sábado, 31 de dezembro de 2016

Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão


A RUA DR. DOMINGOS A. BRANDÃO

Memorar a rua Doutor Domingos de Almeida Brandão, descrevê-la como o era nesse passado. “ O TALHO DO TOMAZ GOMES “, nos anos vinte no prédio da Casa de Areias e que a sua renda era paga à dona Marianinha por cento e cinquenta escudos mensais.



E foi aqui além do Matadouro, que aprendi a arte que pelo “ Catedrático meu pai “, me foi incutida após o meu concluir da quarta classe, no ano de 1951 e que exigentemente até à minha ida para o serviço Militar no ano de 1960, tantas vezes me era dito: “ não estou a pedir mas sim a mandar “.

Depois de ter cumprido o meu dever como militar, nas Caldas da Rainha e na província do Ultramar “ Angola” casei e em Janeiro de 1964, por acordo mútua com o meu pai e com a promessa de quinhentos escudos mensais, para ele, tomei conta deste que era o seu Talho.

E que arduamente e juntamente com a minha esposa, meus irmãos, Tomaz, Maria, Lucília e a empregada Maria do Pintalhão, movimentava-mos no Matadouro todo o gado que eu, já necessitava para o consumo do Talho.



E juntamente com o meu irmão Tomaz e o experiente jovem António Monteiro, que passados alguns meses me disse que não gostava do serviço em causa, foi continuando e ao mesmo tempo alterando o seu visual, com um aspeto mais moderno, para corresponder ao seu momento e fazer face ao futuro que se adivinhava pela frente.

Chegou aos anos setenta e pensei na mudança para um espaço mais amplo e com todas as condições para satisfação da elevada clientela que já tínhamos e então fixei-me no prédio do “ Tio da minha esposa, o Joaquim do Ferrador, na Avenida Camilo Tavares de Matos, numa renda mensal de “ mil escudos”, mandei montar ali, a Camara Frigorífica maior do Concelho, para condicionar higienicamente todo o gado que abatia.



Dando-lhe o símbolo de “ TALHO MODERNO “, permanecendo aqui durante trinta e nove anos, com o Talho, Mini-Mercado, que deu origem no ano de 1978, à segunda paixão da minha vida que foi as garrafas e que fiz a montagem da “ Garrafeira Vinivale “, na rua Gabriel Pinho da Cruz (filho), como a “ PIONEIRA “.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Café Avenida


O CAFÉ AVENIDA

O seu fundador, ANTÓNIO DE ALMEIDA “Pranta”,passados anos, ficou seu filho Delmiro Henriques d'Almeida. Administrando com elevados conhecimentos adquiridos ao nível da poderosa Industria de Latas e Madeiras que foi o “ALMEIDA & FREITAS Lda. que nessa época era conceituada a nível Nacional como uma das mais completas e de enorme eficácia do País.

Ordenava o seu movimento,com primoroso serviço e elementos com elevados conhecimentos no ramo,como o eram: A dona Luciana e o Senhor João Gomes. Tendo no ano de mil novecentos e quarenta e cinco o Senhor Leonel Henriques de Almeida,na companhia de mais dois sócios,Alberto Henriques (Padaria) e Benjamim Freitas. Seguiram hábitos e costumes, pois continuaram a usar os fundos da casa do senhor “Almeida Pranta”, para a recolha e armazenamento dos vinhos vindos de vários pontos do Concelho, assim como o famoso branco de Conlela, (hoje essa adega é os CTT).

Estes vinhos vindos dessas terras de Conlela, Bispeira, Quintas e Casal Velide: Eram na maioria dos casos transportados pelas furgonetas dos senhores: Saúl Lima,Carlos da Irene e Agostinho Leite Martins de Lordelo.

Para quem antes de mim, se serviu deste maravilhoso espaço e serviço especializado em todo o seu sector, incluíndo a “maceira bilhar”,ás três tabelas,as mesas em palha e os tampos em vidro redondo,que nos proporcionava umas bebidas em garrafa de litro e com rolha de tarracha de cor verde ou castanha,daquele celebre e saudoso vinho de “conlela”, que também algumas vezes nos levava a saboreá-lo na cave depois de termos descido a escadinha feita em “caracól”.


