quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Histórias de golos

HISTÓRIAS DE GOLOS

Mas existe sempre um ou outro, que fica para a “História“.
E sei também que foram muitos, que marcam e deixam memória, muitos deles, que foram apontados e sofridos, na minha passagem pelo Futebol, tanto no Cesarense, como no nosso glorioso Valecambrense.



É de recordar: os do António Jorge ( sem que a bola, toca-se no solo e entrava fortemente na baliza do adversário), aquela do Augusto Batista, quando num jogo o guarda-redes adversário pontapeia a bola, a mesma caí próximo do Augusto, que de imediato a devolve sem que a mesma pare e marca o golo a nosso favor.


E aqueles do Domingos Gomes ( o Mingos e muitos do Biel e do Carlos Alberto e mesmo aquele que o Seminário, apontou com golpe de cabeça, ao guarda-redes do Futebol Clube do Porto, Américo e apontou o ponto de honra para nós. São poucas estas histórias do golo e todos eles ficaram com a sua história. Mas existe um, que ficará para sempre em memória.


“ Que o diga o CARLOS CILO ? e o ARLINDO GOMES ?, que se passou no velho campo do União de Lamas, em 08/03/64, quando este mesmo clube, tinha necessidade de vencer o jogo, mesmo em sua casa Lamas, para a sua subida de divisão. Mas acontece que iniciado o encontro, o nosso guarda-redes, “ CILO “, que na sua carreira já tinha nos habituado a defesas extraordinárias na baliza que lhe estava confiada durante alguns anos e nas cores do nosso clube. O clube de Lamas, não conseguia marca golo, que seria importante para o seu ingresso no escalão superior. Então os adeptos, ofereciam-lhe dinheiro e grades de cerveja, para que ele, facilita-se a entrada da bola na sua baliza, o que não acontecia, porque ele, estava mesmo imparável nesse encontro.

Até que numa jogada pelo lado direito, o Arlindo ao tentar aliviar a bola, momento que ainda hoje não sei como o aconteceu e a bola entra direto na baliza do nosso Valedecambrense e traí o competente guarda-redes CILO, que até aquele momento não olhava às ofertas que lhe dirigiam de fora.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Repas, o Equilibrista



O Equilibrista

Repas da Farrapa



Que foi uma pitoresca figura, cujas as suas características e factos falam por si, era uma figura com uma compleição física, que ultrapassava os dois metros de altura.

Ele era, realmente enorme, vinha as todas as feiras de Cambra, e sempre nas Camionetas Amarelas, com o seu vestuário habitual, sobrecarregado de remendos, como facilmente se pode constatar pela fotografia, e como não mais nada tinha para vestir, era sempre este o seu fato de “ trabalho “, domingueiro e de cerimónias.
Então este gigante, saia das camionetas e o cobrador lhe entregava o seu cesto para a aquisição das suas compras a realizar, que ele de imediato colocava na sua cabeça e deslizava por toda a Vila, sem ter a ajuda dos seus braços, tornando-o conhecido por todos nós como o “ Equilibrista Repas da Farrapa”.
Vivia-se numa época em que o pau e o saco era o pão nosso de cada dia e, como tantos outros, vivia da caridade, era humilde e inculto foi amamentado por uma madrasta, nasceu em 18 de Fevereiro de 1897 e faleceu em 13 de Janeiro de 1965.

Teve várias histórias:
Entre elas, esta que o levou ao Porto, a convite de alguns amigos e conhecidos, pela sua maneira e capacidade de se alimentar bem sempre que para tal, era convidado para umas gastronomias melhoradas.
Então chegou ao Hotel Vatel, na rua Alexandre Herculano, cuja o sua fama era de comer “ 20 pratos por vinte escudos”.
Iniciou a aposta e a oferta dos amigos, mas não passou dos 6 pratos, atendendo ao seu corpo de gigante, não correspondeu ao anúncio deste HOTEL, do passado que servia “ OS VINTE PRATOS POR VINTE ESCUDOS”.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Valecambrense, década 60


Valecambrense, ano 1963 e seguintes

Voltamos à Primeira Divisão Distrital de Aveiro, já com novos reforços que tinha vindo de Angola depois de terem prestado o seu serviço militar, que foram eles o “ Arlindo Gomes e José Carvalho de Sever do Vouga e Acácio de São João da Madeira, assim como os dois irmãos Gomes, António Jorge e o Seminário (Nabo) que veio pelas mãos do atual Presidente, saudoso senhor António Ribeiro, após o jogo que em Cambra disputou contra nós e pelo seu clube que era o Valonguense, da Arrancada do Vouga.

