sábado, 29 de julho de 2017

VISTA PARCIAL DA FEIRA DOS OVOS

VISTA PARCIAL DA FEIRA DOS  OVOS
Sinónimo do passado, porque aqui se comercializava, os ovos, as aves, carnes e salgadas, assim como todo o tipo de produtos hortícola.
Nos anos setenta, deixou-se de comercializar todos estes produtos, assim como as tascas que habitualmente, nos serviam aos dias de Feiras, 9 e 23, com o saudoso grão de bico com bacalhau e a conhecida e famosa vitela assada, que também nos acompanhava sempre nesses dias o “ Peixe frito “, com azeite puro, peixe selvagem e o seu preparo totalmente a lenha.
A escola primária, que nos deixa alcançar a beleza e o potencial do centro da Vila, ( hoje Cidade), a feira dos ovos ( hoje Largo de S. João de Deus).
Além das duas feiras mensais que sempre se realizavam quinzenalmente  com elevado movimento, também serviu longos anos às camadas jovens, dessas épocas, para a pratica de futebol e com a vantagem de no final desses encontros, se lavarem e beberem naquele encantador Fontanário que se localizava no topo direito da Feira dos Ovos, com bastante água pura e pública, que nesse passado se encontrava à disposição de todos nós.
ESCOLA: que também outrora, sempre serviu todo o Concelho, na fase dos exames da 4ª classe, que ali se efetuavam vindo os alunos de todas as escola das freguesias e lugares, o seu local continua, embora totalmente remodelado assim como os acessos, porque no passado, esta escola, era ladeada para o Sul, somente pelo caminho das Regadas e para o Norte pela Pensão Bastos, Mercearia e o saudoso CINEMA, ( hoje a Pensão existe e onde fui Mercearia, è atual Pastelaria Tulipa, onde fui Cinema era a Oficina do senhor “ Bela”, que esta a ser usada pela mesma Pastelaria), com a alteração também da rua, que é Rua do Hospital presentemente.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

BARBEIROS DO PASSADO

"BARBEIROS DO PASSADO"
Na foto, mostra a “ Barbearia Martins”, MESMO NO Centro da Vila ( hoje Cidade), e nos fundos do terraço da linda moradia da família do senhor Neves. Estes barbeiros muito conceituados, inicialmente era constituída pelo pai e os seus três filhos, que tinham vindo, dos lados de Espinho e aqui se fixaram, para sempre.

Multiplicaram aqui as suas famílias e desta somente hoje temos connosco o seu filho, artista e poético de nome Silvério Martins, que continua a representar a sua arte com elevada classe na Avenida Infante D. Henrique, no prédio de vidro e ao mesmo tempo a testemunhar e honrar o ofício que o seu pai a todos lhes tinha incutido.
O BORNES: e seus familiares, vindos também dos lados de “ Vinhais- Chaves”, se instalaram nos anos vinte, no Velho Mercado Municipal, mas com a oficina também no mesmo terraço e prédio do saudoso senhor Neves. “ Sebastião Bornes, era o seu verdadeiro nome, com quatro filhos, dois homens e duas mulheres, também aqui em CAMBRA, ficaram para sempre, como aliás era hábito e consolo, em todo o visitante que em nossas terras penetra-se, ficavam e constituíam as suas famílias e só voltavam às suas origens, a título de uma simples visita aos seus que ali, deixaram.
Tanto a Barbearia Martins, como a do Bornes, inicialmente começaram por trabalhar com os seus familiares, filhos e genros, para mais tarde, abrir uma exceção e ensinarem as mesmas profissões a muitos Cambrenses, que anos depois se estabeleceram por conta própria no mesmo ofício e que muitos desses ainda hoje desempenha com muita classe o mesmo ramo de negócio.
Recorda-se aqui: também aqueles que foram grandes mestres nesta arte. O Senhor Fernando Ferreira, Ernesto Ferreira, Manuel Pinheiro, António Pucareiro, O Galinha, Camilo Claudino, António Silva e outros mais, que orgulhosamente o faziam mesmo sem terem a sua oficina aberta ao publico.

E neste momento preciso, temos ao seu serviço e na arte de barbeiros, os mais antigos de Vale de Cambra…
Silvério Martins, Jacinto e seu cunhado Zé Silva, António da Quinta da Ucha-Castelões, Agostinho de Macieira e tantos mais espalhados pelo Concelho, que ainda se esforçam para a boa higiene no corpo do ser humano.
               “ Então esses barbeiros do passado,
              Que a Cambra, chegaram e ficaram para sempre,
              E que desenvolveram o seu precioso ensinamento;
              Hoje vos dedico esta minha singela homenagem,
              Para que e mesma fique para sempre em Pensamento “ !!!

