“ O PAU, CAJADO, AGUILHADA E MARMELEIRO “
Assim se dava o seu trato, após o movimento entre mãos, nas Festas e Romarias, junto dos bois ou vacas, nos Serões pela noite dentro e nas Feiras de Gado.
Paus estes, que no passado eram muito bem trabalhados, também em Festejos e danças continuas, ao som das suas pauladas, que deliravam e outras que davam para gritar deixando na confusão os adversários mal tratados e com necessidade de serem socorridos, muitas das vezes em péssimo estado e a serem tratados pelo saudoso Doutor Abel Augusto de Almeida e seus ajudantes Mário Brando, Serafim da Viuvíta e Manuel Fernandes, que sempre lhes prestavam todo o cuidado necessário após o cozer dos golpes desses paus, com os agraves em latão, que cuidadosamente eram aplicados com as suas dedicadas habilidades com a ajuda daquele inesquecível alicate. “ Em muitos desses momentos a que eu, tantas vezes assistia, o Doutor Abel, só dizia aos feridos, se dói aguenta, porque eu, não te mandei fazer esse serviço “.
Grande profissional, que tivemos em nossa terra. Acompanhado sempre com rigor e saber, ensinou a muitos Cambrenses tudo o que estava ao seu alcance e durante o seu titulo de Membro da União Nacional, pelo nosso Distrito, assim como Delegado de Saúde, durante longos anos, este competente médico, sempre foi rigoroso e quando entendia, que as noticias não estavam corretas, “ Ele dizia este não falou “…
AGUILHADA: O pau, que depois de lhe ser colocado um prego ao seu centro e com o bico sempre bem afiado, dava lugar ao tocar na pele dos bois ou vacas, para os chamar ou endossa-los ao cabeçalho, para pegar no mesmo e seguirem os seus trabalhos, que estavam destinados pelos seus donos.
MARMELEIRO: Pau especial, devidamente preparado, depois de escolhido na mesma arvore, e que devido à sua flexibilidade, depois de utilizado deixava no corpo marcas duradouras , provocadas pela sua dureza e que não partia com facilidade.
PAU, CAJADO : que tudo segurava e foram tantas décadas que os usei, para pendurar os animais ( Carcaças ), que preparava no Matadouro Municipal e outros lados, com a sua preciosa ajuda, depois de devidamente escolhidos das qualidades das arvores que os produziam.
Estes paus, eram escolhidos e preparados por mãos hábeis e muitos deles eram depois vendidos em Feiras e Mercados, a preços simbólicos e à escolha do Pastor, Negociante de Gado Vivo e também muito usado por Barões e Viscondes da nossa Terra.
PAUS, que no passado também se usavam nas escolas e outros locais, para o uso da “ Bilharda e Pauta “, num jogo que delirava a juventude desses tempos e a Pauta também trabalhava.
“ Paus cuja a sua utilidade sempre se tornou útil,
Em tudo para que ele, era usado;
Tantos foram os anos que te usei PAU,
Até que, hoje por mim estas a ser LEMBRADO “ …,
Abril 2018
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