Depois se foram juntando mais bons elementos: como o Gabriel (Biel) e famoso e destemido “Carlos Cílo“, que se mantiveram por mais alguns anos e com o comando de estes competentes treinadores, tivemos ao nosso serviço: José Ferreira Tavares, Eurico Guimarães e Zé João



O Senhor Daniel e todos eles com métodos de ensino diferentes, nos balneários, no campo e mesmo na Pensão Cambrense e foram idealizando equipes muita certinhas, com jogadas bem preparadas principalmente para aqueles encontros mais competitivos, como a Ovarense, Lamas, Feirense, Lourosa e mesmo o Àgueda que tinham dificuldade a nos vencer no nosso próprio terreno, quando estavam no topo da classificação.

E nestes encontros mais difíceis que iriamos ter pela frente, o Senhor Presidente desses tempos, o senhor António Ribeiro, nos mandava para estágio na Pensão Cambrense e tínhamos sempre além das ordens do treinador, as suas sempre preciosas instruções para vencermos com dignidade este ou o outro adversário que tínhamos que defrontar no Campo das Dairas. Nunca se cansava, de nos indicar coragem, competência e o crer, dando-nos muitas vezes pela vitória umas notitas de cem escudos a cada um, por termos alcançado quase na totalidade esse mérito.

Só que por vezes o desiludíamos nos jogos seguintes com outras equipes de menor escalão que o nosso, que chegavam às Dairas e ganhavam-nos e ele, ficava muito zangado connosco e nos balneàrios dizia-nos joguem a bola e não façam “RODRIGUINHOS”, porque assim não vão a lado nenhum. A sua paixão pela colectividade era de tal ordem: que muitas das vezes levava as suas mãos ao bolsos, apanhar umas notinhas para distribuir por nós como premio de consolação. Eram mesmo poucos os atletas que fizeram parte desta equipe que tinham ordenado mensal a sua maioria fazia-o por amor à sua camisola e alguns ainda se recorriam de seus pais na ajuda para o arranjo das “ Chuteiras e bolas “.

Futebol, que minha juventude sempre foi a minha primeira paixão. Já da minha tenra idade acompanhava o Grupo da minha freguesia o “ Grupo Recreativo Castelonense”, no primeiro Torneio de Futebol, organizado pelo Macieirense no ano de 1954, no Campo da Raposeira, para mais tarde fazer parte do mesmo e no segundo torneio, mas desta vez no Campo das Dairas, nos anos de 1958/1959.

Além de ter feito parte deste clube da minha terra em torneios, também sempre estava presente para com eles estarmos em varias partes, em competições que para tal, eramos convidados em jogos amigáveis. Como em terras de Cambra, nestes períodos, não havia futebol Oficial, então juntamente com o Daniel Sousa (empregado da Gráfica Cambrense, fomos os dois para o Clube de Cesar, onde nos filiamos, e que fizemos parte do mesmo até aos 1960, ano este que devido ao serviço militar, tive que deixar o “ Cesarense”, e partir para a obrigação, que nas Caldas da Rainha, fiz parte da equipe do Regimento, com colegas do Torriense, Peniche e o guarda redes Rita e Caiado do Caldas Sport Clube, que ao abrigo militar ainda enverguei a camisola dos Caldas, antes de ter partido para ANGOLA, em Maio de 1961.

Em Angola, sempre estive ligado ao mundo do Futebol, até que se deu, o meu regresso ao meu habitar e quando regressei em Julho de 1963, como gostava de representar as cores da minha terra, o Senhor António Ribeiro e o meu padrinho de casamento e muito amigo o senhor Fernando Bastos da Gráfica Cambrense, foram a Cesar os dois comprar a minha carta de atleta, pela importância de (seis mil escudos), para eu ficar a defender as cores do Valecambrense até ao ano de 1968. 

“ SÓ UM GOLO FICARÁ NA HISTÓRIA “



E foram muitos que se apontaram na minha passagem pelo clube, os do António Jorge ( sem a bola pisar o solo e o do Augusto Batista, quando o guarda-redes adversário pontapeia a bola a mesma para na sua zona e ele sem preparação devolve e marca o golo ao adversário.

O Domingos Gomes ( o Mingos ), o Biel o Carlos Alberto e mesmo o Seminário e os outros que no passado, também o foram como os saudosos “ Herculano Martins, que não falhava um penalti e o Serafinzito da Calada, que tantos golos marcava de canto direto e que tivemos neste percurso do passado tantos golos com “ HISTÓRIA”

O do Seminário, quando a visita do Futebol Clube do Porto em jogo amigável, quando perdíamos por 3 bolas a zero, existe um livre junto ao pinheiro, que eu, marco e ele de cabeça faz o ponto de honra ao guarda-redes Américo do Futebol Clube do Porto.







sábado, 7 de janeiro de 2017

Rua Dr. Domingos A. Brandão (cont.)


