quarta-feira, 31 de maio de 2017

O “ZÉ CAVEIRA“

 O ZÉ  CAVEIRA“


Quem foi o Zé Caveira: era um ser humano que chegou a Cambra, vindo dos lados de Arouca, muito humilde, honesto, trabalhador, mas sem se saber corretamente qual era a sua verdadeira filiação e origens.
Parou e ficou na nossa terra, por longos anos do seu viver, servia-se muito do seu maior amigo o “ Té “, e da caridade e do bom coração da população, mas muito mais da Tia Rosa da Pinha, que em horas mais difíceis do seu dia a dia, lá estava ela, sempre pronta com a sua oferta da malga da sopa. Não tinha guarida certa, no seu vestuário era do mais simples, camisa, calças e sempre descalço, fazia recados nas mãos e muito mais na sua cabeça, com cestos ou cabazes ele, estava sempre presente a troco de umas moedas de um escudo, que o fazia sempre sorridente e simpático para com os clientes, que o convidavam para esses serviço de entrega ao domicilio e quando não tinha compromissos do género, estacionava na “ Tia Rosa da Pinha, ou Tio Joaquim da Benvinda, porque estes eram sem qualquer duvida os seus pontos de referência. Não tinha inimigos, pelo contrário a sua maneira de ser, junto á sua simpatia, fazia dele um castiço, muito desejado pelo habitantes de Cambra, que adoravam comunicar com ele em reuniões, que para tal, o convidavam assim como a outros, que apareciam em locais próprios para se divertirem, cantarem, dançarem e bebendo uns copos e comerem, tudo por conta dos presentes, que adoravam estar com eles pela noite dentro.
Esta figura, depois de ter-se fixado em terras de Cambra, não mais nos deixou até ao seu finamento, o seu estilo sempre era o mesmo, cigarro na mão esquerda era a sua preferência, apanhado por dois dedos, porque na sua palma da mão sempre umas moedas de escudos bem seguras, porque era a sua carteira preferida, para fazer face às suas despesas diárias.
Foi um humilde simpático, honesto e nunca dizia que não, a qualquer chamada que lhe dirigiam para fazer um ou outro recado, estava sempre pronto, com a ajuda dos seus braços e muitas das vezes com a sua cabeça, ou carreta.
Isto são memórias do tempo passado, que vão ao encontro das gerações desses tempos, como eu, as acompanhei e muitas delas as vivi, com eles em vários locais do nosso Concelho, em momentos bons e também em muitos de tristeza pela elevada escassez de vestuário e alimentação, que se fazia sentir nessas épocas.
Falar deles hoje, é motivo de homenagem a todas estas figuras, que deixaram muitas memórias das suas vidas, por tudo aquilo que fizeram enquanto habitaram, assim como a todos aqueles que se hospedaram em nossas Terras.


sábado, 27 de maio de 2017

António Ferreira da Silva "O PATARRECO “

António Ferreira da Silva
"O PATARRECO “


Um coração benévolo, um grande marido e pai sempre presente, na sua Oficina de Sapataria e mais tarde se ligou à Restauração, dando motivo ao seu entusiasmo aquando a sua esposa “ Dona Alcinda”, trabalhava na Adega Masocay, começaram por explorar para mais tarde fundarem a ADEGA 21, na rua de Santo António, que ainda hoje está ao serviço da população e outros, com os seus familiares.
~Memorar hoje esta figura que é muito digno de ficar em consciência do passado e como tal em lembrança, pela sua fidelidade que sempre prestou aos seus e a toda a comunidade, que com ele, conviveram diariamente como o foi o caso pessoal, durante tantos anos na sua sapataria no “ Velho Mercado Municipal”, que era mesmo defronte ao meu local de trabalho e que mais para tarde sempre me acompanhou por vários lugares da Serra da Gralheira e muitas também na travessa Antero Quental no Porto, ao conceituado fornecedor e amigo o Senhor NINA e que nas nossas viagens sempre dialogávamos em conversas de elevada amizade e que muito contribuíram produtivamente para o futuro dos nossos comércios.
Com ele, tive muitas memórias e histórias, durante toda esta nossa saudável amizade e que foi muito longínqua e que faz recordar.


