sábado, 29 de abril de 2017

Almeida & Freitas Lda.

“ALMEIDA & FREITAS Lda.”


Firma fundada em 09 de Fevereiro de 1922, pelos sócios António de Almeida (Pranta) e seu genro Américo de Almeida Freitas, que se tornaram rapidamente numa das melhores empresas Nacionais, nos ramos de Latoaria, serração, caixotaria e mais tarde alumínio fundido, com o fabrico de bilhas para o transporte de leite e diversos produtos.



Continuando sempre a acompanhar o evoluir desta famosa firma, criaram um salão a prepósito para banquetes, reuniões, tornando-se mais para tarde num magnifico salão de festas, como bailes, que a sua entrada no final das escadas era de vinte e cinco tostões e quando ocupávamos o mesmo, por vezes ouvíamos o senhor Almeida (Pranta), a dizer ao seu útil autofalante, que o senhor Domingos Bastos (boca aberta), lhe confiava para ele dizer: “ meninos e meninas (prantem os seus casacos nos prantadouros). E quando fez uma viagem ao Brasil, chegou e da mesma forma diz no salão ( fui vim e já cá estou).
Este senhor era uma personalidade sem conhecimentos literários, mas o seu dinamismo apoiado pelo seu genro senhor Freitas, constituíram além desta empresa outras e apoiaram drasticamente a nossa Banda de Música, durante longos anos, tendo mesmo este senhor Almeida sido o seu Presidente e financiador da mesma por muito tempo. Também foi um dos principais fundador desta fabrica de Estatuetas e reparação de Imagens, num dos seus terrenos, que possuía na Feira do gado( hoje uma grande construção, mesmo defronte da Pensão Cambrense).




Hoje, ainda produz latas e seus derivados, movimentada por novas gerações da família “ Freitas”, que vindo Brasil com elevada coragem e conhecimentos, noutras áreas, mas rapidamente se adaptou a esta grande Firma que a nossa terra sempre a classificou com das melhores do Pais nestes Ramos. 

sábado, 22 de abril de 2017

“LACTO LUSA, Lda.”

Enorme industria na área dos Laticínios em Vale de Cambra, que começaram por apresentar ao público os seguintes e famosos produtos, como sendo os queijos “ Pastor, Camponesa e Pastorinho, para mais tarde lançarem além do continuado Pastor, Cambra, Belo Luso e Arestal, assim como a sempre cobiçada e reputada em o todo o País, como o era e ainda hoje o é “Lusa”.


Fundada após negociações, com vários fabricantes artesões da terra, que fabricavam a manteiga caseira, que era imensamente conhecida por todo o país, mas mais na Capital, as suas viagens eram longas e penosas e os lucros nem sempre eram compensadores pelo seus esforços despendidos e muito arriscados e alguns já se encontravam à beira da falência.


Foi decretado pelo atual Ministro da Agricultura a regulamentação da fusão desses pequenos Industriais da Região do nosso Vale de Cambra e que depois de associados e sob a denominação desta grande Empresa que passou a ser LACTO LUSA LDª, que lhe foi conferido o nº16, de abastecimento de leite, para laboração da Fábrica, englobando vários Concelhos do Distrito de Aveiro e Viseu. A sua sede foi na Avenida dos Combatentes da Grande Guerra ( hoje Avenida Camilo Tavares de Matos), depois de ter adquirido uma quinta na zona e mais tarde pela qualidade dos seus gerentes da época, Senhor Francisco da Costa Leite e Américo Tavares da Silva, criaram também uma sede, que lhe atribuíram o nº. 4, que abrangia os Concelhos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima, lançando o famoso queijo que ainda hoje circula com esse símbolo, que é o “ Limianos”.
FALAR NO PASSADO: desta que foi uma das grandes empresas de Laticínios do nosso Distrito, assim como do País, é o testemunho de que já nesses tempos ídos, existiam pessoas dotadas de qualidades Empresariais, mesmo sem conhecimentos literários e muitos somente com a 4ª, classe.

