“MAGAREFES DO
PASSADO”
Assim se
amanhavam as reses nos anos cinquenta, no Matadouro Municipal de Vale de
Cambra, com todo o tipo de gado que se destinava aos talhos locais e que na sua
maioria esse mesmo gado era abatido e devidamente preparado como carcaça, pelos
seus donos e seus familiares.
Mas nesse
passado, haviam talhantes que não sabiam amanhar o seu gado e entregavam as
estas senhoras que nos dias de abate ali apareciam, com o seu saber.
Que eram a
Tia Quitas de Ramilos e sua nora Carminda, que apenas pelo intestino (fato), do
animal e mais vinte e cinco tostões, por cada cabeça faziam o seu amanho total
e ainda ajudavam a colocar nos cestos da vindima, ou sacos para após a inspeção
sanitária do médico Veterinário e a passagem do talão de utilização do
Matadouro, pelo fiscal Camarário, seguiam o seu destino para os lugares de
Arões, Junqueira e Cepelos, na Camioneta da C.P. quando era para locais mais
próximos as mesmas eram transportadas pelas mulheres, da família ou outras que
eram convidadas para tal e em cestos de verga da vindima e outras era nos
atrelados feitos a prepósito e nas suas motorizadas para mais tarde serem em
furgonetas.
Mais tarde,
apareceram alguns fornecedores que se prontificaram a fornecer o gado e também
ajudarem a abatê-lo e transportar para os talhos. Falo dos saudosos, Joaquim
Brandão (Joaquim da Farrapa), do António Escariz, nas raças bovinas e recordo
que nestas vitelas, também foram muitas as vezes que os médicos locais,
indicavam aos seus doentes com problemas de fraqueza, que fossem ao Matadouro
apanhar e beberem um pouco de sangue após a sua sangria, com vinho maduro
tinto, ou sem vinho, porque este mesmo sangue os ajudava ao restabelecimento da
sua saúde.
Já que nos
porcos (suínos), os seus mais diretos fornecedores e amanhadores foram: O Mindo
e seu sócio Martinho Costa.
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