Como o tempo é um rio, você nunca poderá tocar na mesma água duas vezes, porque a água que já passou, nunca passará mais provavelmente.
“ DEVE-SE APROVEITAR CADA MINUTO DA NOSSA VIDA E LEMBRAR “.
Este senhor Patarreco, era muito amigo do seu amigo, brincalhão, sorridente, muito sério e sempre correspondia com eficácia  em tudo que se recomendava atenção e sempre com elevado respeito efetuoso e segredo.
Constituiu com sua esposa, uma família exemplar que ainda hoje manifestam os desejos dos seus antepassados, no mesmo local e com o mesmo “ Símbolo que é a ADEGA 21 “.
              E tudo isto que hoje se lembra, são valores, para serem testemunhados.
E dizer, tenho quatro amores:
             DEUS;
             A Vida;
             A Família;
            E os Amigos;
            DEUS porque é o dono da VIDA;
            A Vida porque é curta;
           A Família porque é Ùnica;
E os amigos como este são RAROS !!
Ao lembrar Cambra no passado,
Que por mim foram momentos vividos;
E que deixo no papel aos meus filhos,
E na Biblioteca em Livros …

quarta-feira, 24 de maio de 2017

SAPATEIROS DO PASSADO

SAPATEIROS DO PASSADO


E que foram muitos os que tivemos e de elevada classe com todo o seu serviço artesanal, assim como alguns dos mais conceituados, já nesses tempos apresentavam máquinas para coser tudo o produto que para tal, se tinham comprometido fazer como “ As botas, sapatos, botins e planas”, que era na realidade o seu principal fabrico e em quantidades e por medida, depois do pé do cliente, pousar com ou sem meia, no papel de mata-murrão, que se estendia no chão ou encima da mesa ou cadeira e com o lápis circulava, todo o pé para encontrar a forma desejada, assim como o feitio e cor da pele desejada pelo cliente.
Nas botas de atanado, que eram as que mais se faziam, porque se usavam diariamente, nas Empresas nos matos, nos campos, atendendo à sua robustez e segurança que lhe era conferida por estes esmerados “ Sapateiros “,que as manuseavam com mãos fortes e hábeis, depois de espetarem a sovela no calfe ou couro, assim como naquela dura sola de pneu de avião, depois de ter recebido aquele linha de vários fios, bem torcida e ensebada muitas vezes com a cera, depois de ter passado pelas pernas do artista com o movimento de suas mãos.
SAPATEIROS: que sempre e durante longos anos, foi este o seu oficio, assim como uma arte e que exigia o seu ensinamento, aquém tinha saído da Escola Primária e gostasse ou não era a vontade de seus pais, q  eu em muitos dos casos, ainda tinham que pagar a estes professores- patrões uma importância mensal ou uns cabazes de batatas, milho, vinho e por vezes uns nacos de carne, uns frangos e coelhos, da sua quinta ou quintal,para fazer face ao pagamento pelo ensinamento de seus filhos.
E neste passado, tivemos vários sapateiros em CAMBRA, de Elite, que sempre prismaram e ensinaram tantos mais que dignificaram com o seu saber todas estas Oficinas de Sapataria que tivemos.
Lembro: O senhor Gualdemiro, Virgilio Moreira Dias, Abel Neves, Patarreco, Silvério Rigueifeiro, Os Baldas, Piedades,Manuel Urbano,Mélinha, Pucareiros,Fortuna, Janeiro,Petista, Cruz, Cagão e tantos mais que são mercedores desta lembrança-homenagem, a todos eles e a outros que podem ter esquecido e se espalhavam pelo Concelho e de lugar em lugar, muito contribuíram para calçar a população.
           “ Aos sapateiros do passado que prestigiaram,
              E calçaram Cambra maravilhosamente e outrora;
              Com todo o tipo desejado e feito por medida,
              Com segurança e muito tempo para o fazer,
              Quando o atual calçado se faz apenas numa HORA “.