sábado, 22 de julho de 2017

VALE DE CAMBRA HOSPITALEIRO

“ VALE DE CAMBRA HOSPITALEIRO “
Já no século X, era considerado um local, onde se reunião os moradores da época, para fazerem as suas transações.
Vale de Cambra, sente-se orgulhosa das suas gentes e ares, que a valoriza como uma zona de turismo e Industria, que ficam aqui por algum tempo, e depois voltam seduzidos pelo que viram ou à espera de encontrar motivos novos. Quando se colocam no “ Alto das Baralhas, Cavião ou Decida “, tudo os prende com todo este encanto de panorâmica e mesmo tempo se observa um Povo com um crescimento muito dócil, hospitaleiro, que os acompanha o ar que se respira por toda a parte do Concelho! E que nos leva a exclamar “ terra de ar puro e de tão boa gente “.
Vale de Cambra maravilhoso, que já se publicitava e o afirmavam à setenta e oito anos, pelas suas belezas e pela capacidade em receberem todo o tipo de trabalhador rural, vindos de vários pontos do País, para amanharem as enormes propriedades e quintas que na nossa encantadora terra existiam, ao sabor dos seus donos, que começaram por tratarem esses trabalhadores rurais, como caseiros, das diversas “ Manchões”.
Trabalhadores rurais, que foram ficando, muitos constituíram as suas famílias e se multiplicaram de lugares em lugares, mais tarde começaram por abandonarem essas terras que faziam e começaram por trabalharem em empresas como operários e alguns deles, se tornaram mesmo Empresários de grande qualidade.
Vale de Cambra, sempre esteve aberto a todo o tipo de classes sociais, as suas portas sempre estiveram abertas, na palavra amiga e para ajudar estavam sempre presentes em todas as situações da vida, que se deparavam nas classes mais humildes, nunca lhes faltava uma malga de caldo ou um naco de broa, para ultrapassar as suas necessidades diárias.
  “ Trabalhava-se de sol a sol e a pé descalço,
 Para se granjear o pão nosso de cada dia;
Esperava-se sempre, que viesse como oferta mais alguma coisa,
Era assim que o pedinte o Pedia “ !!!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

“ O UTILITÁRIO MATADOURO “

“ O UTILITÁRIO MATADOURO “


Já era bastante usado, mas se considerava nesse passado bastante útil e com capacidade para todo o abate de gado para consumo no nosso Concelho.
As vitelas eram de pesos muito reduzidos, quanto aos suínos, cabritos e ovinos, eram mesmo muito poucos que se abatiam. E no gado adulto eram cerca de meia dúzia por semana e das quais as de peso mais elevado eram abatidas pelo “ Saudoso Adriano Rival “, destinadas à casa de Saúde de Macieira de Cambra. Tudo isto após os anos sessenta, porque despertou imenso o seu abate no seu todo, se foram criando condições para o mesmo com a montagem de “ Salsicharias e de talhos”, com montagens modernas e espírito novo assim como as ideias, que com câmaras frigoríficas, moveis e higienicamente bem montados, para a satisfação dos seus clientes e corresponder ao movimento atual.




Os talhantes, com mais volume de consumo, tiveram que usar a madrugada, nos dias de mais abate e semanalmente, com a autorização deste saudoso amigo, formado de grande personalidade e de um carater  e seguro de uma alma nobre que o foi este médico veterinário, “ Almeida Henriques”, que vivia a poucos metros do Matadouro e que sabendo das imensas necessidades dos talhantes da altura e se deslocava ao final do dia, aos currais verificar todo o gado que ali, estava estacionado para abate no dia seguinte e para ser abatido.
Começou por facilitar, a esses talhantes que mais tinham necessidade de usar o Matadouro, pela madrugada essa abertura, para que os outros de menor envergadura, tivessem a sua vida mais facilitada.
Este digno veterinário, sempre foi uma figura dotada de bons sentimentos, e ao serviço deste Matadouro sempre foi ladeado por competentíssimos fiscais Municipais, como o foram durante estas épocas, os saudosos, Junqueiríta, António Coelho, Manuel Raposo, Chico Jardineiro, Manuel Pinho, Manuel Borges, e Abílio Vide e outros que tinham passado antes destes competentes funcionários Camarários.
Assim como o testemunho, nestas guias Municipais, rubricadas, pelo chefe da Secretaria de então o saudoso Doutor Emes Ribeiro e o Tesoureiro, também saudoso senhor Antero Gândra. Ao homenagear este saudoso médico veterinário António Henriques de Almeida”, natural de Vila-Chã, nascido a 15 de Junho de 1917, vindo a falecer com apenas 61, anos no dia 23 de Julho de 1978.
Porque até aqui sempre tinha sido um marido, um pai e avó exemplar, que muito honrou a sua profissão como veterinário Municipal e que fez parte de várias coletividades Concelhias, sendo sempre considerado por todos nós pela sua natureza e não por autoritarismo, mas às vezes até de mais nos prazeres da vida que, a final o traiu.
Foi o destino. Mas ficará para sempre o seu exemplo para a sua família.
Para os conterrâneos, para milhões de amigos que soube criar e que agora se curvam, em prece e evocação histórica deste “ HOMEM” que ajudou imenso o nosso Concelho.
Na minha imaginação, nunca sonhei como grande amigos que sempre o fomos, ter motivo para testemunhar hoje publicamente, porque ele, sempre foi insubstituível como veterinário, para quem tudo estava bem, mesmo quando tinha que reprovar uma ou outra rês por não se encontra em condições de consumo, ou por falta de idade para a sua classificação como adulto. Sempre mesmo sempre, o entendi muitos anos, como um amigo da terra, dos animais que salvava e da natureza que tanto adorava, tornando-se mesmo um apaixonado pelo setor da agricultura nos solos da“ Malhada- Arouca”, com uma vasta área de terreno de cultivo e mato e que longos anos o acompanhei, no transporte de vitelos para a sua criação e depois de criados e com o peso que se verificava-se para o seu rendimento comercial eu, os transportava de novo para o seu abate.
Por tudo isto, foi um homem com as suas qualidades, de educação e de bondade, que só criou amigos em toda a parte e que demonstrou em serviço toda a ordem e nos lugares que ocupava sempre o fez com uma força telúrica.
                        “ No passado, sempre se ouvia dizer que o destino marca a hora, e quis o destino que este homem bom, termina-se o seu itinerário;
Cambra ficou mais pobre, pela perda deste extraordinário Veterinário “ !!!

