quarta-feira, 29 de novembro de 2017

“AVENIDA DOS COMBATENTES DA
GRANDE  GUERRA“

São imagens dos anos trinta, hoje é a Avenida Camilo Tavares de Matos, as fotos apresentam o colossal prédio da casa de Areias, que ainda no presente se encontra de pé e com pequenas alterações desses tempos em que o mesmo ali foi implantado, garagem, terraço e estabelecimento, condigno da população e outros, com elevada higiene e conforto, pela a então Estalagem do Vale do Caima, fundada pelo dinâmico senhor Firmino Valente da Silva Matos, que continuou por alguns anos, para mais tarde tomar como trespasse o senhor “ Zé Glória, sua esposa Albertina e família, com o mesmo símbolo, arduamente todos os seus filhos trabalhavam em prol, desta que foi muitos anos a melhor Pensão do nosso “ Vale “.


Os anos se foram passando e tudo também se foi alterando, passou de Pensão para Restaurante e Adega, “ Masocay “, na parte superior foi bastante tempo a Segurança Social, depois ficou deserta, como até hoje, mas nos seus fundos depois da Estalagem, Pensão e Restaurante continua hoje como Novo Banco e Restaurante Parlamento.
No passado, a seguir à Estalagem e Pensão, era uma loja de artigos de pesca e caça da Firma “ Soares & Oliveira “, para na porta seguinte tinha o acesso à moradia da família doutor Abel Augusto de Almeida, “ Digníssimo Delegado de Saúde e Membro da União Nacional, largos anos no nosso Concelho”. “ que muito contribui para o descanse de muitas famílias Cambrenses “, enquanto ocupava esta sua posição a nível Nacional “…


Deixando esta personalidade e suas famílias, tínhamos o famoso e competente “ Diretor Doutor Armindo Ferreira de Matos, a Farmácia MATOS “.que ainda hoje honra o seu símbolo deixado por esta figura de Castelões  e que tantos anos comandou os nossos destinos e o nosso Concelho.
Sem qualquer benefício honorário de mensalidade, fê-lo sempre por amor à sua e nossa terra. Descrevendo o redondo do prédio em causa, era o consultório, do famoso e competente médico “Doutor Abel Gomes de Almeida, diga trinta e três, assim o carimbou toda a população do Concelho “, mas que


deixou imensas memórias, pelos seus serviços à nossa comunidade e ensinou a muitos elementos que com ele trabalharam, como enfermeiros e motoristas privados, a sua maneira de o ser, tratando e curando, tantos que foram operários e trabalhadores rurais da nossa terra, que deles necessitavam, a este médico e a todos os que com ele trabalharam, procurando sempre, aprenderem com ele  o seu saber e empenharem-se drasticamente pela saúde pública de todos nós Cambrense e por tudo isto que aconteceu no passado, são mais do que dignos desta minha homenagem, para fique como memória por tudo aquilo que eles fizeram, mesmo sem meios para chegarem rapidamente até nós, com o seu prestigiado auxilio humano e poucos medicamentos, todos eles, ali estavam sempre presentes para nos aplicarem umas injeções ou tratamentos de feridas no corpo causadas por acidentes cometidos, bacia de água quente, sabão e lavagem das suas mãos, como desinfeção, estavam sempre prontos para nos ajudarem, na nossa Saúde.


AVENIDAS: que diariamente as passava a pé de Areias até ao meu local de trabalho, na Rua, Doutor Domingos de Almeida Brandão, desde os meus onze anos, até que comecei por o fazer de bicicleta pedaleira, motorizada e mais de carros, hoje ao memorizar estas Avenidas, indico que ao iniciar as mesmas do seu lado esquerdo e até ao prédio da foto, pertença da Casa de Areias, existiam apenas seis fogos ( casas), e a Firma Lacto-Lusa Ldª., (hoje o nosso Município), porque todo o restante eram terras de cultivo. E nosso lado direito até às Camionetas Amarelas, tínhamos dose casas de habitação incluídos oito estabelecimentos, porque todo o restante também era terras de cultivo.

          “ Avenidas que tantos anos te usei;
          E de todas as formas por vós eu passei;
          Hoje e após cinquenta e quatro anos,

          Nestas Avenidas, abracei a mulher que até AMEI “. 

sábado, 25 de novembro de 2017

“O PASSADO SEMPRE NOS DEIXA
RECORDAÇÕES “

Recordações, que ficam enquanto vivos, em nossas memórias pelo lado do bem e do mal.
No lado do mal, este é sempre mais marcante e tarda a esquecer, mas pelo lado do “ BEM “, é mais gratificante, porque esse nunca mais esquece enquanto vivermos…


FALAR HOJE: desta família dos “ Ferradores de terras de Cambra”, é para mim, orgulho pessoal, não por fazer parte da mesma família, mas sim porque com todos eles convivi, momentos inesquecíveis da minha vida.
FERRADORES, não é nome próprio mas sim, um símbolo adquirido ao longos de tantos anos, na sua e nossa terra a preparar “ Cavalos, éguas, bois e vacas “, com as suas ferraduras, cravos, canelos e pregos “, nos seus cascos, para que todos eles, circulassem nos matos, caminhos e estradas, normalmente e sem se queixarem de dores e quando provocavam infeções, lá estavam estes médicos alveitares, pai e filhos, a picar os cascos e a dar-lhe o seu movimento normal, à custa do seu saber e dos formões, que sempre estavam numa caixa ao lado do tronco, onde eles trabalhavam, com um corte delicado e por vezes queimavam os buracos que estavam infetados.
Motivado pelo seu ofício, assim como de todos os seus filhos, este senhor Adriano do Ferrador, constituiu uma grande família, assim como a todos ensinou o caminho do bem da verdade e do trabalho árduo, mas com capacidade adquirida pela sua doutrina e da sua esposa Rosa Bandeira.