Resumindo se hoje: conseguirem com a ajuda de seus óculos ou ouvir através desta leitura pelos vossos filhos ou netos, ou bisnetos,ficam deveras surpreendidos a recordar este passado de tantos anos que neste estabelecimento que sempre nos ofereceu belíssimas condições de trato de simpatia de suas filhas e filho Orlando,que acompanharam sempre com variadíssimos empregados qualificados que ainda hoje são memoráveis.


E hoje, ao falar deste que foi meu e vosso café, nos momentos mais belos de nossa mocidade. Cumpre-me focar alguns aspectos mais vividos,após o fecho do meu talho e que o fiz muitas vezes,deixava ao Orlando, pai ou empregado Álvaro, uma porção de bifes,costeletas,rins ou figado de vitela,dessas épocas que nos delirava com o seu sabor e o esmerado arranjo,por qualquer um destes artistas, que já sabiam que era sempre às sextas-feiras após o fecho do café. E em muitas dessas vezes,apareciam alguns amigos que se faziam convidados,no reservado ou na esplanada,que por vezes se prolongava noite dentro com o decorrer do ambiente ali criado.

De todos os empregados do café Avenida,que eu, tive o prazer de conviver: Tenho que salientar este saudoso e sempre amigo, “Álvaro do café”, que era para nós assim o seu trato, elemento de elevada simpatia,dedicação,amigo do seu amigo, honestidade, trabalhador, competência invejável e em momentos de confusão,sempre nos dedicava aquele seu sorriso simpático, brincalhão mesmo com este gatinho que alimentava como muito observador e equilibrista,pois ele adorava imenso este gatinho,que no seu todo era mesmo muito especial,a sua personalidade ligada ao serviço esmerado e com toque de profundas credenciais que a entidade patronal lhe confiava ao longo de muitas décadas. “Lembra-lo hoje é o trazer à nossa memória o passado,testemunhando os momentos bons e maus, mas no fundo é saudável transmitir principalmente a todos aqueles que não tiveram a ocasião e o prazer de o conhecer,assim como ao melhor café que Cambra tinha nesses tempos.O seu movimento era mesmo forte em tudo que o cliente tivesse vontade de saborear e mesmo em sessões de negócios e após o almoço as mesas se tornavam poucas, para fazer face aos enormes jogos de dominó,que após o tomar do seu cafezinho acompanhado do seu cheirinho de bagaço caseiro,se reunião várias mesas com os seus elementos já escolhidos ao seu belo prazer e de jogadas já por eles delineadas, que quando não corriam ao seu modo e a assistência comentava as jogadas malfeitas os elementos que estavam a jogar discutiam largamente que levava muitas das vezes a pedir calma aos praticantes para que não partissem as mesas que eram de vidro.

Descrever estas verdades,acontecimentos do passado é para mim salutar: mas nunca com a intenção de ferir quem quer que seja, mas sim o desejo de homenagear,os que partiram e os que estão connosco, familiares que sabem que tudo que eles fizeram na terra foi somente para o bem deles e de seus familiares.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Sapateiros Tamanqueiros e Engraxadores

SAPATEIROS TAMANQUEIROS
E  ENGRAXADORES …

Longos vão os anos, que em oficinas de sapateiros, tamanqueiros e nas esquinas dos cafés e mesmo à saída das missas, engraxadores com sua caixas de madeira feitas a propósito para tal efeito, com tinta anelina de duas cores assim como a pomada, escovas para a cor de cada sapato e o pano para o brilho dos mesmos, que em mãos haveis os faziam cantar ao sabor de musicas românticas das épocas.
Sapateiros: eram muitos na nossa terra, que prismavam a cortar as peles e as solas ao gosto do cliente, feitio, que recebia as suas formas de madeira, após ter sido gaspeado, pregado e cosido todo à mão, com fio feito a prepósito depois de ter passado varias vezes pela sua perna, direita ou esquerda do artista e no final lhe passar a cera especial, para ser devidamente cosido com a sovela e apertado com elevada força pelos braços do ser humano até que as suas mãos, deixassem marcas e calos por longos anos a fazer esse serviço a coser as solas.