sábado, 20 de maio de 2017

LAVOURA EM CASTELÕES

LAVOURA EM CASTELÕES


No passado era muito fértil em todos os lugares e sítios da Freguesia, com o esforço e bastante suor dos homens e mulheres, assim como as maravilhosas juntas de bois que pela madruga e durante todo o dia arduamente amanhavam as suas terras e muitas das vezes estes bois e seus donos eram também convidados, para o lavrar das mesmas pagando por tal, os seus esmerados serviços.
Esta lavra é na zona de Coelhosa, mesmo junto ao rio Vigues e o parque que nas quadras festivas à nossa Senhora da Saúde os “ Caramuleiros e Ciganos, ocupavam e muitas das vezes até ficavam por mais uns dias na terra”.
Estes solos de Castelões, devidamente bem trabalhados, pelos seus donos, filhos e alguns com criados e criadas, assim como muitas das propriedades mais extensas, eram entregues aos caseiros que apareciam de vários pontos do País, mas muito mais dos lados de Cinfães, Castelo de Paiva e Arouca, que largos anos as transformavam em condições dignas de uma critica positiva e com produção elevada no seu todo e colocavam nos carros e mesmo às suas cabeças o milho que colhiam e em quantidades para estes enormes canastros (espigueiros) que os seus senhorios tinham mandado construir para a recolha do mesmo, que após seco e medido aos alqueires, que tinham feito o acordo, era entregue e quando este não correspondia ao seu trato combinado, tinham que suportar a demasia em dinheiro, ficando o restante para o seu consumo e do seus gados, que criavam em abundância, na produção do leite, criação  e abate, o leite era entregue nas nossas Fabricas de Laticínios  “ Como esta do Martins& Rebelo e Lacto Lusa Lda.”.


MARTINS & REBELO: Fabrica de produtos de conceituado valor e muita procura a nível Nacional. “ Como o era o queijo Primor, Castelões e Armental, assim como a famosa manteiga Primor e o tão prestigiado leite achocolatado Vigormalte e Ovomaltine, mais tarde lançaram outros produtos e que deram motivo a que esta Firma fosse considerada na melhor do Pais no ramo e mesmo das melhores da Europa. Orgulho para todos nós, que além do seu sucesso, também movimentavam altamente o Concelho e davam trabalho a muitos operários nossos e de outros locais. O seu movimento diário muito contribuiu para o desenvolvimento do lugar onde ela se situava que foi o Pinheiro-Manso de Castelões, comércios em abundância e de todos os ramos, faturavam alegremente, ao movimentar dos carros e das pessoas, que entravam e saiam desta que foi uma colossal Empresa que tivemos longos anos connosco.
Vale de Cambra, ficou mais pobre, com o cessar da mesma e o abandono total do património, as paredes a caírem e as silveiras, como outros tipos de arvoredos que tomaram conta de tudo isto que tantos anos contribuiu para o bom nome de todos nós Cambrenses e mesmo do País.




Hoje está na decadência e sem possibilidades de voltar a ser aquela que foi, uma das melhores do Concelho dando motivo a muitos empregos, e o reaver dos estabelecimentos que no passado eram mesmo muitos e que também sofreram com a crise desta conceituada que sempre o foi esta EMPRESA.
                  “ E se o tempo volta-se para trás,
                     Mesmo com a nova tecnologia;
                     Tinha-mos mais qualidade de vida,

                     E muito mais Alegria”.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

ATLETAS CAMBRENSES

ATLETAS CAMBRENSES
QUE CHEGARAM AO TOPO
FUTEBOLÍSTICO

E foram muitos que após terem iniciado nas Estradas, nas Escolas e mesmo em campos de Futebol, sem as mínimas condições para a prática do mesmo, testemunhavam em si próprios, o amor por esta modalidade.