A sua Oficina, assim como a sua habitação e dos seus, largos anos foi na Rua da Ponte da Gandra, o seu movimento era impressionante, trabalhava mais com os seus filhos “ António e Manuel “, por vezes e na quadra de verão com o calor a apertar imenso todo o tipo de gado, que esperava a sua consulta, lá estavam os netos sem distinção, com um ramalho de arvores feito a propósito para eles escorraçarem as moscas, do corpo dos animais.
E quando este conceituado, ferrador e homem bondoso, de elevados conhecimentos entre nós, estava junto a sua casa e passava alguém, conhecido das suas amizades e do seu serviço, eram sempre convidados para irem à sua adega, beber ou comer sempre com uma satisfação enorme, mas quando eles não aceitavam a sua casa, ele prontamente os dirigia à tasca do senhor Alberto Pais.
Quando o serviço na oficina, estava muito concorrido e os dois troncos que tinha, sempre bem preparados, para o receber dos animais e os lavradores e senhorios, tinham necessidade urgente no trabalho do seu gado, ele ou os seus filhos, se deslocavam na pedaleira, ou boleias nos carros do leite, com a sua ferramenta para lhe darem apoio, colocando-os prontos a mover as carroças e os carros de bois ou vacas..
E quando este senhor Adriano Ferrador, já um pouco mais cansado de todo o seu serviço, que largos anos levou e conseguiu demonstrar em público a sua fortaleza, a pregar ferraduras e canelos, nos animais, dando motivo a um grande património que o conseguiu, assim como ao deixar bem patente, em todo o Concelho e não só, o seu bom nome, a sua classe como artista e que o transmitiu para os seus, a mesma doutrina, de trabalhadores, sérios e competitivos em larga escala na sua vidas e que hoje sou mais do que dignos desta minha homenagem por tudo o que eles, eram em VALE DE CAMBRA.

        “ Passado coisas vividas e sentidas,
          Dos tempos que decorreram,
          Recordar no presente é motivo,
          De quem ainda tem Vidas “ …


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

“CENTRO DA NOSSA VILA
NO PASSADO“

Que a todo aquele habitante, ou passante, que ainda hoje existe entre nós estas foto, os deixam reviver estes locais desses velhos tempos.
O CENTRO : com os Paços do Concelho, original assim como a Estrada Nacional, nº. 227 (hoje Av. Infante D. Henrique), e como sempre se disse, recordar é viver…


É bem visível os Paços do Concelho, assim como as casas do Dionísio e Tia Irene e na Estrada e em sentido contrário a casa do senhor Benjamim da Calada os irmãos Zé e Glória, cada um deles com os seus estabelecimentos e ramos, como o eram a Alfaiataria, talho e Cervejaria, depois era o armazém do Ferreira Salvador, para mais tarde o depósito da Cooperativa Agrícola do Caima.


E à direita tínhamos a Rua Duarte Pacheco, com a Ourivesaria Tavares Bouça, como o primeiro fabricante de peças em ouro e outras, com o seu filho Carlos Charló e mais alguns  elementos credenciados vindos dos lados de Gondomar, que durante alguns anos apresentaram, com o seu saber, ao nosso povo como se fabricava bonitas peças, em ouro de elevada qualidade, naquelas bancadas, que recebiam os seus competentes artistas, que munidos das indicadas ferramentas e o aparelho se solda, que recebia cuidadosamente o seu sopro para com a devida eficácia deixar a peça nas devidas condições e o seu formato. A seguir era a  habitação, do senhor Almeida Pranta, Padaria Flor, Tasca do Avelino Gomes e as  quatro garagens seguidas e nos fundos da casa a Oficina de bicicletas e motorizadas do senhor Manuel Moreira Dias, com os especializados técnicos da época o senhor Alberto da Ramboia e Joaquim da Pinha, na casa do senhor Américo Silva, depois tínhamos o Ringue, Café Arcádia, no primeiro andar eram habitações, para mais tarde se tornar num Restaurante maravilhoso do senhor Albino Pedro e Família ao circular o mesmo prédio, tínhamos também nos fundos o Posto Médico do senhor Doutor Arnaldo, como dentista e mesmo defronte à Serração do Paiva, era o Posto da G.N.R. local.


Passaram tantos anos deste passado, que lentamente se foram alterando, as pessoas assim como as suas coisas, que tínhamos nesses tempos, mas que em algumas delas, voltaram ao inicial, que faz lembrar os tempos em que, o alfaiate por ordens dos seus pais, davam volta aos seus casacos, para durarem mais uns aninhos, sem gastos causados aos seus diretos familiares.

 “ Centro da Vila, que nesse passado,
De um lado e outro, tanto comercio tinha,
Com exposição à escolha do publico que gosta;
Não se pode esquecer aquelas sanduíches,

Com o bife e muita cebola, feito pelo senhor Olímpio Costa “.

sábado, 18 de novembro de 2017

Castanhas de Castelões

CASTANHAS  DE  CASTELÕES

Desde a sua existência, sempre ouvia dizer que eram as melhores do Concelho. E cuja a sua maioria eram produzidas na mata que era propriedade da casa de Areias. E que chegou mesmo a ter ali uma casa, onde habitava um ser humano e que fez largos anos a sua guarida, aos castanheiros e seu fruto, “ chamava-se José “.


Na sua quadra da apanha, depois de varejados os castanheiros, com uma vara devidamente escolhidas para tal efeito, pelos seus caseiros e filhos dos mesmos e suas mulheres, juntamente com algumas contratadas de cabazes feitos de verga e cestos do mesmo produto, lá estavam elas com canseira, a apanharem e transportarem para estes carros de bois, que faziam parte do grosso e poderio do famoso “ SOLAR DE AREIAS “.


Nestes carros: anualmente seguiam carregados desta dita mata, seis a oito carros, com os seu taipal a fazer a proteção aos ouriços, que vindo destinados ao Solar de Areias, que depois de descarregados em local próprio, eram retiradas e escolhidas estas belas castanhas para após  a  sua secagem serem colocadas em sacos de serapilheira e comercializados em quantidades. Os restantes ouriços, eram novamente carregados para estes mesmos carros e depositados na “Quinta Nova”, sua propriedade e que dava lugar a nós habitantes da zona, saltar os muros de acesso e com latas de atum vazias de cinco quilos, com um arame a servir de pega, escolhíamos as melhores que tinham sido deixadas pelo poderio no chamado “choicha“, tornando numa consoada do Natal, com uma refeição melhorada e acompanhada com estas maravilhosas castanhas, cozidas, assadas no forno ou então cobertas com um braçado de “ Agulhas caruma”, que se juntava nos matos dos outros, para acender o lume para o fabrico das refeições diárias e muitas vezes ao borralho saborear umas horas de conversa familiar e descanso , que por vezes dava acesso a uma dorminhoca, por algumas horas.


