UM DUO
INESQUECÍVEL
O BASÍLIO E O COLINHO, exibindo cada um a
sua espada em madeira, que o TIÃO, tão bem as fazias.
A foto é na
casa do senhor Manuel do Ferrador, ( na Ponte da Gândra), que estava alugada a
estas duas famílias e ainda à dona Maria do Bornes e sua irmã Odete, após o
derrube do seus habitares que foi longos anos o saudoso Mercado Municipal.
Esta casa
também mais tarde veio a ser demolida para a alteração da nova retunda, “
Comendador Ilídio Pinho “.
BASÍLIO “
Arreganha”, também assim lhe davam nesse passado o seu trato, carpinteiro era a
sua profissão, assim como sempre ficou solteirão e sempre viveu com os seus
pais e alguns familiares, também solteiro como o era o TIÃO, sempre trabalharam
com os pais, na sua conceituada carpintaria e móveis de todo o estilo e
modelos. “ O Tio Horácio Martins”, que após a suas vendas eram colocados em casa
dos seus compradores em peças e na carreta, que os dois a transportavam e
montavam as mesmas no local a combinar pelo comprador e tanto um, como o outro
eram exímios condutores. Este senhor Basílio, mais tarde foi convidado pelo
senhor Tomás Guilherme, agente Funerária da Freguesia, para que ele, tomasse
conta do carro de quatro rodas, que recebia os corpos dos defuntos, nas urnas
ou caixão e os deixava no cemitério.
Também
sempre foi, um admirador nato pela nossa banda de música, chegando mesmo já na
sua parte final de vida, a acompanha-la para vários locais do País, orientando
todos os seus instrumentos.
E com todo o
seu entusiasmo por ela, quase sempre deslizava pelas ruas da Vila ( hoje
Cidade), assobiando aquela melodia que mais o convidava a executar. “ Assim
como aplicava em solo e assobio, quando se juntava com alguém da sua inteira
confiança ( não te fies que é mentira).
Argumentava com
facilidade e idealizava pequenas histórias com elevada graça e á sua maneira as
apresentava- em público. Tanto ele, como o seu irmão TIÃO, eram finos na
invenção de construir e entalhar peças em miniatura, de móveis e outras que
após prontas as ofereciam aos seus mais qualificados amigos, com muito agrado e
mostravam por tal, imensa satisfação por tal ato conseguido. Estas duas figuras
assim como tantas mais, que em CAMBRA tivemos, deixaram histórias, momentos
muito gratificantes e memórias que não esqueceram mais, principalmente a todos
aqueles que com eles, conviveram estes momentos enquanto vivos e o usufruirão
para os testemunhar hoje.
“ Memórias que são lembrança do passado,
E que são dignas de ficarem
célebres na história;
Para quem ainda as recorda, são
momentos inesquecíveis,
Para quem as produziu e já partiu,
Que o nosso DEUS, o tenha levado
numa Santa Hora “.
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