sábado, 25 de fevereiro de 2017

Rua Padre Manuel A. Oliveira

“RUA PADRE MANUEL A. OLIVEIRA
O POENTE DO MERCADO”

Se descreve de Sul, para Norte, do lado esquerdo era a casa do senhor Ferreira Bogalho (hoje pertence à família Herculano Martins), a seguir a habitação da família Lopes, nos seus fundos era o comércio de pedaleiras, motorizadas e arranjo de máquinas de sulfatar do senhor “ JARRA” (hoje é o Café Sombrinha).
 

E de Norte para Sul, tínhamos o talho do senhor Avelino Gomes, o torreão era ocupado pela Câmara, assim como as três seguintes portas, até ao portão de acesso ao Mercado, foi muitos anos a casa de ensaio da nossa banda de música e na porta junto ao portão era o aferidor da Câmara, que foram muitos anos, o António da Maria Rosa de Lordelo e o senhor Artur dos Panos. Na porta seguinte também utilizada pela Câmara onde esteve muito tempo um músico vindo de Cinfães do Douro, para a nossa banda, que se considerou entre nós e pelos apreciadores de musica um autêntico canário era ele, “ o menino QUIM “. Nas portas seguintes até ao torreão, era a família do senhor Horácio Martins, com a sua carpintaria e loja de venda de móveis novos e usados, tanto ele, como os seus filhos eram perfeitos em todo o serviço que se proponham a fazer, já nesses tempos tinham ao seu serviço um torno para trabalhar as madeiras e como não haviam muitas furgonetas para levar os móveis aos clientes, tinham de improviso umas carretas, que os seus filhos Basílio e Tião, as conduziam com elevada perfeição para fazer a entrega dos produtos vendidos ao cliente.


Era uma carpintaria de excelência e muito conhecida entre todos nós, pela sua qualidade e pelo seu fino trato de toda a família.

           “ Lembrar hoje o passado,
             È motivo para não o deixar na gaveta;
             Falar dela com a boca ou então,

             Passa-lo para o papel com uma Caneta”.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Ponte da Gandra

“PONTE DA GANDRA“

É muito bem visível esta Ponte da Gandra, do passado assim como estas placas, que nesses tempos nos indicavam muitas direções, mas aquelas que nos apareciam de imediato, eram da nossa esquerda “ O.Azemeis e Estarreja e a segunda à nossa direita nos dizia, S.João da Madeira e Porto, isto nos anos cinquenta, que esta Ponte da Gandra, quando deslizávamos para a então Vila ( hoje Cidade),à nossa direita era o acesso, para Aguincheira, Castelões, Senhora da Saúde , outras localidades, assim como nos dirigia para o Concelho de Sever do Vouga e outras paragens.


Hoje: a rua que foi Ponte da Gandra, “ hoje é Comendador Ilídio Pinho “.
Para quem se lembra e nesta Ponte recorda alguns momentos nestes bancos em pedra, onde se estacionavam várias personalidades em negócios Empresariais, Comerciais e muitas das vezes se aguardava que as namoradas tivessem feito a permuta do milho pela farinha, nos moinhos que o senhor Augusto e seus familiares explorava, e ao passarmos a mesma Ponte, a caminho da Vila, pelo nosso lado esquerdo a primeira casa de habitação e os seus fundos, era a oficina do importante e competente “ FERRADOR”.


Ferrador, que se tornou largamente conhecido pelo seu esmerado serviço e competência em todo o tipo de calçado para os animais, ensinando a mesma arte aos seus dois filhos e “ António e o Manuel, que largos anos o acompanharam e fizeram com que esta arte se prolonga-se por vários Concelhos do Distrito e deixaram em publico a honestidade a competência, assim como o trabalho, que eles arduamente o faziam e que motivaram altamente o seu prestígio, por todas as terras que eles passaram deixando bem patente o bom nome dos “ FERRADORES DE CAMBRA”, que ficou como Memória…

E deste passado, assim como esta arte, já nada temos, nem a fonte que dava de beber a tanto ser humano e animais, que acabados de terem recebido das mãos destes famosos “ Ferradores, o seu novo calçado, atravessavam a estrada e eram levados a essa fonte que estava no muro da propriedade do Senhor “ Simões à disposição de quem dela necessitava”, servindo-nos agua pura e sempre a deslizar.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Sessenta e cinco anos passados

“ SESSENTA E CINCO ANOS PASSADOS “

Lembra a égua, que foi acidentada junto da casa do senhor “Alberto Pais“, quando a mesma transportava uma carroça carregada com mercadorias e o seu dono, vindos dos lados de Loureiro-O. de Azeméis, para a feira e pela madrugada, quando vinha para o seu trabalho o motorista da Lacto-Lusa Ldª, o saudoso senhor Abel de Teamonde-Carregosa, na sua moto de cor grana, teve a infelicidade de não verificar a carroça entrando na sua traseira, teve morte imediata e a égua teve fratura das duas pernas o seu dono pouco sofreu, mas a égua teve que ser abatida, pelo meu irmão Tomaz e com a minha ajuda, no campo do “ Tio Adriano Ferrador”, (hoje o Centro de Camionagem da Cidade), após a preparação da carcaça e a inspeção da mesma pelo médico veterinário, distribuímos carne para quem quer que fosse e gosta-se.

A restante foi a enterrar no mesmo local, por ordens deste senhor, que foi um dos principais intervenientes deste triste acontecimento “ Foi o Tio Adriano Ferrador”, pessoa altamente entendida na área e serviço nestes animais, assim como nos bois e vacas, que durante longos anos ele e os seus filhos homens principalmente o António e o Manuel, que sempre se mantiveram perto de si e dos seus dois troncos, que recebiam os animais no fundo da sua habitação, na rua da Ponte da Gandra (hoje Comendador Ilídio Pinho), o seus serviços eram esmerados, honestos, perfeitos e largamente conhecidos à distância como os melhores profissionais a preparar e a pregar os sapatos aos animais, que chegavam a serem convidados para darem assistência fora da oficina do Ferrador, deslocavam-se nas pedaleiras, nas motorizadas e algumas das vezes nas boleias nas camionetas do leite.
Mais tarde estes dois filhos, António e Manuel, pensaram em trabalhar por sua conta direta e prepararam troncos um na Avenida Camilo Tavares de Matos e outro na Granja-Castelões e o terceiro foi precisamente no local, onde esta égua foi a enterrar, quando em partilhas este local foi pertença do seu filho António.

      “ Ao lembrar hoje estes FERRADORES,
         Que CAMBRA teve e que passo a recordar,
         E porque faço parte desta sua geração;
         FERRADORES, como estes não mais Haverão”.