Tamanqueiros: não eram muitos, mas existiam alguns e muito bons, que pregavam nos paus de varias qualidades, socos e chancas e na sua sola pregavam taxas ou pneu de avião para não escorregar e também para que os paus tivessem mais tempo de duração.
Engraxadores: também tivemos muitos, com tinta e pomada outros sem tinta e sem pomada, que pelos dez tostões em cada par de sapato ou bota, de esquina em esquina ou de café em café, vibravam para ver qual deles era o melhor. (hoje somente temos um ), que continua no Café Arcádia, quanto aos sapateiros e tamanqueiros, são minoria, os que mantem a tradição e que hoje ninguém compreende. É um lista tão infindável como o mundo que não termina já.
Esse é o nosso prenúncio de felicidade. “ Porque depois do dobrar, os setenta, cada dia é um pedido de empréstimo ao destino e pergunto-me o que restará depois de tudo desaparecer “.
Histórias que passam e outras que ficam em memória.
Memória coletiva e que mesmo assim, valem sempre a pena lembrar.
Foram e são essas histórias que guardei assim como alguns retratos, do século passado, acompanhados pela minha vivência e o ensinamento que colhi ao longo destas épocas, pelo meu pai  e amigos que ele e eu, sempre os consideramos...
E hoje tentarei se o nosso Deus, me permitir deixar aos meus como Memória.
2016

Arlindo Gomes

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Rio Caima e as suas cheias

RIO CAIMA E SUAS CHEIAS

Rio que nestas épocas toda a sua água era límpida e que foram muitas as vezes que a mesma se usava para nos matar a sede, em momentos quando tomávamos banho, ou na apanha dos peixes que se escondiam debaixo das pedras e que as mesmas nós os avistavamos  com claridade e que mergulhávamos sempre com a intenção de os apanhar, mas tornava-se sempre mais fácil, então optávamos em  fazê-lo com a estaca dos feijões, um fio de norte e o anzol e assim se apanhavam belas vogas, barbos e trutas deste feiticeiro RIO CAIMA.


Depois com o aproximar das suas desovas, começávamos por construir as “ chamadas cascalheiras”, feitas em pedras com uma abertura ao cimo e outro no fundo que recebia um saco de serapilheira, com a boca aberta e um pouco de estaca na sua abertura, para receber a entrada em quantidades, depois de termos chicoteado com um vime aquele cardume que se preparava para a suas desovas.
“ Eram somente vogas “, que preparadas pelos nossos pais e fritas em molho de banha de grandes porcos caseiros eram uma autêntica delicia .
E as águas deste maravilhoso rio, que sempre foram imensas assim como os seus caudais largos, mas que foram muitas vezes como o prova a foto, até à levada da Ilha da Casa de Areias, galgando tudo o que lhe aparecia pela frente, medas de palha, cabaças porqueiras e atulhava totalmente os moinhos de Coronados que eram Administrados pelo senhor José Moleiro e toda a sua família.
Deixavam os caseiros, da dona Marianinha e outros sem a palha e as cabaças que estavam destinadas para os seus gados.
PONTE DE CORONADOS
Que deixavas passar por baixo as águas limpas, dando acesso ao movimento destes lindos barcos de recreio, do senhor Zuca Martins, Bernardo da Tia Aurora e Bernardo do Inocêncio, ( este construía-os pelas suas próprias mãos, era um conceituado carpinteiro da Firma Martins & Rebelo, foi longos anos.
E por tudo isto que de ti rio, descrevo hoje te vou dedicar estas minhas quadras agradecendo-te …
                              Rio Caima, que nasceste na Mizarela;
                              Deslizas aos trambolhões por Cambra abaixo,
                              E eu, em minha juventude todos os dias,
                              Te avistava da minha janela.
                    
                              Tuas águas corredias e límpidas,
                              Se cruzavam com outras perdidas,
                              Pelos vales e caminhos;
                              Depois de todas juntas faziam mover muitos Moinhos.

                              E isto são coisas do passado,
                              Que as recordo de elevado encanto;
                              Também para lembrar às novas gerações,
                              Como tu, água nos dedicavas no BANCO.

                              Banco que a mãe natureza nos ofereceu,
                              De gerações a gerações, tuas águas os lavaram;
                              E é de lembrar hoje a todos como eu,
                              Que neste banco se Sentaram.

                              Banco do Rio Caima, que te situas,
                              Em Entre-Pontes e hoje estás muito sozinho;
                              Entraste em decadência com toda a tua clientela,
                              Assim também o aconteceu com o Alambique do Pinho.

