“MERCADO
MUNICIPAL”
Na entrada
do portão nascente, na antiga Avenida dos Combatentes da Grande Guerra (hoje
Avenida Camilo Tavares de Matos), na primeira Feira Popular que se realizou
neste espetacular Mercado e que foi um autêntico sucesso. E foi sempre este o
portão, da entrada para o Mercado, para todos os seus eventos, mas em dias de
mercado existia uma pequena guarida feita a propósito, para a capacidade de um
funcionário da Camara, quebrar os respetivos bilhetes de acesso, que normalmente
eram os seguintes cantoneiros: senhor Crespim e Manuel Raposo de Algeriz e o
Tio Chico Cantoneiro.
E aqui
vemos, com a ajuda da foto ao nosso lado esquerdo o estabelecimento do Café
Avenida e a sua esplanada que para o efeito foi mandada construir e que após a
cessão da feira continuou por mais alguns anos, neste mesmo local e a ser muito
bem servido pelos seus donos e empregados classificados como foi este saudoso
Álvaro e senhor João Gomes, que durante longos anos trabalharam em prol, deste
conceituado e melhor Café nestas épocas em Cambra.
O gato
equilibrista que o Álvaro dominava e era o seu tratador diário, mas também o
acompanhava para qualquer sítio ou lado e hoje ao lembrar o senhor Álvaro e
este gato, é momento de elevada homenagem, pelo carinho, que sempre dedicava
aos gatos assim como a toda a sua família e clientes que sempre foi o seu
oficio enquanto vivo e que dedicava sempre com toda a sua simpatia e em estilo
de gracejar. Depois de deixarmos este portão e nas mesmas Avenidas, tínhamos
duas portas de Sul para Norte, que era o Cartório Notarial do Doutor Landureza,
que era natural de Oliveira de Azemeis, (mais tarde foi a Chapelaria Eça, do
senhor Emídio de Almeida), depois o depósito de Tabaco do Matos Regedor( para
mais tarde ser trabalhado pelo seu sobrinho Manuel Matos de Macinhata), depois
foi até à sua destruição os escritórios da Empresa Seta ( carros de aluguer).
E as portas
seguintes antes da estrada nacional nº. 224 ( hoje Avenida Infante D.
Henrique), eram os estabelecimentos de peças para carros do senhor Almeida
Vista-Alta, assim como tinha a venda de combustíveis com a marca “ Mobil “. ( Mais
tarde foi a casa de cautelas, jornais e revistas do Carlos do Reis ( mais
conhecido por Carlos dos Jornais).
E neste
mesmo topo de Norte para Sul, passando o Café Avenida, tínhamos a famosa tasca
do tio Joaquim da Benvinda e sua família, que além desta movimentada tasca,
servia refeições diárias e aos dias de feiras, com a famosa vitela assada, grão
de bico com bacalhau e sempre uma massa à Tia Benvinda, que tudo era delicioso
e bem confecionado, pela “ Tia Benvinda”.( servido pelos seus filhos e as
empregadas sempre simpáticas “ Tia Felicidade, Maria do Vicente e Rosa da
Portela”.
“ Vale de Cambra teve muita história,
Entre elas o Ringue no Café Arcádia;
Assim como o Salão Almeida &
Freitas,
E hoje disto não temos Nada”.
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