Castanhas, que nas feiras eram largamente comercializadas e vendidas assadas como esta foto o apresenta, naquelas vasilhas de barro, com vários buracos e algumas já seguras com arames, ao calor do carvão e da peneira, que habilmente era movida pelos artistas que as deixavam assar cuidadosamente e as vendiam embrulhadas em papel de mata-murrão, que depois de levar uma volta as introduziam dentro pelo preço de dez tostões, cada pacote.

“ Castanhas saborosas, que todos os nossos solos,
Te produziram com elevado cuidado;
Hoje te deixo Castanha de Castelões,

Como uma memória reconhecida do PASSADO “ … 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Casa das Cerejeiras

“ CASA DAS CEREJEIRAS “

É em Macieira de Cambra, que no passado tinha um logradouro espaçoso e era ocupada pela sua principal dona, a Dona Marinha e seu filho Lopes, que no nosso meio assim o era tratado, quando deslizava pela ruas e estacionava com o lindo carro de marca “ Desoto de cor preto “, acompanhado da sua bela figura e sempre muito charmoso, a corresponder com o carro que sua mãe lhe tinha oferecido, assim como toda a sua liberdade em usa-lo e movimentar a fortuna que a dona Marinha, tinha no nosso Concelho. Passados alguns anos, esta senhora, travou conhecimentos com um senhor de nome “ Figueiroa “,que chegou a Macieira- a- Velha e nesta maravilhosa casa, rapidamente começou por criar ideias inovadoras e neste prédio começou por trabalhar a “ Casa das Cereijeiras”, como Pensão, manejando com qualidade este local e a suas gastronomias com referência para visitantes, Empresários, que se juntavam aos nossos, sempre com a intenção em celebrarem negócios.


Assim continuou por mais alguns anos, esta empresa que tinha fundado, com a sua elevada mestria, trato fino e de elevados conhecimentos.
Depois esta mesma Pensão, foi tomada por exploração, pelo senhor Amadeu Moreira, que tinha vindo em definitivo da Inglaterra, para a sua habitação em Coelhosa-Castelões, com sua família, começando por fazer aquilo que sempre gostou, que foi a Restauração em Portugal e Inglaterra.
E como o tempo tudo nos leva: esta dona Marinha, com sua morte, o seu filho Lopes e família, começaram por venderem muitas das suas propriedades e esta casa e logradouro, passar a ser pertença do senhor Manuel Cubal, “ Que foi o maior Comercial de Vale de Cambra, nestas épocas “…
Ficando em partilhas, para a sua filha doutora, que habita acidentalmente com sua família em Lisboa. E vai mantendo a sua manutenção desta que foi nesses tempos a melhor Pensão de Vale de Cambra.


DeSoto : carro maravilhoso, memorável e de tradições familiares, que também veio a ser vendido ao senhor “ António Cândido ( Vista Alta ), e cujo o seu final acabou na praça, como carro de aluguer, ao lado das saudosas “ Arrastadeiras Citroën “, que largos anos tivemos junto do velho Café Avenida, nos anos de Cinquenta, para Sessenta.

sábado, 11 de novembro de 2017

GLÓRIAS DO PASSADO

Campo das Dairas em 1963, todos estes gloriosos Cambrenses, se apresentaram ao público das suas terras e não só, para deixarem bem patente o seu brio e recordar as suas qualidades dos tempos idos, dos campos das Secas e deste que tantas vezes o pisaram, representando as cores do seu e nosso clube.



Alguns destes elementos, também tiveram o prazer de envergarem camisolas mais tonantes, como foram as do Futebol Clube do Porto, Académico do Porto, Beira Mar, Sanjoanense, Oliveirense e que deixaram tanta saudade pelas competições que se proponham a cumprir dentro e fora dos retângulos de jogos.

1963
Recordar este passado, voltaram ao pelado do campo das Dairas, com equipamento alternativo do nosso clube, estes gloriosos, acompanhados pelo atual massagista, o saudoso “ Zé da Farmácia “, que ao seu lado esquerdo é o famoso guarda redes “ Ana da Serra, do seu lado direito o senhor António Silva, depois se irmão Neca Serralheiro, Leonel do Café Avenida, António Campos, Augusto Lisboa, depois de joelhos, da mesma forma, o Serafinzíto da Calada, o Veterinário Doutor António, Arlindo da Padaria, senhor Herculano Martins e por ultimo o Henrique da Benvinda. E todos estes elementos foram considerados glórias do nosso passado futebolístico, no nosso clube assim como em outros pontos do País, por onde eles nesses tempos procuravam dar o seu melhor dentro do retângulos de jogos e trazerem para suas casas unicamente o seu prestígio pela carreira que pretendiam utilizar a seu gosto pessoal e por gostarem imenso da prática de Futebol, porque os seus lucros futebolísticos eram imensamente reduzidos, mas sempre contava o amor às suas camisolas e aos clubes que assumiam com a sua palavra dada.
Neste desafio entre a Associação Desportiva e Saudade, com a União Sport e Saudade, no Campo das Dairas em 15 de Dezembro de 1963, descreveu com o resultado das Velhas Guardas por duas bolas a Zero.
E ao lembrar hoje, estes que foram briosos atletas no nosso clube e outros, que podem ter falhado e que paço a pedir perdão por tal, mas não  posso deixar de recordar estes que foram gloriosos guarda redes em Vale de Cambra, sua terra de origem.
E foram estes;  Joaquim Campos, Manuel Martins, Ana da Serra, Silva de Cavião, Eduardo Petisca, Zé Matos, Espinha Viva, Arcanjo, Herculano, Carlos Cilo, Reinaldo Pinheiro, Gérito do Tio Luis, Armindo Ferreira, António Piedade, Fernando da Zilda, Gravêto, António Correia, Gabriel do Caseiro, Alberto Chicha, Durbalino Gandarinhas, Moisés de Gestoso, Barbosa Baralhas, Tino Serralheiro, Abílio Batista, Mudo da Decide e Zé Vandálho e foram todos estes e mais alguns, que durante tantos anos, contribuíram para esta coletividade, defendendo as balizas dos nossos clubes, e alguns mais que me pode, ter falhado e peço perdão por tal, mas todos estes foram exemplares elementos que deixavam  elevada confiança nas suas balizas a defenderem e a contribuírem eficazmente nos resultados para os clubes que representavam e por tal, hoje são todos merecedores deste meu apontamento.
Quanto aos jogadores: também é de salientar que muitos deles, representaram clubes de nome e referência, deixando muito bem vincado o nome da nossa Terra, porque eles foram e alguns ainda estão presentes e recordam com saudade e honra, por terem contribuído com o seu esforço e brilho, com as cores dos clubes que representaram.
Clubes como: O Casa Pia, Benfica, Porto, Beira-Mar, Sanjoanense, Oliveirense, Cesarense, Boavista, Académico do Porto, Feirense, Rio Ave, Tramagal e outros mais que os nossos briosos atletas palmilhavam e jogavam por amor às camisolas que envergavam…