                              E após tantas décadas que se passaram,
                              Sem que alguém de ti fala-se BANCO,
                              Mas eu. Enquanto vivo o farei;
                             Porque existe comigo e em minha memória,

                             A vida de alguém que nestas águas SALVEI …

sábado, 10 de dezembro de 2016

Matadouro Municipal - a minha universidade

MATADOURO  MUNICIPAL

Já antes da minha inscrição de matricula  neste Estabelecimento de ensino, transportava de vários lados, mas muito mais do meu habitar em Areias,  Vitelas, Carneiros e Cabritos, com os meus irmãos mais velhos, até este local para o seu abate.
Então após o meu exame da 4ª classe, meu pai indicou-me este caminho, semanal e em dia de matança, para junto com os meus irmãos, concluir os estudos na Universidade, dos quais ele, eram o principal catedrático. CAMBRA, consumia legalmente nos talhos, mais vitelas, muito poucos CARNEIROS e menos Cabritos, mas como a procura destas deliciosas carnes, de vitela e cuja na sua maioria eram compradas e abatidas pelos Talhantes, do Concelho, que nesta época eram dezasseis e que mais para tarde apareceram mais alguns principiantes neste ramo, nos diversos lugares de: Vila-Chã, Fuste, Rogê, Vilarinho, Lombela, Martír, Macinhata, Dairas, Granja, Relva e Campo de Arca.


E todo aquele talhante, que não sabia amanhar o seu gado, “entregava-o à Tia Quitas de Ramilos e sua nora Carminda”, que por apenas o fato (intestino), mais vinte e cinco tostões em cada cabeça, o seu serviço era perfeito e pronto a entrar nos cestos da vindima, ou dentro de sacas para a Camioneta da CP, até Arões. Junqueira e Cepelos.
            Todas as vitelas : eram de tamanho muito reduzido e com o máximo de dois meses de idade e sempre alimentadas pelo leite materno de suas mães, na sua maioria eram de raça Arouquesa e as restantes turinas e cruzadas estas eram mais corpulentas e se abatia apenas com quinze dias de nascença mas chegavam facilmente aos trinta e quarenta quilos de carcaça.
Quanto às Arouquesas na sua média não atingiam os trinta quilos, mas existiam muitas na Freguesia de Junqueira , mas não em todos os lugares, que  os seus donos mais vaidosos e as pastagens a ajudarem escolhia melhor gado e produziam vitelas com mais de dois meses e com carcaças superior aos quarenta quilos, mas estes lavradores não gostavam de as vender a olho vivo, preferiam virem ao Matadouro e ao peso da balança Romana, assim como dos seus fiscais que sempre estavam atentos a verificarem a sua pesagem, que depois do desconto do seu enxugo, era pago na hora ao seu dono.
O restante gado para abate no dia seguinte, eram recolhidas no curral ao lado do Matadouro, mas como o abate lentamente foi crescendo o volume também se fez sentir e foram muitas as vezes, que chegamos para o abate e as vitelas andavam todas à solta, pelos matos (atual Adega e Escola Tecnológica), então todos os talhantes e fornecedores de gado, munidos de paus e as pancas que nos eram uteis para pendurar as carcaças, lá íamos ao seu encontro e por vezes sem resultado desejado, porque  algumas apareciam mais tarde outras não voltaram mais aos seus donos, outras foram apanhadas desta forma e por vezes com umas pancadas na cabeça, mas quando lhe fazíamos estas pegas de caras ou no rabo, tínhamos de imediato a ajuda de outro colega. Décadas passadas, vitelas como estas que hoje foco são minoria por todo o nosso Concelho, e nos Matadouros atuais, só é permitido o abate com o peso ou superior aos sessenta quilos de carcaça.


E assim sendo estas carcaças na sua maioria não são alimentadas com o leite materno das suas mães, é muito usado o leite em pó acompanhado de farinhas diversas e composições Farmacêuticas para as tornarem mais corpulentas e vistosas.
Mas a aquela qualidade do passado, no seu sabor, tenra, que assada no forno a lenha, ou servidas umas costeletas fritas ou panadas, era sem qualquer sombra de dúvida uma autêntica delicia, que a procuravam de toda a parte inclusive a nossa CAPITAL.
Que era o ponto que mais consumia pediam telefonicamente ou por escrito, muitas quantidades que lhes eram enviadas, pelos carros de Transportes “ BASTOS & SILVA, ou pelas camionetas da Firma Martins & Rebelo e ficava no seus Escritórios e os clientes depois a procuravam.
Hoje atrevo-me a dizer: que as vitelas que se abatem legalmente nos Matadouros, já são “ NAMORADEIRAS “ e muitas até já tinham sido mães.