CONTINUAÇÃO DA RUA
DR. DOMINGOS DE ALMEIDA BRANDÃO




Esta parte é do lado direito, após a passagem da Avenida Camilo Tavares de Matos, vendo-se as casas de habitação e comércios do “ Almeida Vista Alta” (hoje Caixa Geral de Depósitos e Salão de Jogos, na casa seguinte e de cor branca, era a casa do senhor Almeida (Pranta), nos seus fundos era o armazenamento do Café Avenida, onde o nosso amigo sempre ali apanhava as garrafas de vinho e outros produtos relacionados ao movimento do Café do Senhor Leonel), (hoje temos os Correios e Banco CCT), para a seguir a esta casa do senhor Almeida Pranta, onde nasceu mais tarde a Fábrica de Esmalte, da Firma Almeida & Freitas, dando a esse caminho o mesmo nome durante longas décadas até que ( hoje é Rua da Fábrica), depois da Fábrica tínhamos os estabelecimentos da Esmeralda do Novo Mundo, com uma Frutaria, o seu cunhado Manuel Costa (Lapé), com uma Alfaiataria e a seguir o seu sogro, com um estabelecimento de comes e bebes dos melhores da região desses tempos que era conhecido imensamente em todo o local e arredores pelo “ NOVO MUNDO “.depois a casa de topo em branco era do Tomazinho da Cavada-Cabril, seu proprietário, que mais tarde funcionou como Colégio e ultimamente o Tribunal que ainda funciona após a sua remodelação total. Depois deste prédio tínhamos a casa que ocupava o senhor José Maria Soares Gomes e segundo Caseiro o senhor Evaristo da Rambóia e família, fazendo também as suas leiras de cultivo que ocupavam até ao caminho das Regadas ( hoje rua do Hospital, com a Biblioteca Municipal e o Tribunal).


Recordar esta mesma rua, pelo lado esquerdo e do mesmo sentido, tínhamos a casa de habitação e comercio do senhor Agostinho Cubal, o prédio da” Dona Hermínia Simôa”, onde habitavam vários moradores e nos seus fundos era a Padaria do senhor Tomaz Calvéla, depois dos cunhados “ Santos & Silva, para mais tarde funcionar como Café Aroucambrense, (hoje temos enormes prédios, com Centro oculista, Bar Dominó, pronto a vestir “ A Devina”, Livraria Académica, Restaurante o Garfo e a Esteticista).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Futebol na década de 40


1942

A Associação Desportiva Valecambrense, concorreu ao Campeonato de Promoção de Futebol da Associação do Distrito de Aveiro.
Mas alguns anos depois entrou em decadência, deixando o Campo das Dairas, à disposição e ao serviço destes valorosos rapazes, cuja a sua maioria eram habitantes da Freguesia de Castelões.
Saiam dos seus trabalhos, e com as mesmas roupas e sem as condições que hoje se encontram no seu todo para a prática do futebol, organizavam encontros entre lugares e Concelhos, amigavelmente como o era nesses tempos em Rocas e Cedrim do Vouga, Santa Cruz da Trapa, Farrapa, Arouca e Lordelo do Ouro.

1945

Surge com elevada determinação, “ O GRUPO COSTA DO SOL “, já com elementos escolhidos e com a preciosa ajuda do senhor António Henriques de Coelhosa, como Diretor Desportivo e ao qual todos estes elementos, tinham o seu alcunha dentro do Campo de Futebol.

Então a constituição era a seguinte:
Beato, Parrêto e Zório,Cavadinha, Apolinário, Mateiro, Espanhol e Lála, Rocha, Caetano, Macarrão e Vidreiro.


A estes bravos atletas, todos lhes devemos uma enorme gratidão, por tudo o que eles, fizeram em prol, do desporto e sem fundos lucrativos, com as mínimas condições, só com uma bola de pele, câmara de ar no seu interior e quando ela descosia ou rebentava, era levada aos sapateiros locais, com mais experiência neste serviço delicado e depois de cosida devidamente era cheia com ar das bombas de todo o tipo de veículos que circulavam nessas épocas.

Esta equipe sempre que se deslocava, transportava consigo muitos simpatizantes e familiares a apoia-los drasticamente.

Depois deste apareceu o “ Grupo Recreativo de Castelões.