“ Foram glórias do passado,
Que sempre demonstravam dentro do Campo,
A sua verdadeira classe futebolística,
Muitos deles sem qualquer salário, mas muita coragem;
Por tudo isso que fizeram, hoje são dignos desta minha Homenagem “…

sábado, 28 de outubro de 2017

Injetores sulfato

“ Injetores que sulfatavam para outros “

Atendendo às quantidades de Quintas e Campos, que se espalhavam por todo o Concelho, quando os caseiros não tinham possibilidade de corresponder ao seu todo nesta missão de “ Sulfatar as videiras e todo o tipo de árvores que longas décadas existiam espalhadas, pelos nossos solos.

Então começaram por aparecer em substituição das máquinas manuais de “ marca Hipólito”, feitas na sua maioria na Costa do Valado em Aveiro, que era totalmente em cobre e acompanhadas de umas canas especiais, para após a força do braço do homem, pulverizar as ramadas e outras, com o sulfato, cal e água e nada mais se colocava nos rebentos que a mãe natureza, nos oferecia com qualidade desejável .
Com o passar dos anos, começaram então a aparecer no Mercado, umas novas máquinas com a chamada tecnologia avançada e equipadas com um motor auxiliar que evitava o cansaço ao “ Homem “, nos seus braços, mas que a pureza da máquina antiga e do produto que se oferecia às arvores eram de qualidade excelente, na produção e nos frutos que eram saboreados com um apetite que não mais volta a acontecer.
Todos os senhorios ( patrões ), tinham os seus caseiros para a responsabilidade e em dias certos, colocar o sulfato nas arvores e depois o enxofre, alguns também tinham os chamados jornaleiros diários para todo o tipo de serviço que lhe era incutido e motivo de reclamação, “ ordens dadas eram para se cumprir.
Foram muitos os chamados sulfatadores que nas quadras indicadas pelos tempos, em contrato bocal e quase sempre sem falha, eles ali estavam com a máquina às suas costas uma garrafa de gasolina e prontos, juntos dos caldeiros, que já se encontravam preparados e com as mulheres e por vezes homens, com o canado na sua casa a encher as maquinas para concluírem o projetar do produto, mais nas ramadas do nosso vinho verde tinto Nacional, porque a maioria dos lavradores no chamado e saudoso “ americano”, não leva nada de produto, entrava no lagar ou dorna da forma que as suas videiras o produziam. “ Era uma autentica delicia “…
Que se consumia nas tascas, nas festas e romarias e quando novo e ainda doce, muitas das vezes se comparava, com o vinho do Porto, chegou mesmo em alguns locais públicos a confundir com vários clientes, que adorava e apreciavam o vinho doce.
Lembro os mais competitivos nessas épocas: O senhor Zé da Gaiata, Zé Paralta, Marcelino Fortunato e seu primo António, Nel do Lobo, Quim do Silvano e outros mais que o faziam com muita qualidade.
 “ E aos sulfatadores de outrora, assim como os que temos agora,
Que nunca se sintam cansados, aceitem as novas tecnologias,
Porque no futuro será mais alterado; fico muito feliz por recordar,
Tudo isto que se viveu no Passado “ …

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Casa do Comercial e Professor

A CASA DO COMERCIAL E PROFESSOR “MAÇANZINHA“…

A sua construção de raiz foi no “VALE“, junto do atual Município e as casas, que o senhor Domingos Serralheiro, mandou construir e que ainda hoje se encontram algumas originais.

Falar do passado e deste senhor “ Maçanzinha”, que segundo informações, era um comercial dinâmico, que tentava vender de tudo o que havia de melhor e comparava os seus preços com o grande Porto. E nas suas horas mais vagas circulava por toda a Gândra, conversando e saboreava uns bons petiscos, sempre acompanhado de uns copitos, mas ainda sobrava uns momentos para com os seus dotes de elevada cultura, dava aulas graciosas aos habitantes do Concelho, que necessitavam da sua ajuda, para adquirirem mais conhecidos e se munirem da quarta classe que nesses tempos era muito importante para os filhos das famílias mais carenciadas.
E que sem essa quarta classe, não lhes era permitido o acesso a lugares públicos e mesmo às grandes Empresas da Terra.
Lembrar hoje: estas figuras que muito contribuíram para o nosso crescimento, ensinando e muita cultura, que em tempos idos, foram valorizados a troco de nada e sem proveito próprio das suas vidas. E das suas famílias.
Não tinha filhos do seu casamento, mas dedicou parte da sua vida ao comercio e ao ensino, a muitos alunos do no nosso Concelho, quase graciosamente.
Desde a minha adolescência, sempre ouvia falar desta figura pública, pelo lado do bem e da sua personalidade, como Comerciante bondoso em tudo que se proponha a realizar, fazia-o sempre de peito aberto e com a capacidade de ajudar sempre os outros, adorava petiscar e saborear uns copinhos de vinho e sempre procurava os colegas para o acompanhar, tornando-o por vezes imensamente alegre.