O seu dinamismo acompanhado pelo método de trabalho, não tinham horas determinadas e apareciam pela madrugada, no local de trabalho a verificarem se tudo estava conforme era sempre o seu desejo.
Lembro aqui neste meu testemunho, os saudosos cunhados senhores Américo Silva e Herculano Martins, que foram muitas as vezes, que cruzei com eles na Avenida Camilo Tavares de Matos, a qualquer hora da madrugada, agasalhados a caminho da Fábrica, inteirando-se dos problemas da Empresa e do queijo e da manteiga, dando-lhe aqueles paladares desejados para que o comércio dos mesmos fosse cada vez mais e melhor entre os outros concorrentes, que os enfrentavam, mas sem resultado eficaz, porque estes produtos da Lacto-Lusa, sem foram considerados dos melhores do País.


Esta Firma, tinha uma fabricação muito elevada, nos seus produtos, assim como também produzia e vendia porcos (suínos), numa extensa pocilgas laterias e também tinha ao serviço do fornecedor do leite, sempre dois bois de cobrição, sendo um de raça turina e outro de raça Arouquesa, para fazer face às suas vacas e pagava-se um importância reduzida por cada salto do boi.

Esta potência de Firma foi vendida a um grupo Francês, mudaram para instalações mais modernas e sendo no atual este que foi Laticínios o “ MUNICÍPIO DE VALE DE CAMBRA.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

As Vindimas

“AS VINDIMAS”

No passado sempre foram assim: embora que hoje, ainda se mantem alguns desses costumes, como sejam as escadas, o cabaz e o braço do homem ou da mulher.
Mas carros de bois ou vacas, as dornas de madeira, já são minoria em qualquer dos lugares e povo.



Os carros foram substituídos pelos tractores , as dornas da mesmo modo pelas de aço inoxidável, as uvas deixaram de terem o trato como no passado, que eram em mais quantidade e cresciam nas ramadas devidamente alinhadas e que recebiam após o seu rebentar da folha e cachos o habitual “ sulfato, com cal, numa máquina toda em cobre, cuja a maioria eram de marca “Hipólito, pulverizando toda a vinha e depois o pó de enxofre“, para a sua melhor alimentação e desinfeção das mesmas e que após a sua apanha eram colocadas nestes lagares feitos de pedra, tendo sobreposto a prensa totalmente em madeira de elevada qualidade, para se conservar longos anos, a esmagar estas maravilhosas uvas, que nos proporcionava aquele memorável vinho tinto, que quando colocado nos tonéis, pipos, que depois eram muito comercializados, em Lisboa e Porto e que ainda hoje são comentados, pela sua qualidade e quantidade que a maioria dos proprietários tinham estacionados nas suas adegas ou lojas.
Quando o seu estacionamento, não tinha condições da camioneta ou caminhão ali encostar, eram os pipos transportados até ao local a combinar pelos bois e carro dos caseiros dessas quintas.
E no passado, destas vindimas, uvas e vinho tinto, que deixou nome e prestígio por todo o nosso País.


VINDIMA

Quase sempre feita em finais de Setembro, havia movimento logo pela manhã cedo, dos vindimadores “ caseiros, ou pessoas tratados para tal efeito, pelos donos dos terrenos mais férteis, pagando uma insignificante jorna e com direito a parvas das dez, almoço e jantar. Para após o jantar descalços e com cuecas os calções, entrava para o largar após a passagem de um pouco de água pelos seus pés e só saiam do lagar quando o vinho apresentava em suas pernas aquela cor de vermelhão e da balsa a subir para um fermentação perfeita. Vindima que em muitos dos casos e atendendo às quantidades de ramadas e  seus donos, não faziam a sua apanha condignamente e deixavam sempre para trás uns pequenos cachos de uvas, chamado “ O rabusco, que nós quando crianças subíamos as mesmas ramadas pelos suas videiras e aqui e ali, saboreávamos  consoladamente esses maravilhosos vagos “.

sábado, 15 de abril de 2017

Vale de Cambra e a sua Comunicação Social

“VALE DE CAMBRA E A SUA COMUNICAÇÃO SOCIAL”

Jornais já tivemos quatro informativos (mensais e quinzenais), foram o Jornal de Cambra (hoje o Voz de Cambra, o Jornal de Noticias, o Sentinela de Serra (Junqueira e o Camponês de Arões).

