quarta-feira, 3 de maio de 2017

SALÃO DE FESTAS ALMEIDA & FREITAS Lda.

SALÃO DE FESTAS ALMEIDA & FREITAS Lda.
60 ANOS

Depois lembrar esta que foi, após o Ringue do Café Arcádia, o encanto a realizar bailes, casamentos, batizados e outros eventos, que os autorizava e também administrava o dinâmico sócio e gerente o senhor “António de Almeida" (o Pranta).

Os seus conhecimentos literários eram muito reduzidos, pouco mais sabia além da sua assinatura, mas sempre muito aplicado nos negócios e ramos da sua Empresa: “ Latoaria e Serração “. O seu sócio principal era o seu genro Américo Freitas, que lentamente foram constituindo a chamada na época a Fabrica de Esmalte, no seu empenho e trabalho árduo, deram-lhe a nível Nacional o prestígio da melhor do País nestes ramos.
Nas latas: o seu volume mais poderoso era sem qualquer dúvida a fabricação das mesmas para o azeite, com vários tipos de latas, assim como para outros produtos diversos, que se prontificavam a idealizar e com os clientes produziam na sua enorme Empresa, tudo aquilo que eles desejavam em folha de flandres.
Já que na serração, faziam todo o tipo de caixas  em madeiras diversas e preparadas para receber os queijos e a manteiga, que se produzia nas nossas fábricas de lacticínios e circulavam a nível do País. Tinham maquinaria para tudo e um “ Charrió”, potente para serrar todo o tipo de madeiras a pedido do lavrador consoante as suas necessidades para a construção de seus habitares, ramadas  e outras coisas mais.
BAILES: no Almeida & Freitas, ficaram para a história, pelo seu entusiasmo e a dedicação deste seu gerente o saudoso “ PRANTA “, que sempre se dedicou altamente pela musica na nossa terra, levando-a por todo o País e algumas partes do estrangeiro, onde ela deixou memórias e nome muito vincado de Vale de Cambra, classificando-a como uma das melhores  “ Bandas Musicais Civis de PORTUGAL “.


Estes bailes se realizavam aos sábados à noite e aos Domingos da parte da tarde, cuja a seu ingresso era por vinte e cinco tostões os rapazes  e quinze tostões as raparigas. A musica era ao som de uns gravadores e gira-discos, que na sua maioria era escolhidos pelo Aníbal, sobrinho dos “ SOUSAS, FOTÓGRAFOS “,era um elemento muito competente e estava ladeado ao serviço do senhor Domingos Boca-Aberta, para mais tarde ficou a tomar conta de todo este serviço de aparelhagem  o cuidadoso “ Manuel Soares (Gato), da Costa-Formiga, que se inspirou muito tecnicamente já na sua adolescência, tornando-se mais tarde num  elemento exemplar neste sector e em terras de Cambra e por onde ele, passou. Deixou o senhor Domingos e recomeçou com a Agência Comercial de Cambra, ao serviço desta empresa que era do senhor Engenheiro Abel da casa de Areias, manejava e carregava a motorizada e seu atrelado, com todo o tipo de aparelhagem, por si preparada, para todo o tipo de eventos que ele tinha sido para tal convidado.
Mais tarde, estes bailes eram organizados para desfolhadas, ou festas, com alguns conceituados “ Acordionístas “, que começaram por aparecerem na terra individuais e outros com acompanhamento, tornando-se conjuntos e que fizeram bradados por vários pontos do País, deixando o bom nome de CAMBRA.
Foco especialmente os mais tonantes dessas épocas :
O de Merlães, O António de Cavião, o Aurélio de Santa Cruz, os irmãos Manuel António e Pedro de Souto-Mau, o Silvério Rigueifeiro de Codal,o Manuel do Bernardo de Macinhata e o Quim Padeiro do Barbeito e outros mais que se espalhavam por todo o nosso “ VALE “…
“ Vale de Cambra no passado,
É um recordar desses tempos vividos;
Lembra-los hoje, e ficarem em livros,
São as coisas do passado, que não serão Esquecidos “…

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