“ Foi um comercial de elevada competência,
Um professor que deixou a sua referência;
Muitos ainda hoje se lembram dele,
Porque era alegre e o seu ensino, muito prefeito e com muita Paciência “.

sábado, 21 de outubro de 2017

Cambra no Passado

“CAMBRA NO PASSADO “
Estas imagens, dizem respeito aos anos cinquenta, com a vista geral da nossa Vila, hoje Cidade, do Fontanário Publico do Côvo-Castelões, com água cristalina, pura e muito usada pelos locais e passantes, que ali paravam propositadamente para encherem vasilhas de vidro e barro, para levarem para suas casas, utilizando-a para todo o tipo de consumo.


Décadas passadas, recordar e apresentar estas imagens desses tempos, é gratificante e principalmente para as novas gerações verificarem como era as suas terras e belezas que constituíam o nosso maravilhoso “ Vale”…


Vista Parcial a partir do Miradouro das Baralhas, que nos foca toda a sua beleza e encanto a partir dos anos cinquenta, com todas as verduras e colheitas, que se amanhavam drasticamente pelos homens e mulheres das épocas e alguns jornaleiros assim como muitos caseiros, que eram contratados de vários pontos do País, para tratarem cuidadosamente destas maravilhosas Quintas e Campos de lavradores abastados. Vemos também nesta imagem a famosa “ Fabrica do Martins & Rebelo “, que foi durante longos anos uma potencia Nacional, no fabrico de queijos, manteigas e seus derivados, assim como a criação de Suínos, em larga escala e muitos deles para abate e sempre com os bois de cobrição de raça turina e de qualidade selecionada.( hoje e por falta de mãos e caráter humano, das pessoas destes tempos modernos, tudo isto, que foco está ao abandono e à disposição de toda a bicharada)…


Outra vista parcial a partir do Outeiro, foca-nos estas verduras bem alinhadas e tratadas, assim como aquelas medas feitas de palha do milho, que iriam alimentar os bois e vacas, que nesses tempos haviam às centenas em terras de Cambra, produzindo imenso leite, crias e os bois sempre prontos para as fainas, lavras e todo o tipo de trabalho, que os seus donos e tratadores ( caseiros), deles necessitavam do carro de madeira ou ferro e seguiam duramente o seu serviço que lhes estava sempre destinado, todo o tipo de serviço, que para tal, eram contratados e que no dia e hora combinada, não falhavam. E quando algum dos seus bois necessitava de um arranjo dos  seus sapatos ( Ferradura ), lá estavam com eles no tronco  do “ Tio Adriano do Ferrador e Filhos ), para lhe serem substituídos esses sapatos, que já tinham sido gastos pelos seu serviços prestados, pelos caminhos, carreiros e estradas do nosso Vale de Cambra.

“ Cambra do Passado, que tua beleza,
Sempre encantou; te consideraram como,
A Suissa Portuguesa, por alguém que Deus,
Já Chamou “.

sábado, 7 de outubro de 2017

A Quitas "do Horácio"



“ A QUITAS DO HORÁCIO “

O seu verdadeiro nome era. Maria Helena de Almeida Martins, filha de Horácio Martins e Tia Arinda Martins, eram muitos filhos e muito conhecidos em Cambra, como os “ MARTINS CARPINTEIROS “.


Longos anos habitaram no antigo Mercado Municipal, assim como era o seu local de Comercio no ramo de Moveis e artesanatos de vários tipos como o foi nas formas para os queijos durante muitos anos e em quantidades.

Mas levar à memória esta menina, que na sempre sua simplicidade, foi considerada uma grande benfeitora, vivendo da sua simples reforma e economias controladas dia após dia, foi contribuindo como seu desejo, para variadíssimas instituições do Concelho da Maia e mesmo do seu Vale de Cambra.

Da Maia, “ Missionários Combonianos do Coração de Jesus”.

Assim como a “ Congregação do Espirito Santo “, a que lhe valeu uma bolsa de Estudo fundada pela participação nas despesas de formação de um Missionário “.

Sua Santidade o Papa João ||, que lhe concedeu com todo o coração penhor de graças e favores uma Bênção Apostólica a “ Maria Helena de Almeida Martins “, ( Ex. Adibus Vatícanis , em 31 de Março de 1987 “.

E aos Missionários Combonianos , mais tarde esta menina, além da formação e muita ajuda, entregou mais cinquenta mil escudos, continuou a sua boa fé e vontade de oferecer e voltou a entregar a um casal de Vale de Cambra, mais cem mil escudos para as duas Missões da Maia.

No seu gesto benévolo na construção do atual Santuário , também entregou cinquenta mil escudos com pedido de anonimato .

Parte do seu viver foi na realidade no “ Velho Mercado Municipal “, com sua família sempre foi solteira, dedicou-se muito aos seus pais e em seus tempos livres adorava com muito carinho as flores e não gostava que alguém lhe tocasse, mas também não as vendia. Então quando se deu a derrocada do seu habitar no Mercado, foram para a rua Fundo da Vila, continuo sempre com o seu dom de ajudar no seu interior; partiu no dia 10 de Março de 1991, chamada pelo Senhor, com oitenta anos de idade.

Na sua homilia, Missionários e Padres, inspirados na palavra do Evangelho

, de São Mateus- 5,1-12- os Bem Aventurados os pobres de espírito, porque deles ´é o Reino dos Céus. Bem Aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem Aventurados os puros do coração, porque eles verão a Deus. Assim o vai acontecer a esta “ Tão Nobre Quitas do Horácio “, pelos seus gestos de louvar e de partilhar com todas estas Instituíções, sempre de coração aberto, para que todos nós hoje, reconhecemos e ficamos crentes nestes seus valores eternos. “ pois que a vida não acaba coma morte, apenas se transforma” e, por vezes, como vemos frequentemente, isto acontece em grande parte do imprevisto.

Por isso, o seu exemplo pode-nos servir de muito.