Depois de terem envergado as camisolas do nosso Valecambrense, alguns trocaram por outras de “ TOPO “, a nível do Pais, usando as cores do Casa Pia, Benfica, Porto, Beira-Mar,Feirense,Oliveirense,Rio Ave e Sanjoanense.
E mais houveram também quem troca-se as cores da camisola, noutras localidades do País em Competições de Divisões Inferiores,após alguns meses de terem sido “ Campeões no seu clube, nas categorias de Juvenis, juniores, reservas e mesmo nos seniores, que começaram a partir dos dos anos de 1965, deixando as melhores impressões para nós Valecambrense, mesmo quando alguns destes conceituados atletas prestavam o seu serviço militar em localidades e fizeram parte dessas mesmas equipes locais, para manterem a sua forma como atletas oficiais e ao abrigo militar, que lhes era permitido.


E os muitos atletas que estiveram ao serviço de outros cores, demonstraram a sua classe o seu saber e deixaram memórias pelo seu orgulho de serem de Vale de Cambra.
Cambra, também teve ao serviço da Arbitragem vários e conceituados elementos em competições de topo a nível Nacional, que prestaram o seu melhor e dignificaram com suas atitudes o bom nome da nossa terra, por esses campos pelados e em alguns já modernizados com relva das melhores equipas de Portugal, como o mostra esta foto do saudoso Sérgio Pinheiro de Macieira de Cambra, no Campo do Futebol Clube do Porto.


“ Passado que me deixou estas minhas memórias,
E que em público e em hora certa; nos jornais na internet,
Mas também as vou deixar na nossa Biblioteca”. 


sábado, 13 de maio de 2017

VALECAMBRENSE NO PASSADO

VALECAMBRENSE NO PASSADO


Esta foto, mostra alguns jogadores que fizeram parte do glorioso, assim como o seu treinador na época o maravilhoso “ Zé João e o competente diretor saudoso senhor Alceu Ferreira”.
Que aguardavam junto da então sede do clube que era no Café do senhor Saúl Lima e que se preparavam para dar entrada nas Camionetas do Caima, para mais um encontro a realizar, depois de termos deixado a Pensão Cambrense, pela estágio que ali, nos era obrigatoriamente indicado para todos aqueles jogos considerados mais difíceis, pela direção e com o sempre, pelo dinamismo do senhor Presidente saudoso senhor António Ribeiro, que se dedicava em horas vagas a esta coletividade como uma elevada paixão, nos anos de 1962 até 1966/67, levando-o à III Divisão Nacional, sempre contando com o apoio dos restantes Diretores, mas sem qualquer dúvida o mais impulsionador a destacar, foi sempre o saudoso  senhor ALCEU FERREIRA.


Passaram o seu testemunho em Janeiro de 1966, ao Ver. Padre Joaquim de Oliveira Maurício, para dois anos após tomar a sua Presidência nova direção constituída, também por elementos de elevada craveira de novas ideias, pelas suas idades muitos conhecimentos e aproveitando o deixado pelos anteriores, o Valecambrense ficou apurado para uma final com o União de Coimbra, cujo o primeiro encontro se realizou no Campo das Dairas e o seu resultado ficou a nosso favor por 1-0, para no seguinte e em Coimbra, ter-se repetido o mesmo resultado, sendo necessário o desempate para apurar o Campeão e a possível subida à II Divisão Nacional, foi marcado o jogo em campo neutro, que se jogou no Campo Viriato em VISEU, no dia 26 de Junho de 1968, num ambiente fora do habitual, creio mesmo que Vale de Cambra, nesse dia ficou totalmente parado, pois tudo o que era meio de transporte dava caminho até VISEU. Foi um encontro muito bem disputado e que vencemos o adversário por 3-0, após a confirmação da nossa superioridade sobre o adversário e que nesse dia foi mesmo feriado durante todo dia e pela noite fora. "FOMOS CAMPEÕES!"
E chegados todos a terras de Cambra, a alegria foi radiante como se pode testemunhar por alguns dos seus diretores, os saudosos Doutor António Júlio Teixeira, Senhor Sabino e Serafim Oliveira, a agradecer ao saudoso Acácio pelo seu bom empenho oferecido dentro do rectângulo de jogos e que muito contribuiu, ao lado dos seus colegas, para alcançar o sonho desejado por todos nós Cambrenses.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

