“ASSIM SE
AMANHAVAM
AS TERRAS EM
CAMBRA”
Estas terras
verdejantes que sorriam ao olhar dos seus donos e caseiros, das mesmas, assim
como todo o visitante que por aqui passavam orgulhavam toda esta beleza
encantadora, pelo seu trato, os produtos nelas expostos com abundância e
produzidos de ano para ano, em elevadas quantidades.
Nesta foto
se apresenta o lugar de Areias-Castelões, com o seu proprietário e filhos do “
Tio António do Lobo”, a lavrar as suas terras, com a companhia de sua filha
Belmira e os bois que sempre tinha o cuidado em encontrar sempre a melhor junta
a melhor canga e charrua, que mandava sempre fazer e arranjar ao “ Ferreiro do
Alto da Peninha o Tio Henrique da Brinca”, os montes de esterco, eram colocados
nos campos e espalhados, pela forquilha e pelos fortes braços do homem ou
mulher, antes de passar a charrua a virar as leivas, para de seguida o arado
deixar toda a terra em condições da sementeira desejada pelos seus donos.
CARROS DE
BOIS
Que eram
feitos pelos carpinteiros mais conceituados da terra, que os produziam das
melhores madeiras da região, como o pinho, eucalipto e carvalho, que teria de
ser bem seco, para que a sua construção fosse mais perfeita nesses carros de
madeira na sua totalidade, mais tarde começaram por aparecer carros, com o seu
rodado feito todo em ferro, devidamente pregado em todo o seu circulo, com
pregos feitos também a propósito para o manter seguro no seu andamento e tempo
no seu uso.
E quando
estes mesmos rodados e eixos “ faziam chiaria, de imediato levavam “ sebo de
vitela ou vaca, que após derretido, melhorava o seu andamento e deixava de
fazer a chiaria por algum tempo”.
Mais para
tarde, mas foram muito poucos, apareceram em Cambra carros, com todo o rodado
em ferro, assim como os seus eixos, e que durante longos anos todo o seu
movimento, era a primeira necessidade dos construtores, dos negociantes de
madeiras e de tudo que a agricultura deles precisavam “ Ali estavam os carros
os seus donos e os seus belos e exemplares bois e por vezes, mas poucas umas
vacas.
“ No passado assim se amanhavam as
terras,
Em Vale de Cambra, com sacrifício,
E muitas vezes de sol a sol e com
muito amor;
Hoje se amanham poucas e com força do
Trator”.
Terras que na sua maioria deixaram de
ser amanhadas,
E estão cobertas por silvado;
lavradores e caseiros,
Cada vez são menos, carros e bois,
foram coisas do Passado”…
Sem comentários:
Enviar um comentário