E para quem tiver, possibilidades que sigam esta “ SIMPLICIDADE E A NOBREZA DESTA QUITAS DO TIO HORACIO “…

“ Sempre foi muito reservada a si própria,
Com todo o coração, com toda a inteligência,
Largos anos amealhou, com a intenção,
De sempre praticar o bem; que o nosso DEUS,
A mantenha na luz da sua divina presença e lhe dê,
O descanso eterno, porque dele ela é justa merecedora Também “ …

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Raça Turina



“BOIS DE COBRIÇÃO DA RAÇA TURINA “

Vale de Cambra, atendendo à enorme quantidade de vacas leiteiras desta raça, que se espalhavam principalmente pelas Freguesias de Castelões, Macieira de Cambra, Vila-Chã e Codal.

Tinham nesse passado, além das Fabricas de Laticínios Martins & Rebelo e Lacto Lusa, que estavam preparados com exemplares bois de cobrição com vários tamanhos e idade, para a cobertura de todo o tipo de vaca que produzia o belo leite para as mesmas, que era entregue em latões de várias medidas e transportados à cabeça até ás fabricas pelas “ chamadas leiteiras “, em quantidades muito elevadas, para mais tarde as mesmas fabricas, mandarem fazer a prepósito uns postos preparados e em locais pelas firmas indicados, para a recolha de todo o leite que se produzia pelos lugares do Concelho, dando motivo após o final da recolha e da sua devida inspeção sanitária, os carros Martins & Rebelo e Lacto Lusa, o apanhavam e depositavam nas ditas firmas em bilhas que tinham sido feitas na Firma Almeida & Freitas, para tal efeito.


Além destas duas Firmas, com os ditos bois de cobrição, existiam também vários particulares, que mantiveram longos anos esses belos bois Turinos e os seus troncos apropriados, para receber condignamente as vacas para serem cobertas, num salto ou mais pelo preço de dez escudos cada nesses tempos.

Na Regadas ( hoje é o sétimo bar) ), tivemos com o primeiro a mandar construir um tronco para receber as vacas, foi o senhor Delfim das Regadas, mais tarde o senhor Augusto Cabril, com bois certificados e autorizados pela então Pecuária do Distrito de Aveiro.

E sempre que as vacas tinham necessidade dos bois, lá estavam os seus donos a mandar, os criados ou criadas, com as mesmas ao Pinheiro Manso, Lacto-Lusa, ou então às Regadas, que o tronco que mais se movimentava na área, para longos após aparecer também o senhor António, que era empregado na Cooperativa do Caima e morava na Quinta das Carvalhas, propriedade do senhor Manuel Cubal, onde também ali, fez a montagem daquele que foi o último em terras de Cambra.

Vale de Cambra, no passado era muito fértil em gado de raça turina, mas muito mais nas vacas leiteiras de qualidades excelentes para esse produto, motivado pelas nossas potentes Empresas de Laticínios que existia no local..


E assim o era no passado. Hoje na sua maioria não é necessário os bois e sua natureza, porque começou por aparecer aos locais os chamados “ Inseminadores artificiais, que introduziam as raças preferidas pelos donos das vacas e conforme o seu tamanho lhe eram atribuídos os espermas.

sábado, 30 de setembro de 2017

Carros de Bois



OS CARROS DE BOIS

Estes da foto, assim como outros que usavam taipais feito em madeira, para o seu uso necessário no seu dia a dia no Concelho.

Estes carros, assim como os bois e vacas, quase se encontram extintos de todos os serviços que eles, executavam antes do aparecimento do tratores e que diariamente o faziam para qualquer lado ou sítio. Estes veículos, estavam sempre estacionados muito junto dos seus intervenientes, “ bois e vacas”, assim como sempre prontos a serem ensogados e movimentados pelos seus donos ou caseiros, sem horários e a enfrentar todo o tipo de tempo “ sol ou chuva”, e muitas das vezes os seus donos carregavam umas faixas de canas de milho secas, para a alimentação dos animais, isto quando as suas viagens eram mais demoradas, longas nos transportes das madeiras extraídas dos matos para as camionetas que em locais apropriados e combinados, recebiam as mesmas para as nossas serrações da época.


Estes carros os bois e as vacas, além das madeiras faziam de todo o tipo de serviço, aos seus donos, nos campos deixavam uma lavoura condigna invejada, pelos entendidos e muito mais pelos seus senhorios, que aguardavam a sua colheita para receberem a maquia combinada entre eles e os caseiros. E estes mesmos carros, também no passado, foram imensamente úteis para o transporte de doentes, que se localizavam em lugares mais distantes da sede do Concelho e vinho neles para o médico que nessa época eram muito poucos a prestarem assistência à saúde.

Mas também estes mesmos carros, foram utilizados e eficazes com o seu cabeçalho, para a quadra da matança dos porcos ( suínos), no abate final.

Hoje, são muito poucos estes carros, e dos poucos existentes ao serviço da comunidade, alguns se encontram nos jardins e ao serviço de mesas para refeições e em vários locais escolhidos pelos seus proprietários para o efeito e mais para lembrar esse que foi o “ Passado “.

Quanto aos bois e vacas, que faziam estes carreamentos também sofreram as mesmas consequências, do modernismo atualizado, que diga-se é mais rápido que a força humana, mas nada é igual ao passado, que se vivia embora com mais esforço físico humano e animal, mas tudo era muito mais saboroso, mais alimentício e muito mais saudável.

“ Carros bois e vacas que tudo transportavam,
Dos Campos e Matos, não olhavam as locais ou caminhos;
Como foram e estão quase extintos,
Abandonados e esquecidos, nos cantos Sozinhos “

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Os bois de cobrição


Os Bois de Cobrição …

Foram coisas do passado que a mãe natureza nos deixou, ao movimento da liberdade em campos e matos, tudo se movimentava pela ação “ geotropismo “, de todo o ser vivo.

Falar e recordar estes bois que foram de cobrição, sem local próprio e mais tarde com troncos apropriados para tal efeito a aguardar a chegada das vacas, para serem cobridas uma ou mais vezes para a possível gestação de um macho ou fêmea.



Tivemos muitos destes “ Troncos espalhados por toda a parte do nosso Concelho, e de várias raças”.

Mas no que diz respeito a este meu apontamento memorável do saudoso e bom amigo o senhor Manuel Batista, do lugar de Gestoso-Castelões, que sempre foi vaidoso em todo o seu funcionamento neste serviço de bois e vacas da raça Arouquesa, que sempre teve o cuidado da escolha das melhores e cuidadosamente os preparava com o carinho e charme igualado à sua maneira de o ser e o conhecimento desta raça Arouquesa.