CONTINUANDO COM A RUA DOUTOR DOMINGOS DE ALMEIDA BRANDÃO

CONTINUANDO COM A RUA DOUTOR DOMINGOS DE ALMEIDA BRANDÃO


Uma artéria onde se convivia com tradições, amizades, muita puras e perfeitas, como se de uma família se tratasse.
Hoje, ainda me lembro da minha humilde infância ver ouvir e a chamar pelo saudoso “ MERCADO MUNICIPAL “, assim como a alusão aos logísticas que vendiam de tudo e pretendia-se, com essa referência distinguir as características  comerciais e suas moradias que diferenciavam  os locais dos estabelecimentos em todos os lados que faziam o retângulo do mercado e das suas artérias, tomando como ponto de partida as quatro entradas das ruas envolventes.


Iniciando debaixo até à atual Avenida Camilo de Matos, e pela nossa direita, tínhamos a “ Quinta do Novo Rico, senhor Silva de Macinhata”, depois a casa da Dona Malvina Cubal, que nos seus fundos existia a famosa tasca e mercearia da Tia Guida Batista e sua família, mais tarde no andar de cima passou a ser a primeira Escola de Condução de Vale de Cambra, fundada pela de Oliveira de Azemeis, como sua filial, depois a sede do nosso Valecambrense  e hoje é casa de habitação, com moradia de luxo. Entre este prédio e a Quinta das Tamancas, existia o caminho da Lacto-Lusa-Lda., hoje a Rua das Flores.
Estas fotos, mostram nesses tempos a propriedade nos seu todo da como o era a “ Quinta das Tamancas, com os três irmãos Claudinos com sua mãe, que alguns anos a utilizavam, para a seca de lenha e cultivam com novidades, mais tarde a casa foi usada por dois médicos veterinários  Municipais, para depois se tornar na “ Adega Pinto e sua família, já que dentro da mesma Quinta deu também lugar a um barraco construído a prepósito para a Oficina do senhor Umbelino Fuste e neste preciso momento é o nosso “ SANTUÁRIO”.
Continuando na mesma artéria, aparece-nos o prédio que ainda hoje se mantem de pé. “ Pertença da Casa de Areias e seus herdeiros”, que alguns deles aqui moravam com suas famílias e nos seus fundos tudo era comercial. Passo a explicar os que ocupavam os comércios nesses tempos ídos: A primeira Tipografia de Vale de Cambra “ A Gráfica Cambrense de Fernando Tavares de Almeida, A Chapelaria Maia, O Talho do Tomas Gomes, A Oficina do Augusto da Pinha “ O Falante “. A Farmácia Matos e o Consultório do “ Diga trinta e três O Doutor Abel, que foi um competentíssimo médico da terra e longos anos um prestigiado membro da União Nacional, em prol e proteção de muitos dos nossos habitantes, dos quais muitos necessitaram da sua ajuda e que ele, sempre de braços abertos indicava estes não!


Lembrar estes acontecimentos do passado, é uma justa homenagem, a todos eles intervenientes, que dignificaram com o seu esforço e sabedoria o bem dos seus e da sua terra.
Neste prédio que se foca o outrora, com seus estabelecimentos, também nesses tempos, os seus moradores eram: a família Figueiras, os herdeiros Fernando e Abel, com suas famílias, para depois a família “ Chiquinho da Ponte e no restante do prédio o Doutor Abel de Almeida Gomes e sua família. Ao falar do passado e lembrar como o era.