sábado, 15 de julho de 2017

Doutor Armindo Ferreira de Matos “Farmácia Matos”

Doutor Armindo Ferreira de Matos
“Farmácia Matos”

Cujo o seu principal diretor foi “ Doutor Armindo Ferreira de Matos”, natural do lugar da Igreja de Castelões. Personalidade extraordinária que prestou revelantes serviços, para o progresso do Concelho e que, por tal motivo é digno de todo o reconhecimento.

Este dedicado Farmacêutico, fez parte da Comissão Municipal no ano de 1938 até fins de 1941, como Presidente da mesma, realizando nestes períodos um vasto programa de obras e melhoramentos públicos. Também foi notável a atenção que prestou à população mais carenciados da, mostrando sempre a sua maneira de o ser em prol da nossa terra, tendo mesmo sido pretendido por vários anos na recondução do mesmo cargo, que o fazia sempre de elevado prazer e sem qualquer remuneração.
Como Farmacêutico foi exemplar, criou empregos e ensinou a muitos conterrâneos a sua arte, principalmente aos da sua Freguesia, como o foram: os saudosos, Alberto Silva, Aurélio, Zé da Farmácia e os senhores Joaquim Pinho, Fernando da Igreja, este que permaneceu largos anos ao seu lado enquanto vivo e prolongou até à sua reforma concedida por lei.


Como técnico sempre foi exemplar e nunca escondeu o seu saber aos seus iniciados empregados, que foram muitos, que acataram o seu categorizado ensinamento em tudo o que era “ misturas e composições”.
Nesses tempos em que os medicamentos era confeccionados com a espátula, em cima daquela velha mesa de mármore preta e se introduzia naquelas caixinhas de madeira fina e ovais, com a etiqueta a indicar a sua utilização, para o bem-estar da saúde dos doentes. Todos quantos lhe batiam à porta e lhe apresentavam os seus sintomas, ele de imediato correspondia e até muitas das vezes, a muitos dos nossos conterrâneos lhes oferecia o produto milagroso por ele inventado.


Todos estes colaboradores e outros, receberam as suas preciosas instruções, na “ Antiga Farmácia Matos “, (hoje o café Assembleia). Este Doutor Armindo, sempre se apresentava pela manhã ao serviço e de imediato, após a abertura da porta vestia a sua bata branca, mesmo sem o apertar dos botões, que aliás era muito o seu jeito. De seguida, dirigia-se ao velho Café Avenida, no Mercado Municipal, para o seu primeiro café que sempre o tomava na cozinha e de pé, sempre servido pelo saudoso “ João Gomes “.
Este seu habitual uso da “ Bata branca”, deu motivo com o passar dos anos a ser esta a sua alcunha, principalmente pelos seus amigos mais diretos. Diariamente, quando se previa um acontecimento: almoços, merendeiros ou jantares, em convívio de grande amizade, o “ HOMEM DA BATA BRANCA”, nunca era esquecido e mais ninguém, mesmo ninguém se sentava à mesa, enquanto ele não estivesse presente.
Sempre foi um CAMBRENSE amigo, respeitável e atento. Um Homem que, contribuiu enormemente para variadíssimas coletividades e associações da sua terra, exercendo por várias vezes, como Presidente do Concelho, que a população sempre o testemunhou com a sua forma de o ser, muito íntegro e afável.
BOM HOMEM !!! QUE FOI TÃO DIGNO E MERECIA MAIS ELOGIO …
“ Pela manhã depois de abrir a Farmácia,
A sua bata era a primeira opção que tinha;
De seguida e mesmo com ela ia para o Café Avenida,
Tomava o seu café sempre de pé e na Cozinha “.

Como Farmacêutico e Presidente,
Sempre foi muito lembrado;
Vou deixar em livro a sua elevada,
Dignidade em Vale de Cambra no PASSADO.