Precisamente hoje, somente temos como informativo e publicações  quinzenais o “ VOZ DE CAMBRA “.
No que diz respeito aos outros é caso para dizer: E TUDO O TEMPO LEVOU “. A malfadada crise, nascida de trepação e ganancias dos mercadores Internacionais do dinheiro, tem frustrado  muitos planos. Afinal, a sociedade e suas políticas cruéis travam o passo a uma juventude que pede, acima, de tudo, trabalho. Este talvez seja a circunstância. Por via dela, estes jornais (que eram mensais e quinzenais), vinculavam temas e assuntos apropriados aos mais velhos, lembrando e envolvendo no mesmo abraço, todos os que se englobam nesta entidade superior que é a Comunicação.
Ao único que ainda nos resta, que continue o seu bom trabalho em prol, da informação que se passa no dia a dia na nossa Região.

E em momentos do passado, com este jornal Sentinela da Serra, e que o seu diretor e editor, sempre foi o saudoso Padre João Bolóto e que era propriedade da Paróquia de Junqueira- Vale de Cambra. Hoje passados mais de meio século se indica que já nesses tempos a alegria e a satisfação das pessoas a comunicar já demonstravam um pouco da sua cultura e dos seus afazeres tanto nos campos, nos matos, nos comércios e nas empresas e de lugar em lugar, procuravam também e bem estar da sua freguesia, contribuindo arduamente para que este jornal mensal tivesse sucesso, como o aconteceu com outras modalidades que os honra pelo seu bairrismo que sempre o tiveram “ como esta banda de Musica, que já é Centenária”, dando-lhes referência por todo o País.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

O útil Alberto Poeta

“O ÚTIL ALBERTO POETA”

Em matéria de postura, das virtudes literárias da escrita e da poesia.
“ Exceção feita, a este saudoso ALBERTO POETA “.
A literatura popular enchia-o, nas férias que ele, sempre teve sem cerimónias e regras, na Esplanada, ou reservado do velho CAFÉ AVENIDA.
 Que após o seu regresso da vida militar, interessou-se arduamente, pelas notícias que incluíam menções de autor de poemas, quadras, com muita leitura e escrita, a quem o acusava de ser neto do poeta de Codal. Porém, nas suas estantes, este poeta, não o era somente de nome, tinha um lugar garantido. Por formação, continuou a tradição de sua família, lendo os poemas, ensinando a escrever, ler e o fazer de contas, a muitos analfabetos do Concelho.
 A sua pobre educação era sentimental, mais credor de desilusões do que dinheiro.
 Era uma alma panada sensível e, por extensão, um machista empedernido que não dá ouvidos ao “ lado mais efetuoso”, continuava nas letras, que era tudo aquilo que mais gostava de fazer.
 Creio, que nunca apresentou em público um escrito ou livro, de sua autoria. Comovia-se facilmente com situações que se lhe deparavam pela frente e usava constantemente o “ Café Avenida”, para preparar os alunos ao exame da 4ª, classe, sem que, para tal, lhes exigisse qualquer importância a pagar.
 Dotado de uma cultura, superdotada, este senhor “ Alberto Poeta”, era filho único, solteirão, sempre bem vestido, roupas e gravatas de marca, sempre de várias cores, cabelo sempre bem penteado puxado para trás e muito brilhante, com os produtos mais cheirosos, dessas épocas, que circulavam nas melhores Farmácias, ou perfumarias locais e muitas das vezes procurava-as no Porto.
 Sua mãe era: a Dona Emília Poeta, natural da Granja- Castelões, sempre viveu com ele os longos anos da sua vida.
Já para o final, trabalhou nos escritórios da Empresa Rimarte,Lda, Industria que estava ligada às latas de Flandres.
Mas nunca esqueceu o seu dom de intelectual, charmoso e apreciador de belas companheiras.
Os seus olhos fitavam o papel, estava farto de insistir, e cansado de não desistir, mas sabe que não o pode fazer. Porque tudo o que era deve-o à escrita, cada ideia, personagem, parágrafo, cada rincão e de cada verso surgem-lhe com partículas de uma sinfonia cujo o seu som lhe enaltece o espirito e lhe dá cor à Alma.
 Quem o conheceu sabe que nunca desistiu, no culminar da sua teimosia poderá revoltar-se debater-se, delinear ou enlouquecer mas nunca, jamais, irá morrer sem tudo para recuperar o seu dom.
 Porque para ele a escrita o ensino, era uma luta contra o fanatismo, a ignorância, e (até mesmo contra o infinito).
“Acreditava na esperança na prosperidade, na verdade.
A humanidade para ele, só restava um aceno final.
A sua voz não se calava à revolução!
E sempre dizia, que importa a morte,
Se o Cemitério tem Flores”.
E numa conversa amena,
Numa noite de Natal;
Não à rosas no Jardim,
Mas à couves no Quintal”.