São momentos de elevada emoção transcrevê-los para o papel e deixar para a nova Geração …

sábado, 6 de maio de 2017

O MERCADO MUNICIPAL TOPO NORTE

O MERCADO MUNICIPAL
TOPO NORTE
(ORIGINAL E O SEGUINTE)



A Estrada Nacional, 224 ( hoje Avenida Infante D. Henrique), com várias alterações em todo o seu percurso, moradias e estabelecimentos, que com decorrer dos anos, foram sofrendo modificações nas famílias e nos seus Comércios : O original torreão, onde era Café, Bilhares e Restaurante “Viúva Ribeiro & Filho Lda.”, passou a ser nos fundos o Talho do senhor Avelino Gomes e o torreão pertença da banda de musica e continuando a subir a estrada,tínhamos a tia Laura com a sua frutaria, depois o habitar e sapataria da família Claudino, nas três seguintes portas era a Oficina Lusitânia de Umbelino Fuste,com todo o tipo de motos, motorizadas, pedaleiras e seu aluguer aos adolescentes dessas épocas por dez tostões à hora, onde se situava o Cinema Progresso, passou a ser a” Barbearia do senhor Fernando Ferreira, para depois e antes do portão de acesso ao Mercado, era a casa de louça de barro do senhor Almiro Pucareiro do Barbeito, depois de deixarmos o portão e continuando a subida pelo saudoso Mercado, tínhamos nas primeiras portas o maravilhoso estabelecimento familiar do senhor Dário, para depois termos a casa de Fruta da Tia Amélia Freire, e nas seguintes o tio António Bandeira com mesas para aluguer aos dias de feira, as seguintes eram ocupadas pelo senhor Almeida Vista-Alta, com as bombas de combustível de marca MOBIL, assim como ocupava todo o torreão com um completo sortido de peças para carros de todas as marcas.
O MERCADO, que alguns senhores do poder, fanáticos, ignorantes, não conheceram fronteiras nem limites e mandaram derrubar este saudoso e útil, que durante anos esteve ao serviço de toda a comunidade do Concelho e do País. E muitas vezes sem ter em conta as pessoas e o passado histórico. Enfim, aquilo a que já estamos habituados e também se vê por ai… Em alguns casos como o foi este puro desperdício. Milhões que podiam ser melhor repartidos em Instruturas do Concelho e mantinham com menos gastos a recuperação deste que foi o cartão de visitas de todos nós.


 Depois e no centro tínhamos o inesquecível “ Poste das quatro luzes em ferro forjado com os quatro braços e suas lâmpadas, mais tarde foi colocado umas placas que indicavam as direções de Sever do Vouga e outras, assim como à nossa esquerda indicava Arouca e outras.
Aos dias de feira, esta rua era totalmente ocupada por barracas com diversos produtos e à atenção do seu possível comprador e era também nesta rua, que se comercializava e saboreava depois de confeccionado aquele maravilhoso peixe que era frito em tachos de ferro e colocados nas trempes depois de receberem molhos de lenha para preparar esse delicioso peixe que nos proporcionava uma refeição completa e eficaz junto com o maravilhoso pão de UL e o jarro de vinho verde tinto, que saia da torneira que se apresentava no topo do pipo e nos delirava com o chilrar da mesma, quando se movimentava a sua abertura e no seu fecho.
O vinho e o pão, assim como o peixe, tinham uma qualidade maravilhosa e por muitas horas nos deixava uma completa satisfação e num aspeto saudável, após esta refeição, também era comercializado este espetacular peixe que vindo dos lados de Ovar e Loureiro de Oliveira de Azeméis, por pessoas especializadas nestas confecções depois de bem fritos, os vendiam embrulhados em papel de mata-murrão, à unidade para se levar para casa ou então para uns convívios de amizade.
Mais tarde este mesmo peixe e sua preparação, começou por ser preparado por pessoal de CAMBRA. “ O senhor Custódio do Novo Mundo e sua família, que além das feiras o comercializavam em Festas e Romarias”.
                    Cambra no passado, sempre teve a sua tradição,
                    No bom vinho, castanhas, queijo, manteiga e vitela assada;
                    Recordar hoje, essa tradição, é o testemunho da verdade,
                    Ficará em escrito para sempre deu trabalho,

                    Mas no seu custo não é NADA …

quarta-feira, 3 de maio de 2017

SALÃO DE FESTAS ALMEIDA & FREITAS Lda.