E foi uma UNIVERSIDADE, muito prolongada neste Edifício assim como no Talhos que os abandonei no ano de 2006.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Pensão Bastos, o Cinema e a Escola Primária

PENSÃO  BASTOS, O CINEMA E A  ESCOLA PRIMÁRIA .

Era no Largo da Gândra e Caminho das Regadas (hoje  rua do Hospital)                      
Tudo isto são coisas do passado, que hoje recordo com elevada emoção, porque foram momentos marcantes pela sua simplicidade, assim como pela forma que eramos todos examinados pelos professores, assim como atendidos na bilheteira e no balcão da mercearia e mesmo no da tasca, quando nos serviam as famosas “ Pataniscas de bacalhau, dentro de um pão pela módica importância de quinze tostões, que também podiam ser acompanhadas, pela cerveja, larangina C, ou Buçaco, que simpaticamente nos era servido pelo saudoso senhor Constantino Copa, filhos e filhas, antes da entrada, ao intervalo, ou saída do Cinema.

Pensão de esmerado serviço e excelente gastronomia e que muitas vezes aos Domingos, da parte da tarde nos era oferecido como convite umas balsas ou tangos, ao sabor de um gravador ou gira-discos, na sala de refeições.
A maioria dos dançarinos eram de terras de S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, os de Cambra eram mesmo muito poucos e tinham que serem escolhidos.
 NO CINEMA ; sempre fui em cliente assíduo na plateia e na Fila H 11, às Quintas e sábados de noite e foram tantos os filmes que assisti e os mesmos sempre apresentados pelo técnico senhor Filoménio e seu filho. Este cinema teve o seu final e passou a ser a oficina do senhor Manuel Ferreira Guimarães (Bela e hoje é a Padaria Pastelaria Tulipa).

ESCOLA : foi aqui que no ano de 1951, preparado pelos professores Sebastião, Vélho Vide,  Amadeu da Chisca e João Melo, me trouxeram da Escola dos Dois para a do Largo da Gândra, (hoje rua do Hospital), para fazer o exame da 4ª classe com a classificação de Distinção.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Poste das quatro luzes

Poste das quatro luzes


(anos 30/40)

Que inicialmente era em ferro-forjado lindamente trabalho e com quatro lâmpadas normais.
Que centrava as Estrada Nacional nº. 224 ( hoje Av. Infante D. Henrique com a Av. Combatentes da Grande Guerra ( hoje Av. Camilo Tavares de Matos ), como indica a foto das feiras 9 e 23  e como já existiam nessas épocas carros de aluguer, junto ao Café Avenida e Notário Doutor Landureza , sendo na sua maior frota, do senhor “ Vista Alta “, com as arrastadeiras, foi também colocado pela então Camara, outro poste mas de duas lâmpadas e todo igual, defronte dos comércio do senhor Agostinho Cubal , Joaquim da Benvinda e Café Avenida, que o mesmo no seu tronco recebeu uma caixa feita em folha de flandres, com as cores de verde e preto, cujo os seus dizeres eram de “ TAXIS “, Ferreirinha ( Bispo) e que indicava o seu contacto para o serviço de carro de aluguer.
Tudo se passou nos anos de 50 a 60, porque esta foto do poste representa só os anos 80 e que representa ainda o seu passado, com a Câmara, o seu poste com indicação das localidades  a desejar e este ainda hoje está presente, mas com alterações no seu circulo mais espaçoso e com jardim e aqui conseguimos, verificar a casa da família senhor Neves e nos seus fundos aquela que sempre foi a mais conceituada barbearia de terras de CAMBRA “ A família MARTINS BARBEIRO “, ( hoje na mesma rua ainda trabalha um dos herdeiros, que é o senhor Silvério).

Mas este Poste sempre foi e será indicado como o “ POSTE DAS QUATROS LUZES “