Para o Poeta, a maior tragédia,
É se o admiram porque não o Entendem”.
Estes curtos poemas eram de sua autoria. Tinha muitos mais mas, mas por falta de espaço, vou deixar para uma próxima.
Também uma das suas tantas histórias.
Um dia pensou em praticar “ BOX”, e mostrou-se muito empenhado, até que um certo dia no velho Mercado Municipal, pensou e preparou-se fisicamente para se bater com o famoso “ Santa Camarão de Ovar”, subiu para o Ringue, sem medo, mas não ganhou, mas pelo menos sentiu o prazer de se ter batido com um famoso do nosso País.
E como sempre nos entendemos muito bem, hoje lhe dedico estas minhas simples quadras.
Juntando aos seus altos conhecimentos,
E sempre com trajo de elevada perfeição;
Certo dia no velho mercado subiu para o Ringue,
E combateu com o famoso Santa Camarão.
E nesta luta não ganhou,
Mas também não desistiu da sua maneira de ser;
Em sua companhia foram tantos os adultos,

Que ele, ensinou para melhorar e seu VIVER. 

sábado, 8 de abril de 2017

Mercado Municipal

“MERCADO MUNICIPAL”

Na entrada do portão nascente, na antiga Avenida dos Combatentes da Grande Guerra (hoje Avenida Camilo Tavares de Matos), na primeira Feira Popular que se realizou neste espetacular Mercado e que foi um autêntico sucesso. E foi sempre este o portão, da entrada para o Mercado, para todos os seus eventos, mas em dias de mercado existia uma pequena guarida feita a propósito, para a capacidade de um funcionário da Camara, quebrar os respetivos bilhetes de acesso, que normalmente eram os seguintes cantoneiros: senhor Crespim e Manuel Raposo de Algeriz e o Tio Chico Cantoneiro.

E aqui vemos, com a ajuda da foto ao nosso lado esquerdo o estabelecimento do Café Avenida e a sua esplanada que para o efeito foi mandada construir e que após a cessão da feira continuou por mais alguns anos, neste mesmo local e a ser muito bem servido pelos seus donos e empregados classificados como foi este saudoso Álvaro e senhor João Gomes, que durante longos anos trabalharam em prol, deste conceituado e melhor Café nestas épocas em Cambra.


O gato equilibrista que o Álvaro dominava e era o seu tratador diário, mas também o acompanhava para qualquer sítio ou lado e hoje ao lembrar o senhor Álvaro e este gato, é momento de elevada homenagem, pelo carinho, que sempre dedicava aos gatos assim como a toda a sua família e clientes que sempre foi o seu oficio enquanto vivo e que dedicava sempre com toda a sua simpatia e em estilo de gracejar. Depois de deixarmos este portão e nas mesmas Avenidas, tínhamos duas portas de Sul para Norte, que era o Cartório Notarial do Doutor Landureza, que era natural de Oliveira de Azemeis, (mais tarde foi a Chapelaria Eça, do senhor Emídio de Almeida), depois o depósito de Tabaco do Matos Regedor( para mais tarde ser trabalhado pelo seu sobrinho Manuel Matos de Macinhata), depois foi até à sua destruição os escritórios da Empresa Seta ( carros de aluguer).


E as portas seguintes antes da estrada nacional nº. 224 ( hoje Avenida Infante D. Henrique), eram os estabelecimentos de peças para carros do senhor Almeida Vista-Alta, assim como tinha a venda de combustíveis com a marca “ Mobil “. ( Mais tarde foi a casa de cautelas, jornais e revistas do Carlos do Reis ( mais conhecido por Carlos dos Jornais).
E neste mesmo topo de Norte para Sul, passando o Café Avenida, tínhamos a famosa tasca do tio Joaquim da Benvinda e sua família, que além desta movimentada tasca, servia refeições diárias e aos dias de feiras, com a famosa vitela assada, grão de bico com bacalhau e sempre uma massa à Tia Benvinda, que tudo era delicioso e bem confecionado, pela “ Tia Benvinda”.( servido pelos seus filhos e as empregadas sempre simpáticas “ Tia Felicidade, Maria do Vicente e Rosa da Portela”.  
      “ Vale de Cambra teve muita história,
         Entre elas o Ringue no Café Arcádia;
         Assim como o Salão Almeida & Freitas,

