho. Os anos se foram passando, e vieram viver com estes seus tios, “ Manuel Tavares de Almeida e sua esposa Dª, Mariana Joaquina de Sousa Bastos, que pela morte de seus tios, ficaram absoltos herdeiros, não só do SOLAR, como da avultada fortuna que existia.


O senhor Manuel Tavares de Almeida “ Manuelzinho da casa de Areias, assim o era o nosso trato quando adolescentes, figura nobre e de bom coração, com qualidades e muitas virtudes, das quais muito contribuiu para o progresso da sua Freguesia e do seu Concelho.

Teve neste seu filho um precioso exemplo, sempre de coração aberto e ao serviço dos Cambrenses, no seu habitar e mais tarde no prédio pertença à família ( hoje a barbearia Areias e outros estabelecimentos), para finalizar no consultório do seu cunhado Dr. Abel Augusto Gomes de Almeida, na Rua Dr. Domingos de Almeida Brandão), medicando e tratando de milhares de doentes.

Nos anos cinquenta e seguintes, sempre a conduzir para qualquer local, que fosse chamado ele, pegava no seu saudoso carro de marca “ Peugeot 203, de cor cinza escuro, que o conservou longos anos e que ainda hoje esse mesmo carro, se encontra em Vale de Cambra, mas com outro dono.

Não é possível apreciar cada faceta particular do Dr. António Henriques Tavares de Almeida, em separado, mas hoje o faço, como evocação histórica deste grande homem Médico e Presidente, que muito ajudou a construir o nosso Concelho e que ficará para sempre em Memorando.

“ Bom homem, Bom médico,

E maravilhoso Presidente;
Deverias ser mais correspondido,
A nível local, porque sempre foi,
Em tudo extraordinário para tanta Gente “…

sábado, 2 de setembro de 2017

“ O PADRE OLIVEIRA MAURÍCIO “

Nesta foto, foi a Inauguração do nosso Cinema, no ano de 1970, em que o Padre Oliveira Maurício, faz a sua bênção como o era o seu dever como Padre da Freguesia, que se manteve connosco, mais uns longos anos, depois de o ter sido muitas décadas o Pároco da Freguesia de Vila-Chã e ao serviço do nosso Concelho.


Partiu para o além, na sua hora, depois de muito ter contribuído, na Paróquia e aos seus Paroquianos, assim como o fez, em muitas coletividades do Concelho, “ Música, Futebol, Ensino e outras mais”, que o tornou no principal fundador da “ Livraria Fival”, como Administrador e ladeado pela sua irmã menina Adelina e a conceituada Rosinha da Livraria. Livraria esta, que esteve ao serviço dos nossos estudantes e do público em geral, sendo sempre uma Livraria de referência e de muito prestígio, marcando o seu símbolo enquanto esteve ao serviço de todos nós Cambrenses e que deixou muitas memórias.

Quanto ao Padre Oliveira Maurício, foi sempre um exemplo, com todo o seu serviço prestado à coletividade, do nosso e do seu Concelho, pois que ele, também era natural da aldeia de Soutêlo-Sandiães e da Freguesia de Rogê. Dedicou parte da sua vida à Igreja e a Deus, incutindo em todos nós Paroquianos a Fé, que serviu sempre apaixonadamente e que o seu nome ficará para sempre a marcar essas épocas.

Não deve existir em Vale de Cambra, quem não tenha conhecido o Padre Oliveira Maurício, a caminhar pelas ruas da Vila ( hoje Cidade), em direção à Livraria Fival, ou Café Moderno( hoje Tulipa), onde ele, apreciava e gostava muito de jogar o dominó em suas horas vagas.

Depois de ter passado por Cabreiros de Arouca e outros locais, fixando-se definitivamente em Vale de Cambra, até ao seu Finamento.

Padre Oliveira Maurício, como filho da terra, e a título póstumo, passei os meus olhos pelos nomes escolhidos, de gentes e figuras com carácter e dignos merecedores desta singela homenagem, que hoje lhes dedico como Cambrense, que também o sou.

O passado, por vezes nos deixa factos marcantes, que enquanto vivos não esquecem mais.

Casei em Novembro de 1963, na Igreja de Vila-Chã, foi ele, o celebrante deste acontecimento, que por sinal era nessa época o Presidente do nosso clube de futebol, eu fazia parte do mesmo e como existia muita amizade com meu pai e restante família, convidei-o para no final da cerimonia religiosa, assistir ao almoço, assim o aconteceu no futebol tínhamos nesse dia o Cucujães, nas Dairas e eu no meio do almoço levantei-me para ir jogar, mas ele, não deu autorização e que me ficou marcante, até hoje.