sábado, 6 de maio de 2017

O MERCADO MUNICIPAL TOPO NORTE

O MERCADO MUNICIPAL
TOPO NORTE
(ORIGINAL E O SEGUINTE)



A Estrada Nacional, 224 ( hoje Avenida Infante D. Henrique), com várias alterações em todo o seu percurso, moradias e estabelecimentos, que com decorrer dos anos, foram sofrendo modificações nas famílias e nos seus Comércios : O original torreão, onde era Café, Bilhares e Restaurante “Viúva Ribeiro & Filho Lda.”, passou a ser nos fundos o Talho do senhor Avelino Gomes e o torreão pertença da banda de musica e continuando a subir a estrada,tínhamos a tia Laura com a sua frutaria, depois o habitar e sapataria da família Claudino, nas três seguintes portas era a Oficina Lusitânia de Umbelino Fuste,com todo o tipo de motos, motorizadas, pedaleiras e seu aluguer aos adolescentes dessas épocas por dez tostões à hora, onde se situava o Cinema Progresso, passou a ser a” Barbearia do senhor Fernando Ferreira, para depois e antes do portão de acesso ao Mercado, era a casa de louça de barro do senhor Almiro Pucareiro do Barbeito, depois de deixarmos o portão e continuando a subida pelo saudoso Mercado, tínhamos nas primeiras portas o maravilhoso estabelecimento familiar do senhor Dário, para depois termos a casa de Fruta da Tia Amélia Freire, e nas seguintes o tio António Bandeira com mesas para aluguer aos dias de feira, as seguintes eram ocupadas pelo senhor Almeida Vista-Alta, com as bombas de combustível de marca MOBIL, assim como ocupava todo o torreão com um completo sortido de peças para carros de todas as marcas.
O MERCADO, que alguns senhores do poder, fanáticos, ignorantes, não conheceram fronteiras nem limites e mandaram derrubar este saudoso e útil, que durante anos esteve ao serviço de toda a comunidade do Concelho e do País. E muitas vezes sem ter em conta as pessoas e o passado histórico. Enfim, aquilo a que já estamos habituados e também se vê por ai… Em alguns casos como o foi este puro desperdício. Milhões que podiam ser melhor repartidos em Instruturas do Concelho e mantinham com menos gastos a recuperação deste que foi o cartão de visitas de todos nós.


 Depois e no centro tínhamos o inesquecível “ Poste das quatro luzes em ferro forjado com os quatro braços e suas lâmpadas, mais tarde foi colocado umas placas que indicavam as direções de Sever do Vouga e outras, assim como à nossa esquerda indicava Arouca e outras.
Aos dias de feira, esta rua era totalmente ocupada por barracas com diversos produtos e à atenção do seu possível comprador e era também nesta rua, que se comercializava e saboreava depois de confeccionado aquele maravilhoso peixe que era frito em tachos de ferro e colocados nas trempes depois de receberem molhos de lenha para preparar esse delicioso peixe que nos proporcionava uma refeição completa e eficaz junto com o maravilhoso pão de UL e o jarro de vinho verde tinto, que saia da torneira que se apresentava no topo do pipo e nos delirava com o chilrar da mesma, quando se movimentava a sua abertura e no seu fecho.
O vinho e o pão, assim como o peixe, tinham uma qualidade maravilhosa e por muitas horas nos deixava uma completa satisfação e num aspeto saudável, após esta refeição, também era comercializado este espetacular peixe que vindo dos lados de Ovar e Loureiro de Oliveira de Azeméis, por pessoas especializadas nestas confecções depois de bem fritos, os vendiam embrulhados em papel de mata-murrão, à unidade para se levar para casa ou então para uns convívios de amizade.
Mais tarde este mesmo peixe e sua preparação, começou por ser preparado por pessoal de CAMBRA. “ O senhor Custódio do Novo Mundo e sua família, que além das feiras o comercializavam em Festas e Romarias”.
                    Cambra no passado, sempre teve a sua tradição,
                    No bom vinho, castanhas, queijo, manteiga e vitela assada;
                    Recordar hoje, essa tradição, é o testemunho da verdade,
                    Ficará em escrito para sempre deu trabalho,

                    Mas no seu custo não é NADA …

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