         E hoje disto não temos Nada”.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Equipa da Garrafeira Vinivale

“EQUIPE GARRAFEIRA VINIVALE”

Ao deixar o futebol oficial, por motivos profissionais e comerciais, mas o bichinho da bola continuava a despertar e com alguns colegas que ainda estavam ao ativo no nosso Valecambrense, comecei por participar em torneios de futebol de salão e de onze em jogos particulares, em vários campos do Concelho e em S. João da Serra-Oliveira de Frades.

 1970

Mensalmente e nos dias sete de cada mês, fazia as feiras de gado neste lugar de S.João da Serra e como sempre fomos bons amigos, cruzava-me muito com ele, “ O Norberto Carteiro”, que era natural de Rogê, mas tinha contraído matrimónio precisamente neste lugar e muito próximo do largo onde a feira se realizava, ele vinha apanhar o correio a Cambra e fazia a distribuição pela freguesia de Arões, sempre na sua motorizada de marca Florett vermelha.
Era também um apaixonado pelo futebol e um dia: em conversa que nos era muito habitual entre os dois, ele me pede para arranjar uma equipa para fazer parte da Inauguração do campo novo de futebol, que se instalou logo a seguir à Escola Primária.


Marcado o dia dessa festa, conversei com alguns destes colegas e que ainda estavam ligados ao futebol oficial e lá aparecemos no novo campo de “ S.JOÃO DA SERRA”, mesmo com as estradas cobertas de neve em todo o nosso percurso. Foi um jogo muito emotivo dentro e fora do campo, ajudamos a esta linda festa que ficou como memória e que eu no final da mesma, fomos todos contemplados com aquele maravilhoso abraço amigo do nosso conterrâneo Norberto Carteiro, que também fazia parte do jogo ladeado por reforços, vindos do Académico de Viseu e do Sampedrense.


Continuamos em torneios de futebol de cinco, nos campos das Dairas, Codal, Senhora da Saúde, Escola Secundária do Búzio e na Biblos (hoje Residencial de Macieira de Cambra), com entusiasmo na competição conquistando mesmo muitas taças e galhardetes.

sábado, 1 de abril de 2017

Castiços de Outrora

“CASTIÇOS  DE  OUTRORA“

Que foram o “ TIÃO E O ZÉ COLINHO “, duas das figuras mais típicas que tivemos em nossa terra, com características diferentes, mas tanto um como o outro, encantavam quem estivesse presente, não havia tristeza nesses humanos, dialogavam lindamente e criaram muitas histórias, todas elas, de sua autoria, que as apresentavam em público de elevada graça e maneiras.


Eram humildes, muito honestos, que deram motivo a que os seus nomes e as suas virtudes, deixaram em terras de Cambra, muitas memórias, assim como muitas saudades e principalmente este “ O ZÉ COLINHO “, que em qualquer local, que ele, aparece-se não havia tristeza ele, mesmo, de tudo fazia para animar, dançava, cantava e sempre dizia: “ Elas querem colinho”, daí permaneceu longos anos do seu viver este alcunha que ficou sempre patente como “ O ZÉ COLINHO “.
O TIÃO, era solteiro, sua profissão de “ Marceneiro “, com elevada qualidade e nas suas horas vagas, entretinha-se  a fazer móveis e outros objetos em miniaturas, com muita perícia e das madeiras de referência que encontrava na Oficina de seus pais o Tio Horácio Martins. Era muito raro vendê-las, porque sentia muito prazer nelas, assim como o gostava de fazer ao oferece-las aquém ele, muito entendia, ficando muito satisfeito por tal. Quando esta figura, penetrava em qualquer casa mais abundante ele, dizia: “ Aqui os ratos não choram “ … Não era pessoa de muitas falas, mas sabia escolher os seus melhores amigos, não tinha carta de condução nem tão pouco se preocupava em adquiri-la, mas tinha muita classe em fazer a condução da carreta de seu pai, para o transporte dos móveis vendidos aos clientes e para qualquer local , sem provocar qualquer acidente.