SALÃO DE FESTAS ALMEIDA & FREITAS Lda.
60 ANOS

Depois lembrar esta que foi, após o Ringue do Café Arcádia, o encanto a realizar bailes, casamentos, batizados e outros eventos, que os autorizava e também administrava o dinâmico sócio e gerente o senhor “António de Almeida" (o Pranta).

Os seus conhecimentos literários eram muito reduzidos, pouco mais sabia além da sua assinatura, mas sempre muito aplicado nos negócios e ramos da sua Empresa: “ Latoaria e Serração “. O seu sócio principal era o seu genro Américo Freitas, que lentamente foram constituindo a chamada na época a Fabrica de Esmalte, no seu empenho e trabalho árduo, deram-lhe a nível Nacional o prestígio da melhor do País nestes ramos.
Nas latas: o seu volume mais poderoso era sem qualquer dúvida a fabricação das mesmas para o azeite, com vários tipos de latas, assim como para outros produtos diversos, que se prontificavam a idealizar e com os clientes produziam na sua enorme Empresa, tudo aquilo que eles desejavam em folha de flandres.
Já que na serração, faziam todo o tipo de caixas  em madeiras diversas e preparadas para receber os queijos e a manteiga, que se produzia nas nossas fábricas de lacticínios e circulavam a nível do País. Tinham maquinaria para tudo e um “ Charrió”, potente para serrar todo o tipo de madeiras a pedido do lavrador consoante as suas necessidades para a construção de seus habitares, ramadas  e outras coisas mais.
BAILES: no Almeida & Freitas, ficaram para a história, pelo seu entusiasmo e a dedicação deste seu gerente o saudoso “ PRANTA “, que sempre se dedicou altamente pela musica na nossa terra, levando-a por todo o País e algumas partes do estrangeiro, onde ela deixou memórias e nome muito vincado de Vale de Cambra, classificando-a como uma das melhores  “ Bandas Musicais Civis de PORTUGAL “.


Estes bailes se realizavam aos sábados à noite e aos Domingos da parte da tarde, cuja a seu ingresso era por vinte e cinco tostões os rapazes  e quinze tostões as raparigas. A musica era ao som de uns gravadores e gira-discos, que na sua maioria era escolhidos pelo Aníbal, sobrinho dos “ SOUSAS, FOTÓGRAFOS “,era um elemento muito competente e estava ladeado ao serviço do senhor Domingos Boca-Aberta, para mais tarde ficou a tomar conta de todo este serviço de aparelhagem  o cuidadoso “ Manuel Soares (Gato), da Costa-Formiga, que se inspirou muito tecnicamente já na sua adolescência, tornando-se mais tarde num  elemento exemplar neste sector e em terras de Cambra e por onde ele, passou. Deixou o senhor Domingos e recomeçou com a Agência Comercial de Cambra, ao serviço desta empresa que era do senhor Engenheiro Abel da casa de Areias, manejava e carregava a motorizada e seu atrelado, com todo o tipo de aparelhagem, por si preparada, para todo o tipo de eventos que ele tinha sido para tal convidado.
Mais tarde, estes bailes eram organizados para desfolhadas, ou festas, com alguns conceituados “ Acordionístas “, que começaram por aparecerem na terra individuais e outros com acompanhamento, tornando-se conjuntos e que fizeram bradados por vários pontos do País, deixando o bom nome de CAMBRA.
Foco especialmente os mais tonantes dessas épocas :
O de Merlães, O António de Cavião, o Aurélio de Santa Cruz, os irmãos Manuel António e Pedro de Souto-Mau, o Silvério Rigueifeiro de Codal,o Manuel do Bernardo de Macinhata e o Quim Padeiro do Barbeito e outros mais que se espalhavam por todo o nosso “ VALE “…
“ Vale de Cambra no passado,
É um recordar desses tempos vividos;
Lembra-los hoje, e ficarem em livros,
São as coisas do passado, que não serão Esquecidos “…