A NOSSA SENHORA DA “ LAGE“
Que sempre se realizou no dia 3 de Maio e de cada ano.
E já com décadas que lembram como antigamente se caminhava por carreiros, caminhos e algumas estradas sem condições dos veículos desses tempos com algumas rodas, outros com quatro e na sua maioria com duas rodas, como o era o uso normal das motos , motorizadas e bicicletas, porque o seu acesso a este sagrado local, era bastante difícil e na maioria dos seus peregrinos o faziam novos e mais idosos, por estes acessos apeados e em números devidamente agrupados por convites antecipados e em muitos dos casos já ficavam de um ano para o outro. Seguiam de vários pontos do Distrito, em Festa e com a sua devoção a esta “ Milagrosa e muito isolada Capelinha da Nossa Senhora da Lage “.
Para quem a conheceu, como foi o meu caso à mais de meio século, apeado desde o meu habitar, mais tarde de pedaleira, motorizada e por último em carro, hoje se reconhece, que tudo na nossa vida muda.
Estes emblemáticos montes, cercados pelas suas pedras, que a mãe natureza, aqui as deixou para que as suas elevadas verduras, dessem motivo nesses tempos à criação e produção de gado bovino de raça Arouquesa e quantidades enormes de Caprinos e Ovinos, que de manhã à noite por ali, faziam as suas pastagens, com a guarida dos seus pastores habituais.
Dos lugares da Castanheira, Murejal, Albergaria das Cabras, Mijarela e Freita, eram estes que mais gado movimentavam, por todo este solo sagrado e que de ano a ano, esta Festa marca um Tempo.
MIZARELA: lugar típico deslumbrante, atraente, que divide os Concelhos de Vale de Cambra e Arouca, e segundo informações colhidas foi neste local, que nasce o famoso Rio Caima, e que águas deslizam entre estas rochas e que queda provoca uma altitude encantadora para todo o seu visitante e entre riachos vem a ajudar ao enchimento da Represa Duarte Pacheco, que ajuda imenso ao aumento do caudal do nosso encantador Rio Cai
ma.
E foi aqui neste local, que nasceu o famoso rio Caima, conforme o mostra a foto.
Tempo que vai passando e deixa as suas marcas e as suas memórias por ele e por quem as viveu, dando por tal, motivo a todo aquele que as gravou, desde o seu viver nestes momentos, para que hoje as transmita para todo aquele ou aquela, que o desconhece profundamente, mas que sempre será motivo, para mesmo fora do dia da Nossa Senhora da Lage, fazer um visita em Fé e apreciar esta natureza encantadora, que ela nos reserva.
O PASSADO, que se lembra quando nestas alturas da “ Romaria “, homens destas localidades, se muniam com uma caixa feita de madeira e a propósito, com a imagem dentro, ao seu ombro e vinham em grupos de três, mais tarde dois e por ultimo somente um, que pediam esmola em todo o nosso Concelho, para realizarem esta festa e a sua procissão, sempre neste dia mês e de ano a ano, porque no seu local, nessas épocas eram imensamente difícil suportar essas humildes despesas e procuravam a ajuda, com a esperança de fazerem sempre o melhor, em honra desta “ SANTA “, tão comentada entre nós e Concelhos Circunvizinhos.
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