Os seus bois e suas vacas, entravam em qualquer concurso sempre prontas a ganhar. O seu esmerado trato na alimentação e no preparo dos seus chifres ( cornos), assim como todo o seu pelo da pele eram passados a escova e com uma tesoura própria e com uma navalha devidamente afiada preparava os cornos desses mesmos animais que leva aos concursos deixando-os mais encantadores, em todos os locais que para tal, este senhor “ Batista”, se deslocava com a sua família, que não os abandonava, estavam sempre presentes com os animais. E este senhor, que sempre foi figura muito conceituada em Vale de Cambra e outros Concelhos circunvizinhos, dado à sua simpatia e vaidade que sempre teve com o seu nome e o seu vestuário e os anéis de ouro puro e vistosos que tanto gostava de apresentar em público.

Era pessoa, muito vaidosa no seu todo, mas deixou muito patente o seu bom nome, como criador e mentor deste tipo de gado que tanto adorava e sentiu sempre em si, todo esse “ Charme “, no gado e na sua maneira de o ser. Ao memora-lo hoje, é um gesto de muita gratidão, pela amizade que sempre nos foi fraterna e pela sempre sua dedicação para com os forasteiros, que vindos de vários pontos do País, à Nossa Senhora da Saúde ele, estava sempre pronto a corresponder simpaticamente com a sua ajuda em tudo que fosse necessário.

A sua habitação, foi longos anos em Gestoso- Junto do Arraial da nossa senhora da Saúde da Serra, e quando nas quadras festivas ele, dava guarida a imensos forasteiros, nos seus acolhimentos, era mesmo um ser humano formado de elevados conhecimentos e dos quais eram dedicados com muita amizade e simpatia

“ Todos nós o conhecíamos como Batista de Gestoso,

Assim era o seu trato; homem muito comunicativo,

E sempre se apresentava em publico com bonitos Fatos”.



Ao lembrar este homem do passado,

É para mim uma grande virtude;

Porque sempre fomos bons amigos,

E é uma homenagem muito digna,



Para ti, Batista da Senhora da Saúde “ …

sábado, 23 de setembro de 2017

ANO 1921


ANO 1921

LUIS BERNARDO DE ALMEIDA, natural do lugar de Paredes, Freguesia de Macieira de Cambra, ( hoje comentado por comendador), e segundo elementos existentes do passado, que informavam que ele, mandou abrir neste local, uma rua no então lugar da Gândra, com a sua bondade e desejo da sua intenção, para de seguida, mandar construir este enorme prédio, destinado a habitação e cujo os seus fundos se destinaram a um autentico “ Centro Comercial desses tempos”, que ali, operavam quase de tudo, como Restauração, produtos agrícolas, tabacos, fotógrafos, talhos e muitas coisas mais, que muito contribuíram para o crescimento do nosso Concelho.



Consta-se também, que além destas ruas, estradas, pontes, casas, pensões, que por si, foram mandadas construir também o ordenou para os nossos Paços do Concelho, como seu tributo, prestado a toda a população da sua TERRA …

Além deste prédio em causa, de forma “ L “,com o seu frontal que se avista pelas árvores e com dose janelas, também se verifica, que do mesmo formato, tipo “ L “, a antiga e atual Pensão Residencial Bastos”, que também foi obra da sua vontade, porque vindo dos Estados Unidos da América, depois de longos anos nesses solos a trabalhar, alcançou um enorme património e chegado à sua terra o movimentou e quando adolescente, sempre ouvia dizer que ele, tinha emprestado um montante de dinheiro ao nosso Estado, para a construção da Estrada Nacional, nº. 227 com a ligação de Vale de Cambra a S. Pedro do Sul.

Segundo comentários por mim, ouvidos das palavras dos mais idosos que após os meus onze anos de idade, que comecei por percorrer toda a “ Gândra”, ( hoje a Cidade de Vale de Cambra), comentavam que este senhor Luis Bernardo de Almeida, além da sua riqueza adquirida em solos Estrangeiros, também se juntava a ele e às suas esposas a bondade, a ajuda e a determinação por eles prestada aos povos mais necessitados de nosso Concelho, moraram longos anos, na Quinta do Progresso, até ao seu finamento, com todo o requinto mandado construir por eles (hoje é a Estalagem Progresso).

ANOS OITENTA: esta foi até hoje, a ultima alteração naquela, que ainda hoje se intitula como a “ Feirados Ovos “, que no passado serviu muitos e variadíssimos eventos, ligados ao bem estar do nosso Concelho, “ Como o foi além da Feira de Aves e ovos, a venda de porcos alentejanos, que vindos dos lados de Loureiro, eram comercializados a publico a peso bruto, com destino para abate e governo anual, das casas mais férteis da nossa terra, e os circos, que longos anos, ali trabalhavam mostrando o seu saber e querer, para o seu ganha pão no seu dia a dia. Assim como o aconteceu com o saudoso senhor “ Valente das panelinhas”, que estacionou com a sua barraca e sua família, aqui bastante tempo…


“ Homem muito rico, mas com a humildade,

De rica pessoa; não contava o seu dinheiro,

Mas distribuía muita malga de caldo e Broa “


“ Mas como tudo o tempo leva,

Todas estas coisas do passado;

Lentamente as vou recordando,

Como se trata-se de um lindo Fado”…

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

“Futebol sempre foi entusiasmo e Paixão”

Nem só os oficializados, têm direitos na comunicação social ou televisão.


Acontece muitas vezes e que já foi no passado, que estas equipas, assim como outras e de Freguesia a Freguesia e de lugar em lugar, se organizavam e sem escolha de recinto para a prática do futebol, lá estavam eles, a contribuir com todo o seu entusiasmo e muita valentia, a mostrar ao público o seu saber e as suas qualidades para o presente e muitos seguiram o seu futuro.

