Doutor
Armindo Ferreira de Matos
“Farmácia
Matos”
Cujo o seu principal diretor foi “
Doutor Armindo Ferreira de Matos”, natural do lugar da Igreja de Castelões.
Personalidade extraordinária que prestou revelantes serviços, para o progresso
do Concelho e que, por tal motivo é digno de todo o reconhecimento.
Este dedicado Farmacêutico, fez parte
da Comissão Municipal no ano de 1938 até fins de 1941, como Presidente da
mesma, realizando nestes períodos um vasto programa de obras e melhoramentos
públicos. Também foi notável a atenção que prestou à população mais carenciados
da, mostrando sempre a sua maneira de o ser em prol da nossa terra, tendo mesmo
sido pretendido por vários anos na recondução do mesmo cargo, que o fazia
sempre de elevado prazer e sem qualquer remuneração.
Como Farmacêutico foi exemplar, criou
empregos e ensinou a muitos conterrâneos a sua arte, principalmente aos da sua
Freguesia, como o foram: os saudosos, Alberto Silva, Aurélio, Zé da Farmácia e
os senhores Joaquim Pinho, Fernando da Igreja, este que permaneceu largos anos
ao seu lado enquanto vivo e prolongou até à sua reforma concedida por lei.
Como técnico sempre foi exemplar e
nunca escondeu o seu saber aos seus iniciados empregados, que foram muitos, que
acataram o seu categorizado ensinamento em tudo o que era “ misturas e
composições”.
Nesses tempos em que os medicamentos
era confeccionados com a espátula, em cima daquela velha mesa de mármore preta e
se introduzia naquelas caixinhas de madeira fina e ovais, com a etiqueta a
indicar a sua utilização, para o bem-estar da saúde dos doentes. Todos quantos
lhe batiam à porta e lhe apresentavam os seus sintomas, ele de imediato
correspondia e até muitas das vezes, a muitos dos nossos conterrâneos lhes oferecia
o produto milagroso por ele inventado.
Todos estes colaboradores e outros,
receberam as suas preciosas instruções, na “ Antiga Farmácia Matos “, (hoje o
café Assembleia). Este Doutor Armindo, sempre se apresentava pela manhã ao
serviço e de imediato, após a abertura da porta vestia a sua bata branca, mesmo
sem o apertar dos botões, que aliás era muito o seu jeito. De seguida, dirigia-se
ao velho Café Avenida, no Mercado Municipal, para o seu primeiro café que
sempre o tomava na cozinha e de pé, sempre servido pelo saudoso “ João Gomes “.
Este seu habitual uso da “ Bata
branca”, deu motivo com o passar dos anos a ser esta a sua alcunha,
principalmente pelos seus amigos mais diretos. Diariamente, quando se previa um
acontecimento: almoços, merendeiros ou jantares, em convívio de grande amizade,
o “ HOMEM DA BATA BRANCA”, nunca era esquecido e mais ninguém, mesmo ninguém se
sentava à mesa, enquanto ele não estivesse presente.
Sempre foi um CAMBRENSE amigo,
respeitável e atento. Um Homem que, contribuiu enormemente para variadíssimas
coletividades e associações da sua terra, exercendo por várias vezes, como
Presidente do Concelho, que a população sempre o
testemunhou com a sua forma de o ser, muito íntegro e afável.
BOM HOMEM !!!
QUE FOI TÃO DIGNO E MERECIA MAIS ELOGIO …
“ Pela manhã
depois de abrir a Farmácia,
A sua bata
era a primeira opção que tinha;
De seguida e
mesmo com ela ia para o Café Avenida,
Tomava o seu
café sempre de pé e na Cozinha “.
Como
Farmacêutico e Presidente,
Sempre foi
muito lembrado;
Vou deixar
em livro a sua elevada,
Dignidade em Vale de Cambra no PASSADO.
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