SALÃO DE FESTAS ALMEIDA & FREITAS Lda.
60 ANOS
Depois lembrar esta que foi, após o Ringue do Café
Arcádia, o encanto a realizar bailes, casamentos, batizados e outros eventos,
que os autorizava e também administrava o dinâmico sócio e gerente o senhor “António de Almeida" (o Pranta).
Os seus
conhecimentos literários eram muito reduzidos, pouco mais sabia além da sua
assinatura, mas sempre muito aplicado nos negócios e ramos da sua Empresa: “
Latoaria e Serração “. O seu sócio principal era o seu genro Américo Freitas,
que lentamente foram constituindo a chamada na época a Fabrica de Esmalte, no
seu empenho e trabalho árduo, deram-lhe a nível Nacional o prestígio da melhor
do País nestes ramos.
Nas latas: o
seu volume mais poderoso era sem qualquer dúvida a fabricação das mesmas para o
azeite, com vários tipos de latas, assim como para outros produtos diversos,
que se prontificavam a idealizar e com os clientes produziam na sua enorme
Empresa, tudo aquilo que eles desejavam em folha de flandres.
Já que na
serração, faziam todo o tipo de caixas
em madeiras diversas e preparadas para receber os queijos e a manteiga,
que se produzia nas nossas fábricas de lacticínios e circulavam a nível do
País. Tinham maquinaria para tudo e um “ Charrió”, potente para serrar todo o
tipo de madeiras a pedido do lavrador consoante as suas necessidades para a
construção de seus habitares, ramadas e
outras coisas mais.
BAILES: no
Almeida & Freitas, ficaram para a história, pelo seu entusiasmo e a
dedicação deste seu gerente o saudoso “ PRANTA “, que sempre se dedicou
altamente pela musica na nossa terra, levando-a por todo o País e algumas
partes do estrangeiro, onde ela deixou memórias e nome muito vincado de Vale de
Cambra, classificando-a como uma das melhores
“ Bandas Musicais Civis de PORTUGAL “.
Estes bailes
se realizavam aos sábados à noite e aos Domingos da parte da tarde, cuja a seu
ingresso era por vinte e cinco tostões os rapazes e quinze tostões as raparigas. A musica era
ao som de uns gravadores e gira-discos, que na sua maioria era escolhidos pelo
Aníbal, sobrinho dos “ SOUSAS, FOTÓGRAFOS “,era um elemento muito competente e
estava ladeado ao serviço do senhor Domingos Boca-Aberta, para mais tarde ficou
a tomar conta de todo este serviço de aparelhagem o cuidadoso “ Manuel Soares (Gato), da
Costa-Formiga, que se inspirou muito tecnicamente já na sua adolescência,
tornando-se mais tarde num elemento
exemplar neste sector e em terras de Cambra e por onde ele, passou. Deixou o
senhor Domingos e recomeçou com a Agência Comercial de Cambra, ao serviço desta
empresa que era do senhor Engenheiro Abel da casa de Areias, manejava e
carregava a motorizada e seu atrelado, com todo o tipo de aparelhagem, por si
preparada, para todo o tipo de eventos que ele tinha sido para tal convidado.
Mais tarde,
estes bailes eram organizados para desfolhadas, ou festas, com alguns
conceituados “ Acordionístas “, que começaram por aparecerem na terra
individuais e outros com acompanhamento, tornando-se conjuntos e que fizeram
bradados por vários pontos do País, deixando o bom nome de CAMBRA.
Foco
especialmente os mais tonantes dessas épocas :
O de
Merlães, O António de Cavião, o Aurélio de Santa Cruz, os irmãos Manuel António
e Pedro de Souto-Mau, o Silvério Rigueifeiro de Codal,o Manuel do Bernardo de
Macinhata e o Quim Padeiro do Barbeito e outros mais que se espalhavam por todo
o nosso “ VALE “…
“ Vale de
Cambra no passado,
É um
recordar desses tempos vividos;
Lembra-los
hoje, e ficarem em livros,
São as coisas do passado, que não serão Esquecidos “…
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