Tivemos em Cambra, várias organizações futebolísticas que se espalhavam pelo seu todo, em que algumas dessas apresento as fotos e outras também seguiram essa paixão. Lembro as equipes do lugar de Algeriz, Arbar, Inter-Caima, Burgães e tantas mais que se mostravam nos Campos de Futebol, sempre de elevado entusiasmo e paixão, sem vencimentos e muitas delas sem organização direta mesmo assim mostravam sempre o seu melhor dentro do retângulo de jogos e fora dos mesmos sempre estavam unidos, para qualquer situação que se depara-se e se por ventura fosse necessário angariar donativos, lá estavam eles a baterem de porta em porta a pediram ajuda, para os seus equipamentos e seus a fins.

O entusiasmo, sempre foi crescendo de clube para clube, sem rivalidades, tentando sempre um e outro fazerem o seu melhor, alguns acabaram mesmo por abrir uns bares, à disposição dos seus atletas e público em geral e fazendo deles e na sua maioria sócios dos mesmos clubes.


Foram na verdade, momentos vividos, a partir dos anos setenta e que deixaram imensas memórias entre todos os apaixonantes pela modalidade e publico em geral.

“ Futebol cria emoções, é saudável!"

sábado, 16 de setembro de 2017

CENTRO DE VALE DE CAMBRA

Vila nos anos de vinte e seis, mas algumas destas fotos, refere-se aos anos de 1940, mesmo no Centro da atual Cidade com os paços do Concelho, ao fundo a Capelinha de Santo António o nosso “ Padroeiro”, várias ruas das quais hoje são a Avenida Infante D. Henrique, Engenheiro Duarte Pacheco e Avenida Camilo Tavares de Matos, assim com outras artérias transversais, que se juntam. E outras se remontam aos anos de oitenta.

NOS ANOS 1940: Se movimentavam estes Cafés Avenida, Moderno e Arcádia.


Moderno, que já nesses tempos, prismava altamente pela sua qualidade em várias diversões de jogos competitivos, que se prolongavam pelo noite dentro e na imensa distração nestes bilhares às três tabelas que chegavam a concursos diários com intervenientes vindos de outras localidades vizinhas, na disputa de indicar qual dos melhores, porque existiam em Vale de Cambra, além de apreciadores muito bons executantes com os tacos a tocar nas brancas e vermelha.



O Arcádia, além das meses e esmerados clientes, se jogava bastante o dominó e as cartas, mas tinha mais fama e muita clientela, motivado pelo seu Ringue de Patinagem, que em muitos dos casos foi palco de concurso de dança e pares qualificados, que deliravam o público presente.

O Avenida, na altura o mais movimentado da Vila, pelo atendimento simpático dos seus donos, pais e filhos, assim como um leque de empregados de categoria elevada e sempre prontos para o arranjar de uns aperitivos, rápidos e muito bem confeccionados, que acompanhavam aquele maravilhoso e famoso, “ Vinho de Conlela, branco, que o senhor Leonel, sempre fazia questão de escolher o melhor”. E o colocar nas garrafas de litro e de rolha com tarraxa, que encantava, mesmo aquele não apreciador de vinho.

ANOS 1980: Construção do Jardim Público, com várias componentes para “ Gansos e Patos de várias raças e qualidades e mão deixando de apresentar uma melhor visualidade e assim como aqui se continuou a comercializar as Feiras, 9 e 23 de cada mês,.


“ E falar hoje do passado, é motivo de imensa alegria;
Aqui as feiras do Concelho, deixaram de serem feitas,
E passou de mês a mês a serem feitas a das Velharia “ …

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O GATO VOADOR

Que foi criado e domado, pelo saudoso senhor Álvaro do Café, que foi um digno empregado durante longos anos no mesmo no Mercado Municipal.
 


Como expectante ao acontecido é o senhor Camilo do Claudino, que além de cliente assíduo ao estabelecimento entre ambos existia uma grande amizade. Esta gato deixou memórias já em livros, como o “ Equilibrista “,por tudo o que ele, fazia a mando do seu dono-domador. Sempre que o senhor Álvaro se deslocava para a Adega, apanhar vinho para o Café, este animal dócil o acompanhava, a Adega era nesses tempos nos fundos da casa do senhor Almeida Pranta (hoje os C.T.T.). Como equilibrista deve-se ao seu dono, que o obrigava a ir apanhar a comida na sua própria mão e depois de a saborear, ficava hospedado no frigorífico e atento a todo o movimento do café e do seu tratador, que quando em horas vagas o chamava e este gato inteligente, se lançava de imediato para o seu arregaçar, mostrando ao seu domável tratador, que gostava imenso dele e assim o testemunhou por vários anos.

Este saudoso senhor Álvaro do Café, hoje é muito digno deste meu memorando, pela sua sempre pronta amizade e o seu saber para com todos os clientes, mas muito mais para com todos nós que diariamente estávamos com ele, na cozinha, nos reservados na esplanada e mesmo muitas vezes na Cave.


Após casado, pensou em se tornar proprietário e patrão, o que aconteceu, montando o seu primeiro Café no prédio da Pensão Cambrense, com “ Café Cambrense “,e na sua maioria todos nós seguimos com ele e começamos por serem contínuos clientes diários, dando prova da nossa amizade para com ele, de aquando ele era um fiel empregado do senhor Leonel do Café, no velho Mercado Municipal.


Ainda hoje sinto saudades daquelas malgas de salada de atum, cebola, azeitonas,rodelas de tomate e azeite que ele, tão bem as preparava e colocava, na nossa frente e encima daquelas mesas se vidro e palha, que se estacionavam debaixo das arvores junto das casas do senhor Manuel Cubal e senhor Manuel dos Panos. Todos comíamos da mesma malga e cada um com o seu garfo, acompanhado daquele maravilhoso vinho vindo dos lados de Conlela, CasalVelide, Quitas e outras localidades, que nas garrafas de litro e de rolha de tarraxa, eram largamente comercializada no Café Avenida. E depois de consumida este amizade fraterna entre todos nós, no final se colocava todas as moedas que tínhamos nos bolsos e assim se procedia ao pagamento final.

“ Memorar este senhor Álvaro, assim como o gato,
Do velho Café Avenida; são momentos inesquecíveis,
Que todos nós nesses tempos ,cruzamos em nossa VIDA “ !!!